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Agora tudo volta para mim, todas aquelas memórias vêm inundando de volta. Eu me lembro... me lembro claramente de ter ouvido a voz... a voz específica de Tom

–Como vocês pôde…? Como podem me enganar assim?? Merda! O que eu fiz de errado pra sofrer assim? Quantas mais mentiras eu terei que descobrir?? -Eu me aproximo da porta

Tom- Ruby, por favor, deixe-me explicar

–Explicar??? Você não sabe nem metade do que eu passei!! Você não sente nem metade da dor que eu venho sentindo durante esses anos todos e agora vem com essa merda de “explicar”

Tom- Estou tentando te mostrar o porquê, então por favor, me escute

–Não!...Eu te odeio, Tom… -Ela disse com uma mistura de dor e frieza, me olhando diretamente nos olhos, os seus vermelhos e marejados

Tom pov:

Ouvir ela pronunciar essas três últimas palavras foi uma dor indescritível. Eu estava plenamente ciente de que ela tinha todo o direito de me odiar, eu sabia que ela carregava esse sentimento, mas escutar aquelas palavras saindo de sua boca foi devastador

Eu estava consciente de que a tinha machucado profundamente, eu sabia que o faria desde o início de tudo isso, mas…foi necessário

Pov off:

–Me envolver com você foi o pior erro da minha vida…e você nem me deu escolha nisso no fim das contas… -Eu saio de dentro da sala, correndo para fora da festa

"Parece que minha tristeza ultrapassou todos os limites naquele momento. Descobri tantas coisas que me magoaram, mas a que mais me machucou foi essa que descobri agora pouco. Essa dor parece ser insuportável. É como se todo o peso do mundo estivesse sobre meus ombros"

A chuva começa a cair intensamente, encharcando meu corpo e aumentando a sensação de desespero. Caminho pelas ruas escuras, segurando meus saltos na mão, sentindo cada passo como um peso insuportável. As gotas de chuva misturam-se com minhas lágrimas, refletindo a angústia que consome minha alma

A cada passo, a dúvida se intensifica, enquanto questiono se ainda há razões para permanecer naquele lugar. O mundo ao meu redor parece desmoronar, e minha mente é invadida por pensamentos sombrios

As ruas vazias e escuras parecem ecoar minha solidão, enquanto me pergunto se algum dia encontrarei a felicidade novamente. Cada gota de chuva parece uma lágrima da própria natureza, compartilhando minha tristeza e desespero. Os relâmpagos rasgam o céu, iluminando meu rosto desolado, como se o universo estivesse testemunhando meu sofrimento.

Enquanto caminho na tempestade, todos os momentos de tristeza, decepção e desilusão parecem se entrelaçar, formando um emaranhado de emoções esmagadoras. Cada passo é uma luta contra a escuridão que ameaça engolir minha esperança. Meus saltos na mão são o símbolo de minha jornada solitária, uma caminhada incerta em direção ao desconhecido.

Em meio à chuva torrencial, minha mente se enche de questionamentos sobre o sentido da vida, sobre a razão de continuar lutando. Cada gota que cai deixa uma marca indelével em minha alma, uma lembrança dolorosa de todas as decepções e desilusões que enfrentei.

No entanto, mesmo na escuridão e na tempestade, uma chama frágil de esperança ainda persiste. Talvez, em algum lugar além da chuva e da tristeza, exista um motivo para continuar. E assim, com os saltos na mão e coração cheio de incertezas, sigo adiante, em busca de uma resposta para a pergunta que paira em minha mente: vale a pena ficar aqui?

–Vou acabar com essa merda… -Eu continuo caminhando pelas ruas, uma mistura de dor, mágoa, raiva, vingança…

Tom narrando

–Precisamos encontrar ela e esclarecer as coisas

Georg- Uau, isso foi intenso

–Cale a boca! Já era de se esperar que ela agisse assim

Bill- Como não agir assim? O que ela passou foi sinistro

–Vamos parar de falar bobagens, só precisamos saber pra onde ela foi

Georg- Será que ela foi pra casa?

Bill- A última coisa que ela faria é ir pra casa

Gustav- Pra onde ela foi então?

Bill- Conhecendo a Ruby, ela com certeza iria atrás de Andrea agora

–Ela não pode fazer isso! Se ela fizer algo, vai colocar a vida de Max em perigo

Georg- Agora se preocupa… -Ele cochicha

–O que disse?

Georg- Nada, eu não disse nada

–Imbecil, vamos logo de uma vez– -Fui interrompido pelo som do telefone- De quem é esse número?

Bill- Deixa eu ver.. -Bill pega o telefone em suas mãos e analisa o número de telefone- Esse número…esse número é do Max!

–Por que ele está ligando logo pra mim? -Eu atendi a ligação, hesitante- Alô? -A ligação permanece em silêncio- Max, está escutando? -O silêncio permanece

Georg- Não tem ninguém na linha?

–Ninguém fala nada. Alô?? Droga -Resmunguei impaciente e a ligação caiu

Bill- Vamos lá pra casa, agora!


★? Brigada 😀👍

For you -Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora