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Em seguida, suas mãos deslizam suavemente pelos meus braços, descendo delicadamente até minha cintura, enquanto seus olhos permanecem fixos em mim. Ele me observa dos pés à cabeça, capturando cada curva e nuance, e então me vira gentilmente de costas, aumentando ainda mais a tensão no ar

Tom- Caralho, você continua a mesma gostosa de sempre né, bonequinha?

–Como assim continuo?

Tom- Cala boca. Gustav! -Fala com o olhar o que ele deveria fazer

Gustav- Já volto

Tom, com seus olhos intensos e inescrutáveis, fixou em mim um olhar tão profundo que parecia querer desvendar os mistérios da minha alma. Tá, não dá pra negar que ele é bonito até. Seus olhos ardentes não desviavam de mim, como um predador observando atentamente sua presa

Eu desviei o olhar, sentindo uma estranha sensação de desconforto. No entanto, algo em seu rosto me parecia estranhamente familiar, como uma lembrança distante que eu não conseguia recuperar

Eu sentia que já conhecia ele de algum lugar, só não lembro de onde e quando o conheci e esse lance de bonequinha? Esse apelido me irrita por um motivo que eu não sei explicar

–Deve ser coisa da minha cabeça–

Gustav- Aqui! -O mesmo chega com uma maleta

Tom- Ok, vejamos bem…

Assim que o homem de tranças abre a maleta meus olhos quase saltam pra fora com o tanto de dinheiro que havia lá dentro

Tom- 10 milhões em dinheiro senhora Walters

Mãe- Ai meu Deus, quanto dinheiro! Tô rica! -Ela sorri largo- Uma pergunta

Bill- Seja breve

Mãe- Vocês vão cuidar bem dela?

–Dela quem?

Georg- Pode se despreocupar senhora, ela será muito bem tratada -Diz sorrindo e segurando meu queixo com o dedo indicador

–Eu ainda não entendi

Gustav- Que patético…

Tom- Agora, onde está o papel do contrato?

Mãe- Aqui está -Ela entrega-o para ele e eu percebo que era o mesmo que eu havia assinado

–O que é isso que tá acontecendo? Por que a senhora entregou a eles o papel que eu assinei? -Os quatro riem de mim- Eu não vejo motivo pra rirem assim!

Tom- Bonequinha, sua mãe te vendeu pra gente

–Quê…?

Bill- Paciência! Tá vendo esse dinheiro que sua mãe ganhou?

–Eu sou cega, foi mal -Digo sarcástica

Bill- Cê vai dá muito trabalho pelo visto

Tom- Olha só, esse dinheiro que a sua mãe ganhou é o pagamento por ter vendido você e esse papel que você assinou, é um contrato de venda, ou seja, você

–Mãe?! Você…me vendeu? Você me vendeu, por algumas notas frias e sem vida?

Mãe- Desculpa filha

Ela vem até mim pra me abraçar mas eu a empurro

–Me disse pra assinar um papel, um contrato, na verdade eu estava me vendendo, me rendendo a um destino desconhecido, sem ter a menor ideia! E tudo isso por quê? Por causa de dinheiro? Uma quantia insignificante de dinheiro! Eu sou apenas um número para você? Uma etiqueta de preço? Eu valho apenas 10 milhões para você, mãe?

Mãe- Me perdoa

–Perdoar? Acabou de vender sua própria filha e ainda pede pra te perdoar? -Desdenho- Agora eu sei que não sou sua filha, eu sou apenas uma mercadoria, uma coisa que pode ser comprada e vendida, e quer saber, pega esse dinheiro e enfia a onde bem entender! -Eu tento correr mas o gêmeo do garoto de tranças me empata

Bill- Se eu fosse você não faria isso

–Quem você pensa que é pra me dizer o que não devo fazer?

Bill- Bill Kaulitz senhora Ruby Walters

–Como diabos sabe meu nome?

Bill- Poxa garota, você é lerda mesmo em

–Que se foda! Eu não vou ir pra lugar nenhum com vocês!

Tom- Cê não tem escolha de nada bonequinha

–Não tenho escolha? Tá insinuando que é meu dono?

Tom- Não me irrite, Ruby

Minha mãe me olha uma última vez e depois vai embora

–Como ela pôde?

A Rubyta é tipo aquele meme: eu rio na cara do perigo hahaha

For you -Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora