Tente outra vez

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Anteriormente em "Três Desejos"... (igual a série de TV hahaha)

Quando a jovem estava prestes a tomar todo o conteúdo, a cabine ao lado do banheiro se mexeu, e um grupo de homens de preto, armados até os dentes cercou Carlos, que levantou a mão e disse:

- Eu não tenho nada, não tenho nenhum dinheiro, eu só tenho uma solar...

- O senhor está preso, Carlos Falcão!

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O flagra contra Carlos Falcão poderia ser creditado a duas pessoas.

O primeiro era Ramón Martinez. Durante a conversa com o sobrinho, ele indicou sobre a gravação obtida de Pietro Falcão denunciando o próprio filho pela morte de Estevão, o que ajudou a apresentar a informação à polícia e iniciar as primeiras investigações ainda mais direcionadas contra Carlos.

A outra pessoa era Sarah Oliveira da Silva...

- E a própria Sarah quem comentou por alto que a única forma de chamar a atenção de Carlos e provar que ele era o responsável por drogar e abusar das mulheres nas boates era preparando uma armadilha com uma mulher supostamente em situação vulnerável... Mas obviamente teria que ser algo muito preparado porque não dá pra colocar uma mulher pra ser dopada assim, como quem não quer nada. Por isso, acho que vale a pena colocarmos a polícia no circuito.

- Gostei da ideia. Podemos matar dois coelhos com uma paulada só. Prender Carlos por isso, e forçá-lo a confessar a verdade sobre a morte de Estevão. Mas Sarah está certa: não é correto colocar alguém que nada tem a ver com a história, uma vítima, para ser usada como isca de um psicopata.

A pessoa que amarrou a proposta foi justamente a cozinheira, que surpreendeu os namorados com a astúcia na preparação do plano.

- Ah gente, eu não li tantos romances sem razão! – sorriu, mexendo os óculos antes de fazer um nó usando os cabelos longos. – A polícia precisa estar no mesmo lugar que Carlos para ver ele no mínimo colocando o remédio para dopar a próxima vítima. Mas a polícia também precisa ter uma razão para estar neste lugar. Uma mera denúncia anônima não vai interferir em nada. Mas, se o senhor mostrar o áudio que foi gravado com Sr. Pietro... eles teriam uma razão para pelo menos deter Carlos e buscar informações.

- A gravação com Pietro não seria uma prova ser utilizada em juízo porque não foi gravada com autorização... - observou Valentim, passando os dedos pelos cabelos como se os penteassem. - mas pode ser usado como um começo de conversa para a polícia.

- Mas, quem seria a pessoa a funcionar como isca? – perguntou Stéfano.

A própria Sarah levantou a mão, fazendo com que todos os homens a observassem. O primeiro a colocar a dar dois passos para frente, não concordando com a ideia, foi o próprio Stéfano:

- Nem pensar! Você não vai participar disso, você não vai ser usada como isca para aquele psicopata!

- É a melhor forma, Stéfano! Mas eu não vou ser dopada por ele! É importante que em algum momento eu saia e entre alguma policial disfarçada, que esteja lá preparada caso ele queira atacá-la. – a jovem levou a mão ao queixo - Eu devo ter lido isso algum livro.

- Que tipo de livro você anda lendo, Sarinha?

- O livro que vai salvar a nossa pele, Val. - observou Ralf. - eu acho a ideia perigosa, mas é boa. A única pessoa que Carlos iria atrás sem pensar duas vezes é você, Sarah. Só que é necessário a gente saber a frequência das visitas dele à boate. Nós o vimos uma vez numa boate e não sabemos se vai regularmente lá.

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