pretexto.

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Leonardo 💸

Apertei um fino com os moleques e minha mente estava longe, eles mantendo um papo qualquer e eu palmeando o procedimento da próxima missão. Estiquei a minha perna e joguei a fumaça pro alto.

Noite no complexo era na máxima marola, dava esse horário geral começava a descer pra bar e agitar algum pagofunk, meu olhar pairou sob as vielas iluminadas com as luzes brancas e amarelas e na minha mente subiu a imagem da novinha do ensaio.

Sem caô, meu parceiro, garota era o sonho de qualquer um, imagino a mente do pai dessa menina. Pequena e com a bunda grande pra caralho, cabelão e bronzeada, chegava a ser pecado.

No dia do ensaio eu estava marcando bobeira, nem podia ter dado muito a cara mas colei pra desenrolar uma fita ai, cena de filme irmão, ela sambando no salto quinze como se não existisse mais ninguém.

Fiquei encarando porque é gostosa a beça, idealizava só o corpo dela entregue a mim...e tô falando pô, homem quando cisma é assim mermo. Hoje eu estava de quebra pela praia, em um quiosque que vende a minha grama e reconheci ela andando pela orla.

Short pequeno pelo tamanho da bunda e o cabelo molhado, chinelo e raquete na mão e eu já palmeei a postura, iria ir atrás mas ainda não era o tempo certo.

-Porra, tá ai irmão? -Luquinha falou e eu olhei na direção dele, joguei a fumaça pro lado e acenei com a cabeça, questionando o que ele queria. -Bora descer pra pista?

Leo : Tô pelos acessos hoje, receber uma grana ai. -Respondi, apoiando a minha blusa no ombro outra vez.

-Patrão não cola mais em resenha, pô, esqueceu que ele é homem de uma mulher só? -Eu ri, negando com a cabeça e levantei.

Leo : Vou pegar caminho, tenho mais o que fazer. -Eles continuaram o assunto e eu peguei o toque da nave e fui direto para casa.

Tomei um banho maneirinho e coloquei uma peita da hora, passei o boné pra trás e tirei o carro da garagem. Ia averiguar as vendas e segui caminho pro Jacaré.

Anna Laura 🩰

Chamei a Thiara pra vir passar o sábado comigo, curtir a piscina do prédio, mas quem disse que a garota quis? Inventou desculpa que ia precisar arrumar casa, mas eu fiquei quieta, já sabendo que na primeira vez que eu postasse foto com as meninas do colégio ela iria responder fazendo drama, falando que eu não faço questão da nossa amizade.

Liguei o ar condicionado do meu quarto e peguei açaí com leite condessado. Bateram na porta, falei pra entrar e era o meu pai.

Jp : E ai. -Se aproximou e eu arredei da cama, dando espaço pra ele sentar. -Ta podendo conversar?

Anna : Tô, pai! -Murmurei, desde o dia que nós discutimos e ele me colocou de castigo nós não conversamos tanto, era o básico e eu compreendia que ele estava chateado comigo, assim como eu.

Jp : Pô filha, eu tô ligado que você tem todo o direito de ficar chateada comigo por eu não permitir que você faça certas coisas, mas no papo reto, tudo é pelo seu bem. Me importo com você e acredito que tenha a fase ideal pra tudo.

Anna : Tudo bem, eu já entendi e sei que eu errei, não vai se repetir. -Respondi e ele balançou a cabeça, em confirmação.