For you -Tom Kaulitz

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–Uma pergunta que não sai da minha cabeça... –comecei, minha voz tremendo ligeiramente– Você não queria que eu fosse àquela festa justamente para evitar nosso encontro, certo? Mas, se esse era o caso, quando você pretendia revelar toda essa verdade? Quanto tempo mais teríamos que viver nessa mentira?

Tom hesitou por um momento, seus olhos refletindo uma mistura de culpa e determinação. Ele respirou fundo antes de responder:

Tom- Eu entendo sua frustração, Ruby. Acredite, não foi uma decisão fácil manter tudo em segredo por tanto tempo. Mas antes de revelar qualquer coisa, o plano era que você... –ele fez uma pausa, como se estivesse escolhendo cuidadosamente suas palavras– ...que você eliminasse Andrea primeiro

Tom respirou fundo e continuou: A eliminação de Andrea era crucial porque ele representava uma ameaça constante para nós. Enquanto ele estivesse por aí, revelar a verdade colocaria todos você e Max em perigo. Andrea tinha conexões perigosas e informações que poderiam te prejudicar

Max passa as mãos pelos cabelos, soltando um suspiro profundo e exasperado. Seus olhos refletem uma mistura de confusão e incredulidade diante das revelações que se desdobram à sua frente

Max- Afinal, por que Andrea tinha que ser eliminado, de tantos outros mafiosos? O que o torna tão especial a ponto de merecer esse destino?

Eu hesito por um momento, sabendo que a resposta que estou prestes a dar mudará tudo. Minha voz sai baixa, quase um sussurro:

–Andrea não era um simples rival, Max. Ele era... ele é meu pai. Seu avô

Max recua um passo, seus olhos se arregalando em choque. Ele abre e fecha a boca várias vezes antes de conseguir formar palavras:

Max- Como é que é? Isso não faz sentido! E por que, em nome de tudo que é sagrado, você quer matá-lo?

–É uma longa e complicada história, Max

Max- Me explica, mãe. Por que você mataria seu próprio pai?

–Se acalme. Sei que é muita informação de uma vez, mas preciso que você me escute. Deixe-me explicar tudo desde o início

Max passa a mão pelo rosto, claramente lutando para processar tudo o que está ouvindo. Ele respira fundo, tentando se recompor:

Max- Que família problemática... Parece que estou preso em algum tipo de livro de dark romance. -Ele faz uma pausa, respirando profundamente mais uma vez- Tudo bem. Explique. Estou ouvindo

Eu fecho os olhos por um momento, reunindo coragem para revelar a verdade que eu mesma ainda estava tentando aceitar:

–Eu não tinha a menor ideia de que era filha de Andrea. Assim como você, eu também fui enganada a vida inteira. Cresci acreditando que meu pai havia falecido no dia do meu nascimento. Essa mentira foi a realidade que conheci por décadas. Só vim descobrir a verdade recentemente, e foi como se o chão sumisse sob meus pés

Max- Entendo que isso deve ter sido um choque, mãe. Mas ainda assim... Isso é motivo para matá-lo? Descobrir que seu pai está vivo deveria ser uma coisa boa, não?

–Você não me deixou terminar -Eu respiro fundo, sentindo o peso de cada palavra- Quando eu ainda estava na barriga da minha mãe, Andrea...a agredia constantemente. Não apenas isso, ele queria obrigá-la a abortar. Fez de tudo para tentar me matar antes mesmo que eu nascesse. E as coisas pioraram. Andrea tinha uma amante, uma mulher que não suportava a ideia de dividir o homem que amava. Essa mulher...ela assassinou minha mãe a sangue frio. Andrea abandonou a amante, ele a obrigou a me criar. Ele se recusou a me assumir como filha, preferindo manter-se distante e evitar qualquer vínculo emocional ou legal comigo