tenho você por perto, nunca me senti tão completo

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Sem perceber, Minho perdeu todo o controle, enquanto Jisung se mostrava cativante, envolvendo o paulista sem esforço. Han era eufórico, mas carinhoso, uma mistura única que Minho queria explorar até se render completamente ao cansaço. O moreno beijava os lábios do Lee como se fossem exclusivamente seus, traçando uma trilha de selinhos do peito ao pescoço, maxilar e, por fim, a boca. O tempo todo, marcava o outro com toques intensos e gemidos. Em um piscar de olhos, já estavam na cama, se entregando a uma paleta de cores, pintando seus corpos com diferente tons, explorando os lábios um do outro com uma posse inegável, como se, a qualquer momento, a disputa pelo controle fosse se dissipar, deixando um deles cativo nos desejos do outro. Entre mordidas, arranhões nas costas e sorrisos maliciosos, o mesmo ritual se repetia incansavelmente, marcando uma intensidade que não conhecia limites. E assim fizeram, já sem fôlego, levando Minho a esquecer até mesmo seu nome. Quem precisa de nome quando já tem Han Jisung sussurrando o que bem entendesse em seu ouvido, não é mesmo?

Em meio à noite perfeita, o carioca se acomodou no colo de Lee, recostou a cabeça em seu ombro, permitindo-lhe envolver a mão em sua cintura e guiar os movimentos conforme desejasse. Han, exausto após ter dado o seu tudo, percebeu a iminência do nascer do sol e o suor cobrindo cada centímetro de seu corpo. Se deu por vencido, deixando um selar no ombro de Minho antes de se retirar, fatigado ao ponto de não conseguir se levantar e realizar os cuidados necessários.

—  Caralho, Jisung. — Diz Minho, com a voz rouca e corpo exausto, entre lençóis amarrotados, travesseiros ao chão, roupas espalhadas por todo o cômodo, e gotas d'água marcando um caminho do banheiro até a cama, talvez feito durante a saída apressada da banheira. Estavam tão imersos na necessidade um do outro, que sequer se importaram com vinho caro no chão do banheiro e os queijos ainda no prato. O quarto virou bagunça, mentes um caos, mas somente o coração estava lúcido que jamais bateria tão rápido com outra pessoa; só Jisung acelerava o coração de Minho daquela forma, e vice-versa. Han virou-se de lado para contemplar Minho, sorrindo ao vê-lo tão exausto e, ao mesmo tempo, deslumbrante, com o peito subindo e descendo, ansiando por mais, e a surpresa, como se nunca tivesse experimentado algo tão incrível. Jisung tinha consciência de que era o pior tipo de praga, ou talvez a melhor benção, dependendo do ponto de vista.

Conversaram por um tempo, mesmo com as vozes meio falhas e sonolentas. Quando o sol começou a iluminar parte do corpo de Jisung, pintando de laranja suas marcas arroxeadas, até mesmo a tatuagem de concha, o sono o venceu. Minho se ergueu com o que lhe restava de energia e começou a limpar tudo, inclusive o Han. Imaginava-se nesse cenário todos os dias, talvez num futuro não tão distante, numa casa bacana no Rio, com gatos e cachorros esparramados na sala. Poderia viver assim pra sempre. Ao notar o que se passava em sua mente, sacudiu a cabeça e apressou-se em arrumar a bagunça. Evitaria que o Chan entrasse no quarto e visse a confusão; inicialmente seria engraçado, com certeza ele faria aquela expressão de pai descobrindo que o filho adolescente transa, mas depois a graça se dissiparia, deixando apenas o constrangimento. Era melhor prevenir. Jisung se remexia na cama, como se estivesse tendo um sono agitado. Apesar de Minho tê-lo limpado de forma um tanto preguiçosa, o carioca continuava suado, talvez por isso não conseguisse dormir tão bem. Lee optou por trocar a água da banheira, planejando acordar Jisung por volta das sete da manhã para desfrutarem de um banho relaxante antes de descerem para o café. A casa permanecia silenciosa; nenhum som de passos ou panelas indicava que Seungmin ainda não havia acordado para preparar o café, mas em breve o faria, e Minho desejava tomá-lo bem quentinho.

Ao dar uma espiada no relógio e notar que já passava das sete da manhã, Minho finalizou a organização do quarto e subiu na cama, rastejando até encontrar o Han esparramado. O sol já não o incomodava mais, graças às cortinas escondendo a janela com vista para o jardim que já estavam fechadas. É bom que que ninguém tivesse se aventurado pelo gramado na madrugada, ou teriam curtido um showzinho gratuito através das janelas de vidro. Minho acariciou nas bochechas do Jisung e o sacudiu levemente, chamando por ele com paciência. Ninguém curte acordar com muita agitação, especialmente quando só dormiu duas horas. Era bom que ele não acordasse de mau humor, pois tinham planos para o dia: ir ao centro comprar nossas roupas de Natal e Ano Novo. Afinal, Jisung parecia ser o cara que conhecia as melhores lojas de roupa no Rio de Janeiro.

COPACABANA - minsungOnde histórias criam vida. Descubra agora