Capítulo 44

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Enfrentar um Skullcrawler é como lutar contra a encarnação da escuridão. É uma batalha contra a natureza mais primal do medo, um duelo com a escuridão que se esconde nos cantos mais profundos de nossos pesadelos. Seja qual for o inferno do qual essas criaturas emergiram, tenho certeza de que elas foram forjadas na fornalha de todos os horrores inimagináveis. -Jennifer explicou detalhadamente sobre o Skullcrawler.

Carter permanecia em um silêncio atencioso, absorvendo cada palavra que Jennifer pronunciava com fervor. As palavras dela ecoavam com uma gravidade que ressoava fundo em sua consciência.

-Durante anos, essas criaturas jaziam adormecidas na obscuridade da história. No entanto, quando você e seus homens lançaram aquelas bombas, vocês despertaram muitas delas. Kong e eu conseguimos lidar com os filhotes, mas rezo para que o gigante não se manifeste, ou a ilha estará fadada à destruição completa. -Argumentou Jennifer, sua voz calma contrastando com a intensidade das palavras que proferia.

Carter assentiu, um vislumbre de apreensão refletido em seus olhos.

-Então, acredito que seja crucial planejarmos algo antes que Harry tome uma decisão impulsiva. - Sugeriu, mantendo sua expressão séria.

O diálogo deles se encerrou, um entendimento mútuo emergindo da conversa franca. Juntos, eles continuaram sua jornada em silêncio, passos ecoando na vegetação densa. Minutos se transformaram em uma eternidade de caminhada, até que, finalmente, todos os presentes foram presenteados com a visão de uma ampla clareira à sua frente.

Uma extensão de terra verdejante se estendia até onde os olhos podiam alcançar, um tapete de vegetação exuberante e vida. Árvores imponentes se alçavam em direção ao céu, seus galhos entrelaçados formando uma cúpula natural que filtrava os raios do sol em padrões de luz dourada. A brisa suave balançava as folhas, criando uma sinfonia suave que parecia a própria canção da natureza.

Flores de todas as cores pontilhavam o solo, uma tapeçaria vibrante que contrastava com os tons de verde predominantes. Borboletas dançavam de flor em flor, como pinceladas de cores vivas em meio à tela natural. O aroma doce das flores flutuava no ar, impregnando os sentidos com uma sensação de serenidade e frescor.

E bem no coração dessa paisagem exuberante, serpenteava um grande rio. Suas águas cristalinas refletiam o céu e a vegetação circundante, criando um espelho líquido que duplicava a beleza do mundo ao seu redor. O rio fluía com uma cadência tranquila, um murmúrio constante que parecia uma canção de ninar da natureza.

Às margens do rio, a vegetação se aglomerava, criando um cenário de transição entre a terra firme e as águas serenas. Plantas aquáticas deslizavam na correnteza, e pequenos animais bebiam na margem, aproveitando a água fresca e revigorante. As árvores se inclinavam para observar seu próprio reflexo nas águas, como guardiãs silenciosas desse tesouro líquido.

Pontes de pedra ou madeira cruzavam o rio em alguns pontos, conectando as margens e permitindo que viajantes explorassem as maravilhas da paisagem. Os reflexos nas águas calmas eram espelhos mágicos que duplicavam as estruturas e a beleza circundante, criando um cenário quase etéreo.

À medida que o sol se movia pelo céu, a paisagem evoluía. As sombras alongavam-se, conferindo profundidade e mistério à vegetação. À medida que o dia se transformava em crepúsculo, a iluminação dourada cedia lugar a tons de laranja e rosa, pintando um pano de fundo espetacular para a noite que se aproximava.

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