pretexto.

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Anna Laura 🩰

Mudei o canal pela milésima vez, estava entediada o suficiente nesse hospital, as medicações diminuíram e eu já conseguia me sentir um pouco mais forte. A mente que era traiçoeira, e quando eu percebia estava me recordando de tudo que o Leonardo havia feito.

Conversei com o psiquiatra e ele passou algumas medicações, falou que para o momento seria necessário e eu estava me esforçando para aceitar que seria o melhor no momento, pelo menos em consideração aos meus pais.

Victória : Hoje o Rafa passou para te ver, mas você estava dormindo e ele não quis atrapalhar. -Eu sorri, meio sem graça. Com vergonha mesmo, sabe? Por ter feito ele de idiota, mentindo que estava fazendo coisas importantes, enquanto na verdade estava com o outro.

Anna Laura : Depois eu mando mensagem pra ele agradecendo, podia ter me acordado...

Victória : Não, meu amor, seu sono estava tão tranquilo, mas falei para ele voltar outro dia, não vai faltar oportunidade...e acho que a namorada dele estava esperando também, não entendi muito bem.

Anna Laura : Namorada? -Franzi a testa e ela deu de ombros.

Victória : Não sei, meu amor, pareceria que sim pela proximidade dos dois! Mas ele realmente é um menino muito abençoado, ajudou quando estávamos te procurando... -Sorriu. -Mas enfim, está na hora de dormir, você não acha? Vamos desligar a tv.

Ela desligou o aparelho e eu fiz força para fechar os olhos, minha cabeça ainda estava pesada e meio grogue, então não demorou para o sono chegar. Acordei pela manhã no outro dia e não tinha ninguém no quarto.

Levantei para ir ao banheiro, sozinha mesmo, e coloquei a mão sob o machucado como uma forma de apoio, quando retornei meu pai estava entrando e ele se assustou, vindo na minha direção logo em seguida.

Jp : Sozinha, meu bem? -Me ajudou a voltar para a maca e a deitar. -Passou a noite tranquila? -Acenei. -Hoje a tarde vamos te transferir pro outro hospital, melhor.

Anna Laura : Não vou pra casa? -Perguntei emburrada e ele sorriu, beijando o meu nariz.

Jp : Ficar boa primeiro, né não? -Respirei fundo e durante o dia arrumamos todas as minhas coisas. Eu iria para o hospital que a minha mãe tinha contato.

(…)

Rafa : Aqui que estão recebendo visita? -Entrou no quarto e eu sorri, ajeitando minha postura.

Anna Laura : Depende, trouxe chocolate? -Ele negou com a cabeça sorrindo e me entregou uma sacola da cacau show. -Obrigada, Rafa, não precisava se preocupar.

Rafa : Espero que goste, pô. -Puxou a cadeira pra sentar. -E como você tá? Bem eu sei que não né...

Anna Laura : Tô melhor, só de saber que estou com os meus pais já deixa tudo um pouco menor pior. -Sorri sem jeito. -Mas não quero ficar falando sobre isso, me conta como estão as coisas.

Rafa : Tudo fluindo, graças a Deus! -Passou a mão na nuca. -Trabalhando dobrado, teu pai tá colando em cima com altos bagulho agora que eu voltei, tô mais no escritório por conta do negócio da terra, mas papo dez não é pra mim não, sou muito mais colocar a mão na massa. -Eu ri.