For you -Tom Kaulitz

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MINUTOS DEPOIS

Ruby e Zoe encontravam-se inesperadamente apegadas uma à outra, quase como se estivessem coladas, enquanto assistiam ao filme. Era quase como se estivessem em seu próprio mundo, completamente absortas em sua companhia mútua. Por que elas estão tão grudadas assim? Em um tom de brincadeira e leve frustração, eu me pergunto, afinal, sou eu o marido de Ruby, não Zoe

–Ouh, vocês duas podem começar a se separar -Eu digo enquanto me posiciono entre elas. Sento-me confortavelmente, estendendo meu braço ao redor do pescoço de Ruby, puxando-a para mais perto de mim

Ruby- Sai, você já passou um bom tempo colado em mim. Agora, é a vez da Zoe de ter a mesma atenção e carinho que eu te dei -Ela remove meu braço de seu pescoço, e me tira de cima do sofá

– O quê? Você realmente disse isso? Você tinha me prometido, você tinha dito que não ia me trocar por ela

Ruby- Ai, você falando assim até parece o fim do mundo. Vai vestir uma camisa vai

Zoe- Bicho fei, sai do meio

–Olha quem fala, parece um urubu uma carniça dessa e quer me chamar de feio. Tá vendo teu reflexo e me confundindo é?

Zoe- Não precisa humilhar

Ruby- Esse daí humilha até eu

–Dá espaço, eu quero assistir também

Ruby- Não tô com tua bunda não, é só sentar

Zoe- Toma trouxa

–Vai se foder vai -Me sento ao lado de Ruby

Ruby- Eu vou pegar pipoca -Diz ao se levantar de onde estava sentada e ela se dirige à cozinha para pegar o lanche

–Só foi eu sentar que você mete o pé né, chata -Alguns segundos depois, o silêncio é interrompido por Zoe

Zoe- Ciumento

–Fica na tua

Zoe- Tu é chato em

–Obrigado, puxei a você

Zoe- Filho da puta...

Será que essa vadia esqueceu que odeio esse nome?

–Quer levar uma surra? -Aperto sua nuca

Zoe- Você não mudou nada. Vai, me bate! É homem o suficiente pra fazer isso?

–Você é uma tremenda vadia -Solto-a brutalmente

Ruby- Voltei -Ela nos olha por alguns segundos- Aconteceu alguma coisa?

Ruby narrando

Zoe se aproxima de mim e me puxa pra longe do local

Zoe- Tom está tendo mais uma das crise de raiva, por favor converse com ele

–Obrigada por me falar, Zoe

Zoe- Está bem… -A mesma se retira

–Tom… -Me aproximo lentamente do mesmo

Tom- Sai…

–Ei…o que aconteceu?

Tom- Vou pro quarto, depois a gente conversa

–Tá bem, vou te deixar descansar…vou pedir pra Zoe levar um calmante pra você

Tom, sem sequer me lançar um olhar, se levanta do sofá. Ele passa por mim, ignorando completamente a minha presença, e caminha com passos firmes e determinados em direção ao quarto

–O que deu nele?–

Zoe narrando

–Betta

Betta- Me desculpe, tenho que levar isso para Tom

–Me deixe levar, ele tá muito estressado, não vai a tratar muito bem

Betta- Ok…

–Não esquenta… -Pego a xícara e caminho em direção ao quarto de Tom

Tom- O que pensa que tá fazendo?…

–Só te trouxe um calmante, toma

Tom- Não quero, sai daqui

–Ruby me mandou te trazer. Vai te fazer bem, toma só pouquinho

O mesmo me encara por alguns segundos intermináveis, seus olhos parecem me julgar. Mas logo, sem desviar o olhar, ele estende a mão e pega a xícara que eu seguro. Ele levanta a xícara até seus lábios e, num movimento fluido e decidido, toma todo o líquido de uma única vez, sem nem mesmo pestanejar

Tom- O que tinha aí dentro? Açúcar?

–É aquele calmante que eu costumava te dar no nosso namoro

Tom- Você ainda se lembra disso, que coisa. Até quando vai continuar nessa? Tem que me superar

–Impossível, você foi meu primeiro e único amor

Tom- Não diga bobagens, não foi isso que eu vi quando peguei você e José transando

–Já te disse que tava bêbada, a culpa não foi minha, ele me embebedou

Tom- Tinha esquecido o qual rápido esse calmante é…nossa, tá muito quente aqui…

–Vou te deixar sozinho, depois vai falar com a Ruby, você deixou ela confusa -Me levanto da cama, mas sinto a mão dele segurar meu punho

Tom- Fica…

–O quê? Quer que eu fique?

Tom- Quero relembrar os momentos que passamos juntos. Você deseja fazer o mesmo? -De repente, ele age impulsivamente, me puxando para perto dele, fazendo nossos corpos se encontrarem em um abraço apertado

–Tom…Você tá fora de si…

Tom- Não, não tô, por favor, fica

–Tom, a Ruby…

Ruby narrando

O som vibrante do celular de Tom começou a ressoar na sala, interrompendo o silêncio predominante. Ele havia esquecido o dispositivo no sofá. Era provável que a chamada fosse relativa ao seu trabalho, uma vez que ele costumava receber ligações em horas inesperadas, demonstrando o ritmo acelerado e imprevisível de sua ocupação profissional

Peguei o telefone que estava na sala de estar e comecei a subir lentamente as escadas para o quarto e eu não tinha ideia do que estava prestes a descobrir. Ao chegar ao topo das escadas, parei antes de empurrar a porta do quarto, que estava entreaberta. Antes mesmo de eu conseguir dizer uma única palavra, meus olhos pousaram em uma cena que eu não esperava ver. Tom, a pessoa que eu confiava mais do que qualquer outra, estava nos braços de Zoe. Eles estavam se agarrando de uma maneira que era impossível negar o que estava acontecendo. Fiquei paralisada, sem saber o que fazer ou dizer. Por que ele faria algo assim? E ela, por que ela faria isso comigo?