Kaish então se inclina, se aproximando um pouco mais do que o normal do meu rosto. Eu instintivamente me inclino para trás, mas a cadeira limita meus movimentos. A proximidade repentina dele me pega de surpresa, deixando meu coração acelerado
-Afasta aí, que ousadia é essa? -Exclamo, surpresa com sua proximidade repentina. Minha voz sai mais alta do que eu pretendia, revelando minha surpresa e nervosismo
Kaish- Apenas quero um beijo seu, nada mais -Ele diz, erguendo a sobrancelha de forma desafiadora. Sua voz é firme, mas há um tom suave nela que, de alguma forma, torna a situação menos alarmante
Por um momento, eu fico imóvel, congelada pela surpresa. O pedido de Kaish, feito com tanta casualidade, me deixa atônita. Eu não esperava isso, essa ousadia dele me pega completamente desprevenida
-Um beijo? -Eu repito, tentando comprar tempo enquanto organizo meus pensamentos
Kaish- Sim, um beijo -Ele confirma, sem se afastar, ainda com a sobrancelha arqueada, desafiando minha reação
Eu engulo em seco, sentindo um nó se formar na minha garganta. Minha mente está girando, tentando processar a situação inesperada
-Kaish, eu... -Eu começo, mas as palavras parecem presas na minha garganta. Eu não sei como responder a isso, como lidar com o pedido dele
Kaish- Se você não quiser, tudo bem -Ele diz, interrompendo minha hesitação. Sua voz ainda é suave, mas agora há um toque de decepção nela
-Kaish, não posso aceitar seu pedido -Eu digo finalmente, encontrando minha voz novamente. Minhas palavras são firmes, mas tento suavizá-las com um sorriso
Kaish parece um pouco surpreso com minha resposta, mas ele rapidamente recupera sua compostura. Ele assente com a cabeça, aceitando minha decisão sem questionar
Kaish- Entendo -Ele diz simplesmente, se inclinando para trás novamente e dando um gole em seu café. Seus olhos ainda estão em mim, mas agora há uma nova luz neles, uma de respeito e entendimento
-Eu realmente lamento, mas se é esse o tipo de relacionamento que você deseja construir comigo, eu prefiro que mantenhamos uma certa distância. Eu acredito que é importante definir limites e respeitar o espaço um do outro
Kaish- Eu imaginei que minha ajuda tivesse feito alguma diferença. Eu tentei apoiar você da melhor maneira possível
-De fato, você fez isso. Você me ajudou e ajudou bastante. Mas eu simplesmente não posso aceitar isso
Kaish- Por que não? Deixe-me adivinhar...é por causa do Tom, não é? Você nunca consegue superá-lo, correto?
-Como se fosse algo fácil de fazer. Talvez você não saiba, mas Tom foi a única pessoa que permaneceu ao meu lado. Eu simplesmente não percebia que tudo o que ele fazia era para me proteger
Kaish- Está bem, está bem. Vamos esquecer essa história de beijo. Mas eu ainda tenho um pedido a fazer. Eu acho que ainda posso contribuir de outra maneira
-Então fale logo
Kaish- Eu quero te ajudar. Eu acredito que posso ser útil de alguma forma
-Me ajudar? Como assim?
Kaish- Isso mesmo, eu quero te ajudar com toda essa situação da sua família. Eu percebi que isso é algo que te preocupa e, embora eu não possa resolver tudo, posso oferecer algum apoio
-De todas as coisas que você poderia pedir, é isso que você está pedindo? Você realmente quer se envolver nisso?
Kaish- Quando eu pedi o beijo você reclamou, e agora também está reclamando? Parece que eu não consigo acertar
-Tudo bem, tudo bem, que seja. Você pode me ajudar, sim. Eu agradeço o seu apoio e a sua disposição em ajudar. Se bem que isso não é uma forma de eu te agradecer, tá mais pra você querendo me agradecer por alguma coisa
Kaish- Relaxa, é conversa fiada pra ficar perto de você
-Mas o que- Ah, você é como todos eles -Cruzo os braços
Kaish- Acredite, sou bem diferente dos caras imbecis que dá em cima de você
-Sinceramente, eu não te entendo. Por que resolveu querer me ajudar assim do nada?
Kaish- Admiro muito você, estava tentando achar uma forma de me aproximar de você, e finalmente estamos aqui
-Se você está achando que vai ter um caso comigo, pode ir tirando o cavalinho da chuva
Kaish- Não estou achando nada disso
-Revirei os olhos- Se era só isso, estou indo pra casa
Kaish- Ok, pode ir
Assenti com a cabeça, peguei minha bolsa com uma certa pressa, e comecei a me retirar do local de maneira resoluta, caminhando em direção ao meu carro estacionado a uma curta distância. Mesmo à distância, eu ainda podia sentir os olhares intensos de Kaish, que me observavam através do vidro reflexivo do restaurante
-Por que ele tem que ser tão irritante? -Perguntei a mim mesma em um murmúrio quase inaudível
Chegando ao meu carro, entrei e fechei a porta com um pouco mais de força do que o necessário. Coloquei a chave na ignição, sentindo o frio do metal contra a minha mão. As minhas mãos agarraram firmemente o volante, prontas para me remover daquele local o mais rápido possível
No exato momento em que estava prestes a arrancar com o carro, uma sensação inexplicável de presença estranha começou a se infiltrar dentro do veículo. Uma onda de desconforto, quase palpável, percorreu lentamente a minha espinha, fazendo cada pelo do meu corpo se arrepiar
Eu rapidamente lancei um olhar para trás, tentando localizar a fonte daquele sentimento perturbador. Antes que eu tivesse tempo de reagir ou entender o que estava realmente acontecendo, meu rosto foi abruptamente coberto com um pano áspero. Braços fortes e determinados me imobilizaram, enquanto eu me debatia em vão, tentando libertar-me daquela situação assustadora
"Bons sonhos..." -Uma voz desconhecida sussurrou no meu ouvido, enquanto a escuridão começava a tomar conta da minha visão
E então, com um último grito abafado, a escuridão me envolveu completamente. A última coisa que me lembro é do som distante de uma risada maliciosa ecoando pelo carro
Minha nossa senhora da bicicletinha sem freio ☠️
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For you -Tom Kaulitz
Fanfiction• DARK ROMANCE 𝐎𝐍𝐃𝐄 nessa história intensa e repleta de reviravoltas, Ruby é um exemplo de resiliência, coragem e determinação. Ela é uma protagonista cativante, capaz de despertar uma gama de emoções nos leitores, desde compaixão e empatia até...