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Anna Laura 🩰Anna Laura : Mas é claro que eu aceito... -Respondi confusa. -Eu só preciso conversar com os meus pais e... -Estava tão eufórica que não me dei conta de controlar a minha dicção estável. -Isso, é um sonho!
José : Obviamente demanda tempo, esforço e concentração...principalmente por faltar pouco tempo, cinco meses, no máximo? -Falou em tom de dúvida. -Eu acredito que você tenha capacidade de alcançar o restante.
Terminamos de conversar e eu disse que até amanhã de manhã no máximo daria a resposta. Levantei para procurar o Hugo e ele me aguardava próximo ao carro, estava fumando um cigarro bolado, mas assim que me viu apagou. Me aproximei em pequenos pulos, pulando em seu pescoço e recebi um beijo na bochecha.
Hugo : Gostou da proposta? -Franzi a testa e a mecha do meu cabelo foi passada para trás.
Anna Laura : Você já sabia? -Perguntei em dúvida e ele me olhou como se fosse algo muito óbvio!
Hugo : Geral, pô! Todo mundo tinha conhecimento que uma hora ou outra iam te convidar...você não percebe, mas manda bem...e pra caralho. -Sua voz saiu em um sussurro e eu comprimir o meu lábio, sentindo um formigamento no pé da barriga.
Anna Laura : É... -Cocei a minha testa, tentando dissipar a minha atenção. -Acha que a gente pode ir? -Ele confirmou, me empurrou pela cintura e abriu a porta do carro para mim.
Fizemos uma parada obrigatória na barraquinha de cachorro quente, e eu me acabei, junto com a coquinha zero.
Hugo : Amanhã você tem aula, não é? -Confirmei, já lamentando e ele soltou uma risada gostosa de ouvir. -Então bora meter o pé! -Levantou, tirando a carteira do bolso para pagar. Esperei por ele próximo ao carro e ao entramos ele fez o caminho mais longo, para darmos uma voltinha.
Ele estacionou próximo a orla, mas não descemos, apenas ficamos trocando conversas sobre a vida, futuro, expectativas e algumas frustrações que sofremos. Senti o vento bater e o meu cabelo voar, e era bom...transmitia a sensação de estar completamente viva.
Senti sua mão puxar o meu cabelo da nuca e virei o meu rosto em direção a ele, sorri, ao perceber o polegar dele descer pelo o meu queixo em forma de carinho. O primeiro a se aproximar foi ele, e eu completei os centímetros que restavam para os nossos narizes se unirem.
Nossas testas estavam coladas, e ambas as respirações se misturavam. Por mais que o tempo estivesse fresco e úmido devido ao mar do Leblon, o carro era quente, como se houvessem chamas ao nosso redor. Tomei a iniciativa de um beijo lento, e ao mesmo tempo com intensidade. Nossas línguas se cruzavam e prontamente uma de suas mãos pressionaram a minha coxa, e a outra se firmou em meu pescoço.
Enquanto isso, as minhas eram postas em seu peitoral definido, ao morder a minha boca, e posteriormente solicitando por outro beijo, em um único movimento eu fui encaixada simetricamente em sua cintura. Nossos corpos estavam selados, e neste momento em específico apenas nos encarávamos.
As mãos do Hugo percorreram pelas minhas costas, por baixo do tecido da blusa, e para mim soou como um pedido para mais um beijo com desejo...senti o seu lábio inferior percorrer toda a extensão do meu pescoço, e em seguida ambos os dedos polegares escapuliram para a voltinha da minha cintura, o restante dos dedos se esparramaram e eu fui capaz de perceber quando a ponta do indicador encontrou a voltinha do meu seio.
Sorri, entre meio ao beijo e ambas as janelas foram fechadas com o sensor ao ele acionar. E foi em um movimento em falso que eu me dei conta que o seu pau roçava contra os meus shorts, me afastei, encaixando a minha face em sua garganta.
Anna Laura : Hugo... -Murmurei baixinho e ele respondeu um "hm" com uma voz extremamente rouca, e aquilo mexeu comigo de uma forma sem igual. -Eu quero isso...e muito, mais do que você possa imaginar. -Senti a minha buceta contrair, no instante em que ele apalpou minha bunda. -Mas eu não quero que aconteça aqui. -Sussurei e ele jogou toda a extensão do meu cabelo para trás.
Hugo : Não vai. -Respondeu, em um sorriso como se quisesse me tranquilizar. Sentir o meu corpo se arder em chamas por vergonha. -Qualé? -Soltou uma risada. -Fica tranquila, pô. Não é o momento.
Anna Laura : É que... -Soltei a respiração, rindo e ele negou prontamente como se houvesse compreendido o que eu pensei. Desculpa!
Hugo : Não precisa pedir desculpas, você não fez nada. -Mordeu o meu queixo, e eu tomei a iniciativa de sair do colo dele, que depositou a mão por cima da minha coxa.
Anna Laura : Fofinho você. Resmunguei ao ele dar partida no carro, que me olhou de cara fria.
Hugo : Fofinho caralho. -Gargalhei e ele rodou mais alguns metros até o meu condomínio. Por já se passar das dez, os seguranças já rodavam o local...mas ao me verem eles liberaram a entrada.
Hugo estacionou e desceu para me aconselhar até a portaria, coloquei o meu celular no bolso, e cruzei o meu braço no seu. Andamos em direção a entrada e a minha visão foi preenchida pela a presença do meu pai.
Abaixei a cabeça, sentindo a vontade de rir me consumir, e fui capaz de sentir um pouco do nervosismo do Hugo.
Anna Laura : Vocês já se conhecem, né? -Cocei o meu cabelo, sem graça e o meu pai apenas balançou com a cabeça.
Hugo : Tudo tranquilo? -Estendeu a mão para ele, que retribuiu o aperto.
Jp : Pode subir, filha. -Seu tom saiu de forma mansa, mas eu acatei como uma ordem. Não deu ao menos para eu me despedir dele, tendo em vista que o meu pai apontou com a cabeça para o outro lado, indicando que os dois deveriam conversar.
Engoli em seco, sentindo minhas pernas tremerem, ao chegar em casa minha mãe me aguardava na sala, e prontamente começou a rir.
Victoria: Só pra avisar que o seu pai estava tentando decorar o mesmo discurso que o seu avô fez quando descobriu que estávamos nos conhecendo...
Anna Laura : Mãe. -Falei manhosa e ela bateu com as mãos no sofá, para que eu pudesse sentar.
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pretexto.
FanficPretexto vem para dar conta continuidade ao amor de João Pedro e Victória. Anna Laura será protagonista de uma história linda, que abordará diversos temas, como o samba. Tenho certeza que você irá se encantar por essa história.