Capítulo 25

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Kong começou a caminhar em direção a um rio que serpenteava próximo ao templo. O som das águas correntes era uma melodia reconfortante, preenchendo o ar com serenidade. Era para lá que eles seguiam, em busca de limpeza e cuidado. A proximidade do rio representava uma oportunidade para lavar as marcas da batalha e para tratar dos ferimentos de Kong.

No extremo oposto da ilha, Carter e seus companheiros seguiam adiante através da densa floresta. A despeito da predominante beleza do local, o terreno em que pisavam era um campo minado de perigos imprevisíveis. Cada passo era um risco, uma incursão em um ecossistema que podia se revelar mortal a qualquer momento.

Enfrentando uma série de desafios que incluíam aparições súbitas de criaturas selvagens, o grupo persistia. A sorte os acompanhava, permitindo que, até aquele ponto, escapasse de qualquer ferimento grave ou morte iminente. Atravessar essa floresta era uma verdadeira prova de resistência, uma batalha de sobrevivência em cada curva do caminho.

Em um momento crítico, a jornada os conduziu a uma saída dessa vasta e densa floresta. A planície se estendia diante dos olhos como um mar verdejante e exuberante, uma tapeçaria natural que se estendia até onde a vista alcançava. As árvores de troncos altos e retos se erguiam em uma ordem majestosa, criando colunas naturais que sustentavam o dossel verde que se espalhava acima. Os raios do sol penetravam entre as folhas, criando uma teia de luz e sombras que dançava suavemente sobre o chão.

A vegetação densa e variada se estendia pelo solo, formando um tapete de folhas e plantas. Arbustos e samambaias competiam por espaço, criando uma textura intricada que convidava à exploração. Flores coloridas, como pontos de aquarela, emergiam entre a folhagem, adicionando toques de cor à paleta verde predominante.

O ar estava carregado com o aroma terroso da terra e a doçura sutil das flores. O murmúrio constante da vida selvagem preenchia os ouvidos, com o canto de pássaros, o zumbido de insetos e o ocasional ruído de animais escondidos entre as folhas. A sensação de vida estava por toda parte, uma sinfonia natural que ecoava em harmonia com o ambiente.

Carter permanecia vigilante, sua atenção capturando cada detalhe do cenário em constante mutação à sua frente. A responsabilidade de liderança pesava sobre ele, uma carga que o impelia a garantir a segurança de todos que o acompanhavam. Enquanto seus olhos escaneavam o entorno em busca de possíveis ameaças, sua mente trabalhava meticulosamente, avaliando riscos e considerando estratégias.

-Vamos continuar, mas permaneçam alertas. -Declarou Carter com uma calma que não mascarava a seriedade presente em sua voz. Ele entendia a delicadeza da situação, o balanço entre prosseguir e manter a cautela.

No entanto, a ordem de Carter foi recebida com indignação por um dos soldados. Carter, sem rodeios, encarou o soldado, sua expressão firme não dando espaço para negociações.

-Você está sugerindo que avancemos por uma área plana, nos tornando alvos fáceis para qualquer criatura que queira nos atacar? Isso é insensato! - Um dos soldados questiona com indignação, claramente incomodado com a ordem de Carter.

-Se você acha melhor, sinta-se à vontade para explorar a floresta sozinho e se tornar alvo sem sequer perceber o que o atingiu. -Rebateu Carter, sua voz carregada de severidade e irritação.

As palavras eram um lembrete nítido da natureza implacável do ambiente que os cercava.

O soldado cedeu, silenciando-se, e Carter retomou o plano, guiando o grupo com determinação pelo terreno gramado. Cada passo era acompanhado por um nível elevado de alerta, seus instintos aguçados para detectar qualquer possível ameaça.

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