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Meus amores, quando eu decidi que iria fazer um livro para cada personagem (Anna Laura, Benício e Maitê) eu já havia escrito esse capítulo, não vi necessidade em apagar, então deixei aqui, ok? Mas fiquem despreocupadas, porquê quando eu finalizar esse livro, vai ter o do Bê normalmente 💗

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Benício 🏄🏽‍♂️

Benício : Fala, meu moleque. -Fiz um toque de mão com o cara e ele bateu nas minhas costas. -Esperando a boa? -Me referi ao mar e ele jogou a cabeça pro canto.

-Tô pô, chegou cedo? -Confirmei com a cabeça, ajeitando a prancha no meu braço. -Mora dentro da praia, ai é fácil, né não?

Eu ri, mas não dei segmento no assunto, peguei caminho pro mar para aproveitar a onda. Fiquei maior tempo, curtindo a brisa e quando eu sai eram quase sete da manhã.

Os moleque estavam chegando pra fazer aula e eu fui me despedir dos chegados, subindo direto pra casa.

Victória : Bom dia, meu amor! -Beijou o meu rosto e eu dei outro nela. -Não vi você direito essa semana, não tô gostando disso. -Eu ri, deixando a chave de canto. -Como vai, a faculdade?

Benício : Suave, mãe. As vezes dá uma canseira, mas tudo no certo. -Cortei um pedaço de bolo. -Vai descer pra clínica hoje?

Victória : Tô indo já. -Pegou a bolsa. -Passa lá pra me ver antes de sumir por mais uma semana. -Me deu outro beijo e eu ri do drama dela.

Terminei e fiquei trocando ideia com a Fê, que estava arrumando cozinha. Tomei um banho e coloquei uma bermuda e uma blusa preta, calcei meu tênis e peguei a chave da moto, dando o toque pra concessionária. Meu pai já havia chegado e eu falei com ele assim que o encontrei.

Benício : Vou dar baixa nas notas, pra adiantar pro senhor, pode ser? -Ele concordou, dando instrução pra outro pivete e eu adiantei o que era necessário.

Trabalho com o meu pai desde muleque novo, pô, ele sempre fez questão de me trazer, me ensinar as parada e eu peguei o jeito. Com quinze comecei a trampar fixo nos finais de semana, por conta da escola, e sempre que surgia tempo ou não tinha aula no colégio na parte da tarde eu vinha, papo de ser compromisso mermo.

Assim que eu terminei o colégio coloquei na minha mente que queria seguir isso pra minha vida, e pra não ficar perdido no tempo comecei a fazer engenharia mecânica, e eu me amarro, pra caralho.

Jp : Conversou com a sua irmã? -Perguntou sentando na minha frente e eu concordei com a cabeça, prestando atenção nele e deixando a caneta de lado.

Benício : Conversei, mas isso ai é coisa de idade, pai. Laurinha tá assim porque é fase, pode botar fé que uma hora passa. Acho que não precisa pegar pesado com ela. Nunca deu perdido? -Perguntei rindo. -Nós já tivemos a idade dela, sabe que tudo é novidade. O melhor a se fazer é trocar uma ideia firme, mas colocar confiança nela.

O Rafael chegou na sala e eu cortei o assunto, fiquei encarando o moleque e palmeando a postura dele. Tenho na minha mente que ele e a Laurinha as vezes estão juntos, ela nunca me contou mas eu já percebi, não falo nada porque até então não foi necessário.

Mas não dou liberdade pra ele, sem caô, comprimento e trato sempre na educação, se preciso de alguma coisa aqui dentro chego e peço na humildade, e ele a merma fita, me respeita da mesma forma como eu respeito ele. Não jogo conversa fora pra não criar muita intimidade e ele acreditar que eu quero ele próximo a ela.

E por mim ela não ficava com ninguém, né porra. Minha princesa, Laurinha é minha parceira e por ela eu mato e morro. Se eu souber de qualquer gracinha em relação a ela eu fico louco, acabo com a raça do envolvido sem problema algum.

Não peso na mente dela em relação a essas coisas porque eu quero que ela seja minha amiga e me conte tudo, mas tem certas coisas que eu prefiro nem saber, fico louco só de imaginar.

A parte da manhã passou corrida e eu fui pra casa almoçar. No caminho passei no colégio da Laurinha e peguei ela e as amigas que moram no nosso condomínio.

Chegamos em casa e o almoço ainda não estava pronto, me joguei no sofá e tirei o celular do bolso, mexendo em qualquer parada.

Anna : Vamos almoçar, na cozinha porque a tia Roseli tá usando a mesa da copa pra passar roupa.

Levantei, colocando o celular no carregador e me direcionei ao balcão da cozinha. Puxei uma das banquetas, e a Laurinha fez o mesmo, sentando na minha frente.

D. Roseli : Eu já falei pra Thiara parar de te levar pra esses cantos. -Começou a falar com a Anna Laura e eu continuei comendo, encarando o meu prato.

Anna : Tia, ela só descobriu que eu ia quando eu cheguei lá. A culpa não é dela, mesmo que ela não fosse eu iria de alguma forma ou de outra.

Benício : Você tem aula agora a tarde? Adianta ai que eu viro com você lá. Vou precisar ir na Barra, dar aula pros pivete.

Anna : Não vai voltar pra concessionária? -Neguei.

Benício : Mais tarde vou passar na filial de Ipanema, fazer ajuste no motor de uns carros que chegaram. -Respondi, e levantei, deixando ela terminar de almoçar sozinha.

Tomei um banho e peguei outra roupa do surf, Laurinha já tava no jeito e eu peguei a chave do carro, indo direto pra garagem. Seu Jorge abriu o portão e eu peguei caminho pela sul.

Anna : Ofereci carona pra Carol, para ali. -Apontou com o queixo e eu soltei a respiração, ligando a seta pra direita. Destravei e a garota entrou, as duas começaram a conversar e eu deixei elas na porta do colégio.

Um parceiro meu, que dar aula de surf estava com alguns problemas e me pediu reforço, eu tava tranquilo e aceitei, me amarrava nos moleque, lembrava de quando era eu, menorzin e cheio de sonho dentro desse mar.

A animação deles me contagiava pra caralho, me fazia feliz e tirava todo o peso das minhas costas, finalizei com eles na areia e pouco a pouco as mães já foram levando, segui a meta de ir pra casa e assim que cheguei dei de cara com a Thiara sentada no sofá.

Benício : E ai. -Falei me aproximando e apertei a mão dela. -Tudo bem?

Thiara : Tudo, e com você? -Eu confirmei com a cabeça, e murmurei um "suave". Senti ela me acompanhar com o olhar, mas só peguei o celular e coloquei no ouvido pra escutar alguns áudios.

Fui direto para o meu quarto e tomei outro banho, colocando uma roupa e seguindo caminho pro trampo, precisava ajustar uns carros e ia seguir essa meta antes de ir pra faculdade.

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