Introdução.

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O vento esvoaçava as belas madeixas de Minho, enquanto seu sorriso ao admirar o Pão de Açúcar, ainda que distante, só aumentava. Por um tempo, o maior de seus sonhos fora conhecer o Brasil inteiro acompanhado de amigos e família. Explorar as lindas praias da Bahia, degustar das ótimas comidas de Minas e conhecer a beleza de Gramado. Poucos dias antes do fim do semestre na faculdade e as férias do estágio na clínica de fisioterapia, Christopher apareceu com a oportunidade imperdível de levar os irmãos Lee, Jeongin e Seungmin para a casa de praia de sua família no Rio de Janeiro. Obviamente, nenhum deles ousou discordar. O Rio parecia magnífico, por mais que o Lee jamais tenha tido a oportunidade de conhecer tão de perto. Agora finalmente iria e não perdia por esperar.

— Qual é, Chris? — Seungmin esbravejou, enquanto se virava para olhar seriamente na direção de seu namorado. Desde que entrou no carro, a única coisa que tocou no rádio tinha sido traps brasileiros e Pablo Vittar. Não que Seungmin rejeite um pouco de onde veio, mas em sua mente é quase um crime não estar ouvindo Seu Jorge agora. — Estamos na porra do Rio, não dá pra parar com suas manias paulistas por quinze dias? — Por fim pausou o rádio, pegou o celular e procurou uma playlist carioca de seu gosto.

— Meu amor, nem que São Paulo exploda, eu perco o meu sangue paulista. — Com tranquilidade, Chan comentou. Na verdade, havia escolhido uma playlist aleatória e mal conseguira prestar atenção nas músicas, pois estava concentrado na estrada. No entanto, ele adorava contradizer seu namorado em praticamente tudo. Em tempos passados, Minho chegou a pensar que testemunharia uma briga pesada entre eles, mas ao encontrar Bang Chan totalmente apaixonado, não foi surpresa. É como dizem: ou se matam ou se comem.

Seungmin ignorou o comentário tosco de Chan e aumentou o volume ao ouvir a melodia de 'Carolina, Carol bela'. Felix dormia serenamente no ombro de seu irmão, revelando uma adorável cena com seus lábios corados, cabelo bagunçado e rosto amassado. Sob o sol escaldante do Rio, sua face era banhada em tons divinos de amarelo e laranja. Enquanto isso, Jeongin permanecia absorto no tablet, ágil em seus cliques incessantes. Minho pensou que, com o tempo, o garoto deixaria os jogos violentos, como Chris muitas vezes pediu, mas, surpreendentemente, Jeongin mergulhou no mundo dos streams, agora ganhando bem com isso. Apesar das tentativas de Felix em aprender, sem sucesso, ninguém compreende esses joguinhos tão bem quanto Jeongin, o que, de alguma forma, faz dele único.

— Chris, você já veio aqui? — Indagou o Lee mais velho, ainda com a cabeça apoiada no vidro da janela. Apesar de ter dormido boa parte da viagem, seu corpo o despertou quando se aproximavam do Rio. A paisagem era espetacular, impossível ignorar a diversidade de pessoas e a beleza natural ao redor. Não que a capital de São Paulo fosse entediante, mas a metrópole não consegue surpreender Minho da mesma forma. As oportunidades profissionais são excelentes, mas a energia contagiante das praias é algo que ele sempre sentirá falta.

— Algumas vezes, papai gostava de viajar muito e nos trouxe de avião pra cá assim que pôde, mas não passávamos mais de três dias. Espero poder curtir semanas desse lugar com vocês todo ano. — respondeu, ainda concentrado nas ruas asfaltadas à sua frente. A família Bang sempre teve uma vida confortável, graças à empresa imobiliária que o pai de Chris herdou quando jovem. A partida do senhor Bang foi um momento difícil para todos, mas Chris encontrou apoio em Seungmin, sua família e outros amigos. Ele sempre fala do pai com carinho, apesar das desavenças do passado.

O calor incomodava Minho um pouco, mas era o menor dos problemas naquele dia lindo. Às vezes, percebia Felix se remexendo, talvez desconfortável com o clima atípico para ele. Os Lee eram extremamente pálidos, típicos paulistas que nunca saíram de sua zona de conforto. Encarar o calor do Rio de Janeiro logo de início, sem um pingo de protetor solar, talvez não tenha sido a melhor ideia. Enquanto isso, Kim cantarolava a música "Burguesinha" ao passo que capturava fotos da praia através dos vidros. A velocidade do carro já havia diminuído, indicando que estavam quase chegando.

— Puts, to na maior fome faz cota. Vai demorar muito aí, coroa? — perguntou o mais novo, agora com o tablet no colo e fone pendurado no pescoço. Era quase cômico vê-lo com a aparência de um adolescente rebelde, trajando uma camiseta preta simples e um short tactel da mesma cor, adornado por um pequeno símbolo da Adidas. Jeongin, com suas teimosias e sarcasmo contínuo, podia até parecer imaturo, mas quando queria, surpreendia a todos com os conselhos sábios e as atitudes maturas.

— Agora o bonito decide desgrudar da tela, né? — Bang chan direcionou um olhar severo para o garoto através do retrovisor. Jeongin imitou o mais velho com uma voz aguda, acompanhando o gesto de deboche com as mãos, arrancando gargalhadas de Seung, que prontamente retribuiu com um high five.

— Eu vi isso. — Advertiu Chris.

— Deixe o garoto, velho chato. — interviu Seung, ainda se recuperando das risadas. Minho soltou uma risada abafada também, pois era impossível conter o riso ao vê-los agindo como se fossem pais idosos de Jeongin. De certa forma, eles meio que eram. Jeongin mora com o casal desde que se tornou maior de idade, dada a relação tumultuada com seus pais. Quando os Yang tornaram-se vizinhos dos irmãos Lee, cada dia era marcado por gritos incessantes. Em uma manhã, um Jeongin ainda criança bateu à porta de Minho, então com sete anos, pedindo desesperadamente para não ser levado de volta para casa naquela noite. Desde então, Minho quis proteger o amigo como se sua vida dependesse disso. No entanto, quando conheceram Chris no colegial, não houve escapatória. Bang Chan tornou-se o pai que Jeongin nunca teve. Mesmo com os ciúmes adolescentes de Minho, que chegaram a causar brigas entre eles, Chan sempre foi acolhedor. Nunca permitiu que as birras do Lee os afastassem, e Minho sempre será grato por essa gentileza.

Quando finalmente estacionaram, os garotos abriram as portas aliviados, aproveitando a sensação revigorante do ar livre. Felix despertou meio confuso, afinal, estava adormecido há horas. Minho saiu para desamassar sua regata preta da melhor forma possível e prontamente ajudou Chan com malas, coolers, brinquedos para a praia e uma variedade de utensílios. Olhando assim, parecia até que eles eram os verdadeiros responsáveis pelos mais novos. Enquanto Jeongin buscava freneticamente sinal de internet e Chris discretamente ria, Seungmin organizava embalagens dentro do carro e guardava pequenos objetos, como cabos de carregador, roupas largadas e travesseiros. Enquanto isso, Felix ainda assimilava lentamente sua existência. Coitado, tão lerdo...

Os dois mais velhos caminharam até a plataforma de madeira diante do sobrado branco e marrom. Era tudo tão praiano. Os detalhes de madeira rústicos contrastando com o branco e o acabamento de vidro nas sacadas faziam Minho suspirar. O condomínio era gigantesco e as casas todas muito parecidas, mas Minho tinha a impressão de que a de Chris era uma das maiores. Seungmin não hesitou em jogar tudo que segurava na rede branca e sentar nela, sentindo o aroma da maresia.

— Bem-vindos ao Rio? — Perguntou Minho, olhando com ansiedade para Chan.

— Bem-vindos ao Rio.

— BANG CHAN ENTRA LOGO NESSA CASA PRECISO DE UM ROTEADOR!!!! — Chris revirou os olhos com o desespero de Jeongin e caiu nas risadas. Amava estar ali com seus amigos, criando memórias que jamais seriam deixadas pra trás.

[...]

Oi gente!!

Essa foi uma breve introdução dessa Fanfic que estou escrevendo. Surpreendentemente, eu não sou carioca. Na verdade, sou baiana. Tive que dar uma boa pesquisada pra poder trazer alguns detalhes sobre o lugar incrível que é o Rio.

Me desculpem qualquer distância da realidade, eu estou dando meu máximo.

COPACABANA - minsungOnde histórias criam vida. Descubra agora