Três Desejos

Faça seu desejo (3)

Este capítulo foi uma ARQUITETURA para fazer, então por isso a demora (e vocês vão entender rapidamente a razão dessa arquitetura...)

Escrevi me lembrando de "Renascido", mais precisamente do "livro dentro do livro" escrito por Lara. Quem se lembra vai saber na hora do que se trata.

E como é o terceiro desejo, isso significa que estamos perto do terço final do livro, onde perguntas serão respondidas e revelações dadas...

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Não era a primeira vez que Sarah Oliveira da Silva se encontrava naquela boate. Ainda se lembrava do dia que Stéfano a havia levado ao estabelecimento, onde os dois dançaram juntos e depois fizeram sexo num quarto exclusivo do empresário. No entanto, naquela noite, ela não estava sozinha com um dos namorados.

Seria uma noite com ele, Valentim e Ralf, porque eles aproveitaram a oportunidade para Sarah fazer valer mais uma de suas fantasias. Ela finalmente teria a chance de transar sendo vista por outras pessoas.

- A única diferença é que você vai usar uma máscara. Há contratos de sigilo a serem assinados, mas é melhor prevenir do que remediar. - explicou Stéfano. - Além de tudo, é a sua primeira vez fazendo isso, e talvez a fantasia seja mais interessante que a realidade...

- Não acho que eu vá me decepcionar... - sorriu.

O sorriso de Sarah era mais confiante, o rosto mais altivo, queixo erguido, e o brilho que passava pela lente dos óculos indicava total certeza nas suas próprias vontades. Passava longe da moça que temia falar a palavra "não". Se Sarah lidava com determinadas submissões, era apenas entre quatro paredes. Mas todas as decisões eram tomadas por ela, e os três homens que a acompanhavam se orgulhavam da mulher curiosa e animada que abria espaço dentro da pista de dança.

A música animada a chamou, balançando o vestido verde-limão e segurando o tecido, seguindo o ritmo da faixa disco, a trança longa nos cabelos dançando juntamente com sua dona. Ralf a seguiu, mexendo os quadris, e levou as mãos à cintura da jovem, os lábios beijando o pescoço de Sarah. Stéfano apareceu, ficando à frente de Sarah, as mãos subindo pelo pescoço e descendo, deslizando até os ombros, e ele deu um beijo na bochecha, traçando linhas até os lábios.

Valentim foi atrás do trio após beber um copo d'água, e Ralf abriu espaço para o professor se colocar atrás da jovem. Movimentou-se com lentidão, a bengala o apoiando, e colou o corpo ao dela, os quadris de Sarah movendo-se a partir dos movimentos de Valentim, e uma das mãos dele se aproximava do tecido da roupa, mais precisamente onde ficava o encontro entre as coxas.

De olhos fechados, a cozinheira se deixou levar, o corpo abandonado junto ao de Valentim, enquanto Stéfano movia os dedos cautelosamente pela alça do vestido, sem deslizar. Não queria uma exposição tão óbvia, apenas... Construir um momento, e o ligeiro toque da ponta dos dedos trazia efeitos em Sarah: ele podia ver a pele arrepiada, a boca entreaberta; e poderia jurar que, se a música não fosse tão alta, a ouviria gemer.

Gotas de suor desciam pelas têmporas de Sarah, que sentia o volume atrás dela crescendo, e sabia que Valentim estava excitado. Ainda de olhos fechados, sentiu outro corpo se aproximando, uma língua marota entrando no meio de seus lábios. Era um beijo, e precisava dele.

Ela abriu os olhos e percebeu Stéfano bem perto dela, e outro corpo ao lado – Ralf, que mal dançava, e sim se movia lentamente, sinuoso, buscando a mão de Sarah e a direcionando para outro lugar: a calça jeans que o produtor usava. Ela entendeu a mensagem e desabotoou a calça, deslizando a mão por dentro da cueca, e sentiu o membro inchado.

Fez lentas carícias, enquanto Ralf não deixava de observá-la, cada vez mais perto de Sarah – ninguém podia ver o que faziam, incluindo Valentim, cujos dedos já erguiam o vestido para cima, para a apreciação da outra mão de Stéfano, que se aproximou da parte interna da coxa; e a jovem tremeu. Todo o corpo se encontrava sensível, de beijos, de toques, da forma como ela era vista, como os três a excitavam de diferentes formas.