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11 ANOS DEPOIS

Ruby narrando

É, já se passaram 11 anos, Max já está bem grande, aprendeu muitas coisas e está estudando na 7° serie. Enquanto isso, eu e os outros continuamos do mesmo jeito de sempre

–Alfredo!

Alfredo- Sim, chefe?

–Saia do meu carro!

Alfredo- Mas eu sou seu motorista

–Eu não lembro de ter contratado você pra ser meu motorista! Sai do meu carro, porra!

Alfredo- Mas senhora-

–Mas nada! Cê não sabe o quanto esse carro é importante pra mim

Alfredo- Perdão…

–Se os outros perguntarem pra onde eu fui, inventa alguma coisa, diz que eu fui fazer compras, sei lá

Alfredo- Se eu mentir, eles vão querer me castigar

–Escuta aqui, sua função é ouvir e obedecer calado. Se não fizer o que tô mandando eu quem vou te castigar! Anda!

Alfredo- Sim, chefe…

–Ótimo! -Coloquei algumas sacolas no porta-malas do meu carro, fechando a porta com um som suave, mas definitivo. Saindo da minha casa, a estrada se estendia diante de mim, levando-me para um caminho deserto, longe de olhares curiosos

Encontrei um local adequado, remoto e isolado, e parei o carro, o silêncio ecoando ao meu redor. Abri o porta-malas e tirei as coisas de lá, jogando tudo na areia quente. Eu podia sentir os grãos finos escorregando por entre meus dedos enquanto eu fazia isso

–Muito bem… -Eu digo para mim mesma, a sensação de liberação já começava a surgir. Busquei no bolso da minha calça um isqueiro que tinha guardado para esse momento- …Que se foda -Eu disse, com determinação. Eu acendi o isqueiro, a pequena chama parecendo incrivelmente brilhante na vastidão do local

Eu coloquei fogo em tudo que havia naquelas sacolas, observando atentamente enquanto as chamas devoravam o conteúdo. Estou me livrando do meu passado, nada daquilo me importava mais

De repente, uma viatura se aproxima e estaciona. Do carro, um policial robusto desce e caminha firmemente em minha direção

–Por que a abordagem? O que fiz de errado?

Policial- Você deveria estar ciente de que é estritamente proibido incendiar objetos neste local!

–Sério? Então, que tal se eu queimar algo em cima daquela viatura ali?

Policial- Não estamos aqui para brincadeiras, senhorita

–Olha bem pra minha cara, e vê se eu sou do tipo que fica fazendo brincadeiras idiotas -Disse encarando-o profundamente

Policial- Algema ela

–O quê? Mas que absurdo! Sabe quem eu sou?

Policial- Não, e nem estamos interessados em saber

–Se soubessem, não iriam fazer metade do que estão fazendo, fiquem cientes

Quando o outro policial estava prestes a me virar de costas, eu rapidamente pego um objeto que estava ali e ataquei os dois na cabeça, fazendo-os ficarem inconscientes. Eu peguei algumas cordas que havia carregado comigo, aliás, nunca ando despreparada, sempre sei que algo assim pode acontecer a qualquer momento

–Bando de imbecis… -Carreguei os dois para dentro da viatura, amarrei-os sentados nos bancos e depois de meia hora os mesmos acordaram- Olá, gostaram da sonequinha?

Policial 2- Mas o que é isso? Solta a gente!

–Eu não estou com vontade, foi mal

Policial- A gente vai te levar pra cadeia, sua piranha

–Que linguajar bonito, adorei -Sorri e acariciei sua cabeça e sai do carro, trancando-os lá dentro

Policial 2- Mas o que você vai fazer, sua louca?

–Eu disse que não estava brincando, não disse? -Digo, jogando as coisas em cima do carro

Policial- Vadia doente, sai daí!!

–Já disse que tô sem vontade? -Em seguida peguei o isqueiro e acendi-o, enquanto sorria para os dois policiais presos a minha frente, coloquei fogo nas coisas

Policial- Sua desgraçada! Tira a gente daqui!!!

Policial 2- Mas que merda! Que merda!

Os dois ficam se debatendo, tentando se soltar da corda, mas, eu os amarrei com um corda tão forte, que pode os apertar até os matarem, então, eles morrem por sufoco ou pela explosão do carro

–Isso aí, continuem lutando pela vida de vocês, será esforços em vão -Digo cruzando meus braços e observando cada detalhe atentamente, o fogo começa a se espalhar pelo carro e eu me afasto, para não ser atingida pela explosão

Policial- VAI PRO INFERNO SUA CADELA!! -Ele mal teve tempo pra terminar de gritar e o carro explodiu com os dois dentro

–Que pena…poderia ter usado suas últimas palavras como um pedido de perdão, mas no fim das contas, assim é melhor…Eu era tão sensível, hein? kkk -Sem perder tempo, entro no meu carro, e meu telefone começa a tocar.

–Quem é?

Bill- Bill Kaulitz, senhorita Ruby

–Desculpa, não conheço ninguém com esse nome

Bill- Serio? Então liguei pro número errado?

–Provavelmente sim. Agora, eu tenho mais o que fazer

Bill- Vem direto pra casa

–E se eu for para outro lugar?

Bill- Não é hora pra brincadeiras, vem logo que daqui a pouco o-

–Tá bom, tchau!

(Desligo a ligação)

Coloquei a chave no carro e liguei-o, partindo direto para casa, para saber o que Bill quer comigo



Sim gente, 11 anos depois. É preguiça minha, quis acelerar mais, então é isso.

For you -Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora