For you -Tom Kaulitz

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O estalo ensurdecedor do disparo ecoa pelo ambiente, seguido pelo baque surdo de um corpo caindo no chão. Andrea jaz imóvel, um filete de sangue escorrendo do ferimento fatal em sua testa

Fico paralisada, incapaz de processar o que acabou de acontecer. Meus lábios se movem, mas nenhum som sai. Max abaixa lentamente a arma, seu rosto ainda uma máscara de indiferença

-Você... Max... -As palavras ficam presas em minha garganta, minha mente uma confusão de pensamentos- Como diabos...? -Max continua com o mesmo olhar vazio, claramente ainda sob o efeito das drogas

Com mãos trêmulas, retiro a arma das mãos de Max. Meu olhar se volta para Tom, que permanece impassível diante da cena chocante. Voltando minha atenção para Max, puxo-o para meus braços, abraçando-o com força. Uma mistura confusa de alívio e preocupação me invade

É então que noto algo no ouvido de Max - um pequeno dispositivo, semelhante a um aparelho de escuta. A realização me atinge como um raio: quando Tom o abraçou, ele deve ter colocado esse aparelho. O objeto que vi Kaish entregando a Tom... Tudo se encaixa. Como Max estava obedecendo a qualquer comando devido às drogas, Tom deve ter usado o aparelho para dar instruções sem que ninguém mais ouvisse

Isso explica a calma de Tom durante toda a situação. Ele tinha um plano o tempo todo, manipulando os eventos de forma invisível para os outros. A complexidade da situação me deixa atordoada, enquanto tento processar todas as implicações dessa revelação

Olho para Tom, buscando respostas, mas seu rosto permanece impassível. Uma mistura de admiração e medo se instala em meu peito ao perceber a extensão de seu plano

-Como... como você sabia? -Eu perguntei, minha voz trêmula e carregada de incredulidade. Tom permaneceu em silêncio, seu rosto uma máscara impenetrável de segredos não revelados- Ah, claro... você sempre foi cheio de segredos, não é mesmo? -As palavras saíram amargas, uma mistura de admiração relutante e frustração palpável

Meus olhos vagaram lentamente pelo cenário surreal diante de mim. Primeiro, pousaram no corpo inerte de Andrea no chão, uma poça de sangue se espalhando silenciosamente ao seu redor. Em seguida, meu olhar se voltou para Max, meu filho, ainda parado como uma estátua, seus olhos vazios e distantes. A dicotomia entre a violência do ato e a aparente indiferença de Max era perturbadora, para dizer o mínimo

Uma tempestade de emoções conflitantes se agitava dentro de mim - alívio por estarmos vivos, horror pelo que acabara de acontecer, medo do que isso significaria para o futuro de Max, e uma crescente desconfiança em relação a Tom e seus métodos

Com um suspiro trêmulo, envolvi Max em meus braços protetores, sentindo seu corpo frágil contra o meu. Sem dizer uma palavra ou lançar um olhar para trás, comecei a caminhar em direção à porta, meus passos ecoando no silêncio opressivo que havia se instalado no local. A urgência de cuidar do meu filho, de protegê-lo das consequências potencialmente devastadoras das drogas que corriam em seu sistema, impulsionava cada movimento meu

Georg, sua voz carregada de preocupação, quebrou o silêncio- Onde tá indo?

Minha resposta saiu apressada, a ansiedade evidente em cada palavra- Ele precisa tomar algum medicamento...não sei o que essa droga pode causar mais a ele nas próximas horas -Minha voz falhou no final, traindo o medo que eu lutava para conter

Bill- Vamos juntos -Sua oferta de apoio era como um farol de esperança em meio ao caos que nos cercava. Assenti silenciosamente

Enquanto nos dirigíamos para fora do armazém, senti o peso da responsabilidade sobre meus ombros. O futuro incerto de Max e as consequências de nossas ações pairavam sobre nós como uma nuvem sombria