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Ruby narrando

–Que barulho foi esse? Parece que veio do andar de cima

Bill- Ah, Ruby, você sabe que sons estranhos são praticamente rotina nesta vizinhança. Não é nada para se preocupar

–Mas esse pareceu diferente, Bill. Foi mais próximo e mais intenso do que o habitual

Georg- Ruby, você realmente ainda não se acostumou? Praticamente todo dia há algum tipo de confusão por aqui. É só mais um dia normal neste bairro agitado

–Eu sei, Georg, mas algo me diz que desta vez é diferente. Tenho um pressentimento estranho

Bill- Olha, isso não é relevante agora. Temos assuntos mais urgentes para discutir. Na verdade, há algo específico sobre o qual precisamos conversar

–Do que se trata, Bill? Você parece tenso

Bill- Sério que você está me perguntando isso? Pense bem, Ruby. O que você fez hoje que poderia me deixar assim? Algo que talvez não devesse ter feito?

–Honestamente, Bill, não consigo pensar em nada de errado que eu tenha feito hoje

Bill- Ah, claro! Nada é errado para você, não é? É inacreditável como você consegue ser tão... tão... Droga, Ruby! Você não devia ter matado Aurora! Isso não estava nos planos!

–Espera aí, Bill. Você está me repreendendo por isso? Me dê um bom motivo para eu não ter feito o que fiz

Bill- Céus! Você me tira do sério, mulher! Não percebe as consequências que isso pode trazer?

–Aquela... aquela mulher me enganou! Ela e Andrea destruíram tudo o que eu tinha! Minha vida virou um inferno por causa deles!

Gustav- Ruby, entendo sua raiva, mas você precisa ser mais cautelosa. Não pode simplesmente sair por aí eliminando pessoas movida pela vingança. Isso pode nos colocar todos em risco

–Não me venha com lições de moral, Gustav! Tenho certeza absoluta que se fosse qualquer um de vocês no meu lugar, a reação seria muito pior. Vocês sabem disso tão bem quanto eu!

Max narrando

–Alfredo! Venha aqui imediatamente! -Exclamei com urgência, chamando pelo mordomo

Alfredo- Sim, jovem senhor. O que posso fazer por você?

–Preciso que você limpe uma bagunça no meu quarto. É urgente

Os olhos de Alfredo se arregalaram ao entrar no cômodo. -Isso... isso é sangue??

–É sangue de animal. Um entrou no meu quarto e me atacou. Eu apenas me defendi

Alfredo- Essa explicação não me convence, jovem senhor -Ele me olhou com ceticismo evidente

–Estou sendo sincero, Alfredo. Por que é tão difícil acreditar? Você realmente acha que eu, com apenas 12 anos, seria capaz de fazer algo tão terrível com uma pessoa?

Alfredo- Muito bem...De qualquer forma, não é meu papel questionar suas ações. -Ele disse, ainda com um tom de desconfiança, enquanto pegava os produtos de limpeza. Seus olhos então se fixaram em um objeto no chão- O que é esse saco?

–Isso... isso é o animal. Você pode simplesmente queimar esse saco, por favor?

Alfredo- Como desejar… -Respondeu, sua voz carregada de suspeita

–Eu vou me lavar agora. Preciso me livrar desse...dessa sujeira

Alfredo- Sim, é uma boa ideia. Pode haver algum tipo de doença, então é melhor se limpar completamente. Vá tomar um banho demorado

For you -Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora