COPACABANA - minsung

paisagem do seu quarto

Feliz natal! Aproveitem o meu presente e comam bastante na ceia.

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Adrenalina. Ela nos envolve constantemente, explorando sempre novas experiências que despertam essa sensação. Entregar-se ao risco, desejar reviver esse êxtase e condicionar o corpo ao arrepio constante, é como ceder a uma droga, sem saber se um dia será possível se desvencilhar. Jisung já tinha experimentado o bondinho antes, sentindo-se como se estivesse voando, braços abertos sob a chuva, que naquele dia era fraca. Dessa vez, sob um clima caloroso, Han estava acompanhado por mais pessoas, destacando-se uma que o envolveu em um abraço tão forte e intenso que parecia que o mundo ia desabar sobre eles. Nesse momento, a adrenalina percorria todo o corpo de Minho e se estendia até Han, que se agarrava a ele, percebendo Lee tremer de nervosismo. Medo de altura. O idiota tinha medo de altura, mas ainda assim, decidiu visitar um dos pontos mais altos do Rio de Janeiro.

Quando Jisung descobriu essa situação, já era tarde demais; não havia muito a ser feito depois de pagarem pelos ingressos. Furioso, questionou Minho sobre a razão de ter a brilhante ideia de visitar o Pão de Açúcar, mesmo tendo pavor de altura. Inicialmente, Minho sentiu constrangimento ao falar sobre sua fobia, considerando-a uma coisa idiota que deveria ser superada na infância. No entanto, ele explicou a Han que queria viver essa experiência com os amigos, especialmente com o irmão, por ser significativa para eles. Mesmo entendendo que o Lee também estava tentando superar o medo, Jisung ainda conseguia zangar-se com o outro por ser tão prestativo ao ponto de se colocar em situações desnecessárias.

Buscou soluções para essa situação desconfortável, mas foi em vão. Sabendo que forçar a saída não resolveria, o carioca permitiu que Minho o abraçasse, evitando alarmar os amigos. O Lee apertou os olhos com a maior força que conseguiu, sentindo o coração na boca enquanto o passeio se iniciava. O vento brincava com os fios loiros, direcionando-os a Han, que desfrutava da brisa com serenidade. Jisung suavemente entrelaçou os dedos com os de Minho, acariciando-os com delicadeza, buscando confortar o outro sem exageros. Minho inspirou e expirou, afundando a cabeça no pescoço de Jisung, sentindo-se acolhido. Com o passar do tempo, a tremedeira e a inquietação causadas pelo medo gradualmente se dissiparam.

Fizeram uma primeira parada no Morro da Urca, onde os garotos tiveram que obrigatoriamente descer, uma vez que o tempo do intervalo estimadamente era de trinta minutos a uma hora. Jisung desgrudou de Minho, meio sem graça com todo o contato físico na frente de tantas pessoas, grande maioria desconhecida. Sacrifícios que nem Jisung sabia porque passava, mas estava ali, ainda que sem compreender as razões por trás de seu interesse em cuidar tanto de Minho.

Changbin estendeu a mão para ajudar Felix a descer, acompanhado por Hyunjin. Os demais amigos já estavam lá fora, e o vento não tinha piedade, desarrumando os cabelos de todos ao seu alcance. Ryujin protegia a testa com a mão, observando a vista e, de vez em quando, retirando cabelos da boca devido à ventania persistente. Jeongin, munido de seu celular pago por algum empresário, capturava a paisagem em fotos para seu canal, talvez patrocinado até pela própria Samsung – nunca se sabe o nível de fama desse pirralho.

— Até que essa porra foi tranquila, né? — Jisung disse, finalmente quebrando o silêncio que só existia entre eles, ignorando o chamado de Hyunjin para conferir a foto maneira que ele tirou das nuvens. — Fala sério! Jisung não tinha o menor interesse em ver foto de coisa que tem aos montes no céu, quem dirá os seguidores de um modelo no Instagram. Essa gente só quer ver bolsa de grife, corpos tão magros que cheiram a chiclete de menta e anorexia, ou fofocas mentirosas sobre a vida alheia. Minho soltou uma risada tímida e dirigiu o olhar para o carioca, que agia como se estivessem batendo papo em terra firme, sem toda essa galera ao redor, o vento forte dando um show nos seus cabelos, e o barulhão que os rodeava.