Capítulo 34

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Kong estendeu a mão, oferecendo ajuda para ela subir. Jennifer subiu em seu ombro, encontrando uma nova perspectiva da ilha. Enquanto o falcão cumprira sua missão e continuava a voar acima, Kong começou a percorrer a ilha, carregando o polvo. Em meio a essa jornada, ele arrancou mais um pedaço e compartilhou com Jennifer. Cada passo, cada mordida, era uma expressão de camaradagem, uma ligação silenciosa que transcendia as barreiras da linguagem.

Carter avançava em direção aos companheiros que aguardavam sua chegada. A despeito da aparente beleza da paisagem que o cercava, um véu de mistério pairava sobre a densa floresta, imbuindo o ambiente de uma aura intrigante. Árvores altas e elegantes se alinhavam em fileiras, seus troncos envoltos em trepadeiras exuberantes e musgo macio. O dossel verde formava um teto natural, filtrando a luz do sol em raios suaves que dançavam entre as folhas. O cenário era um caleidoscópio de cores, com flores vibrantes pontilhando o solo e criando um contraste deslumbrante com os tons de verde ao redor.

No entanto, apesar da beleza visível, havia uma sensação de mistério que pairava no ar. A luz do sol nem sempre conseguia dissipar completamente a penumbra que se escondia entre as árvores. Sombras alongadas pareciam se mover de maneira independente, como se a própria floresta tivesse segredos a esconder.

O ar estava carregado com uma mistura de aromas, desde o aroma doce e fresco das flores até o cheiro terroso e úmido da vegetação circundante. A sinfonia da floresta era uma mistura de sons: o murmúrio do vento nas folhas, o canto de pássaros escondidos entre as copas e o som de galhos se movendo, como sussurros misteriosos.

Conforme se avançava mais profundamente na floresta, a trilha se tornava menos definida, os arbustos se fechavam e a luz do sol se tornava mais tênue. A sensação de estar envolto em um mundo próprio era intensificada. As árvores pareciam se inclinar para criar uma passagem estreita, e o silêncio era interrompido apenas pelo som dos próprios passos.

Aquela floresta não era apenas um lugar de beleza, mas também um reino de segredos. À medida que a noite caía, a atmosfera se tornava ainda mais intrigante. A lua lançava uma luz prateada sobre as folhas e as sombras ganhavam vida, parecendo se mover e se contorcer como criaturas à espreita. Os sons noturnos eram um coro de mistério, com o chamado de corujas ecoando e o sussurro dos ventos parecendo trazer mensagens ocultas.

A cada passo que Carter dava, o encontro com os soldados se aproximava, e em poucos minutos, ele finalmente chegou. Diante dele se estendia um grupo de companheiros - soldados, cientistas e até mesmo Harry - todos sentados, aguardando sua chegada. No instante em que as miradas se voltaram para Carter, Harry foi o primeiro a se erguer, aproximando-se rapidamente. Carter manteve uma expressão séria, correspondendo à intensidade do momento.

-Qual é o próximo passo? -Perguntou Harry, sua expressão oscilando entre a seriedade e a irritação.

-Continuaremos avançando. Há algo nas proximidades, e embora não saibamos se é perigoso, é melhor não descobrirmos da pior maneira. Seguiremos adiante até o sol se pôr, assim chegaremos ao ponto de encontro mais cedo. -Respondeu Carter, transmitindo um ar de firmeza enquanto buscava acalmar os outros.

-Mas e quanto àquela criatura? -Indagou um dos soldados, sua curiosidade evidente.

-Não será um problema se não perturbarmos sua paz. -Retrucou Carter, adotando um tom que buscava tranquilizar.

-"Se não perturbarmos sua paz"? E o que dizer dos homens que ele matou? Vamos simplesmente ignorar isso? -Harry interveio, elevando o tom de voz em sinal de frustração.

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