noite de jogos

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— Ryujin, se você continuar roubando, vou ser obrigado a perder de propósito e ainda vou acabar caindo em você, sua trapaceira! — Jeongin exclamou, seu olhar fixo na roleta que girava sem parar. Estavam jogando Twister há cerca de trinta minutos, e ambos eram os finalistas. Graças às trapaças de Ryujin, Minho e Felix haviam caído um pouco antes. Agora, Yang tinha uma mão no amarelo, o pé esquerdo no azul e o pé direito no verde. Poderia estar encurralado, uma vez que Ryujin estava muito confortável com o braço direito no vermelho e os dois pés no azul, mas sabia que conseguiria permanecer honestamente naquela posição por mais alguns minutos. Pelo menos, conseguiria se Ryujin não estivesse claramente tentando derrubá-lo.

Algumas horas se passaram e cada um estava ocupado com alguma atividade. Chan e Changbin estavam em uma disputa acirrada de sinuca na sala de jogos, agindo como dois idosos em um bar de esquina. Minho notou que Changbin comemorava mais do que Chris, indicando que provavelmente estava vencendo. Hyunjin, Yeji, Felix e Minho não paravam de gritar "truco", às vezes até discutindo e provocando uns aos outros, tornando-os os mais barulhentos do grupo. Jisung e Seungmin estavam na cozinha, preparando comidas gordurosas ao som de uma playlist brasileira aleatória, que variava de funks antigos até Djonga. Eles também ouviram um pouco de Taylor Swift, mas isso era um segredo só deles. Bem, Jisung não estava exatamente preparando nada; estava mais para comer chips, tomar coca zero nos trinques e fofocar com Seung. Em sua cabeça, o apoio moral contava como ajuda, já que ele não sabia nem fritar um ovo.

— E então, ela disse: "Se você não sair desta casa com meu marido e todas as roupas dele agora, mato os dois!" Matar a própria irmã, acredita nisso? Deveria era ter dado um fim naquele safado que ela permitiu que voltasse para casa dela. — Seungmin disse, indignado, enquanto experimentava um pouco de molho de tomate na palma da mão. Ele fez uma careta duvidosa, antes de acrescentar um pouco mais de alho.

— Ouvi dizer que a irmã dela não tem para onde ir, passou anos morando longe e flertando com o cunhado, sobrevivendo com a pensão do ex-marido nos Estados Unidos. — Jisung sussurrou, esperando que apenas Seungmin o ouvisse. Apesar de mal se conhecerem, já tinham assuntos de vizinhança para compartilhar. Era reconfortante ter alguém para se envolver em boas fofocas quando tudo o que você queria era se comportar como uma criança vulnerável e se entregar a quem não deveria. Sentiu que seriam bons amigos.

Continuaram a conversa, ocasionalmente fazendo pausas para que Seungmin pudesse colocar algo no forno ou buscar mais uma cerveja para ele. O diálogo realmente mudou quando eles pararam para observar Ryujin e Jeongin, ambos caídos no tapete de Twister, rindo como duas gazelas. Ryujin segurava a barriga, com o rosto vermelho, enchendo o ambiente com sua risada alta. Isso, por sua vez, fez Minho rir também, percebendo o quanto, no fundo, os dois eram como crianças bobas. Cresceram como cão e gato, mas sempre que tinham a oportunidade, estavam assim: rindo como se fossem irmãos gêmeos separados na maternidade.

— Ela é uma boa pessoa. — Seungmin decidiu quebrar o silêncio, encontrando o olhar de Jisung, que retribuiu o gesto. Han podia pensar que ocultava bem o que sentia, mas no fundo, todos tinham inseguranças, e Seungmin sabia que Minho conseguia desenterrar as fraquezas que Jisung ignorou a vida toda. Han podia fingir o contrário, mas ele era carente da atenção de Lee, e esconder isso só tornava as coisas mais complicadas. Quando ele descobriu alguém com uma conexão mais forte com Minho do que todos os outros ali, se sentiu ameaçado, como se fosse uma criança com medo de ser abandonada ou substituída pelos pais.

Seungmin analisou a expressão de Jisung, que misturava tranquilidade com um toque de provocação por conta do que havia escutado. O carioca tentou escolher suas palavras com cuidado, para não mostrar o quão fragilizado seu ego ficou com a revelação de Kim sobre seus próprios sentimentos. Seungmin pensou que Minho só poderia ser o homem mais lento e desatento do mundo por não perceber o quanto Jisung era sensível e entregue a ele. O paulista ponderou o quanto era engraçado o fato de ter levado anos para desenvolver uma conexão com alguém que amava, enquanto Han e Minho já tinham algo tão intenso acontecendo entre eles em poucos dias. O amor era realmente o sentimento mais misterioso do mundo.

COPACABANA - minsungOnde histórias criam vida. Descubra agora