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Leonardo 💸

Não botei fé quando a Maitê chegou com a ideia que tinha parentesco com a Anna, se eu soubesse desse bagulho teria mais cuidado, pô. Tô ligado na peita dela e acredito mermo que ela tá desconfiada e não vai largar de mão.

Não tô afim de perder minha morena, agora é recalcular a rota e palmear o que vai ser melhor para nós dois permanecemos juntos e sem muito caô errado.

De fuder mermo, né não? Garota ter parentesco com envolvido? Jamais ia desconfiar, principalmente com a postura e a grana que a família tem.

Peguei o toque da nave e fui direto para o barraco que os moleques haviam levado a garota. Visualizei ela sentada em um canto com os braços apoiados nas pernas, me viu e começou a chorar, enquanto tremia.

Leonardo : Pode ficar calma, não vou fazer nada com você. -Agachei na direção dela, acariciando o rosto, que se encolheu. -Por que você tentou fugir minha linda? Não gosto de tratar você dessa forma...

Notei o corpo dela machucado, havia sangue próximo a ela e alguns hematomas roxos tomavam conta do pescoço e do rosto. O vestido estava rasgado e evidenciava um corte no abdômen.

Anna Laura : Eu quero a minha mãe, Leonardo, só isso e mais nada. -Eu neguei, puxando ela pelo o braço. -Para, por favor! Eu tô machucada, não aguento mais.

Leonardo : Bora pra casa, minha princesa, vou cuidar de você. -Ela estava com dificuldade para levantar, então eu a peguei pelo colo, coloquei dentro do carro e peguei caminho pra casa.

Deixei ela no banho, e preparei uma mala com tudo o que era necessário, conferi um malote de dinheiro e fiz os meus contatos. Na melhor da oportunidade iria meter o pé pra qualquer outro canto com ela.

Alicia estava com uma das tias, deixa ela pensar que eu tô esquecendo pô, de todas as ideias erradas dela pra cima de mim. Meus caras estão em cima e ela tá ligada que eu vou cobrar tudo.

Leonardo : Amanhã eu vou te levar embora daqui, longe de toda essa negatividade, vamos curtir a vida da melhor maneira possível.

Ela engoliu em seco, me observando com os olhos fundos de tanto chorar. Sai do quarto, trancando, e botei fé que iria precisar adiantar tudo o mais rápido possível, Maitê não iria perder tempo e eu preciso estar longe com ela.

Victória 👛

Meu mundo virou de cabeça para baixo desde que minha filha sumiu. Eu não suportava mais chorar, não aguentava olhar para todas os pertences dela nesse apartamento e idealizar que ela poderia não voltar mais.

Benício e João Pedro estavam com a Maitê atrás de alguma solução, não me falavam absolutamente nada. Eu estava deitada na cama dela, quando notei a porta ser aberta, levantei prontamente e o Bê se aproximou.

Benício : Mãe, não fica assim... -Murmurou baixo. -Deita no quarto da senhora, aqui vai ser pior. -Passou o meu cabelo pra trás, sentando ao meu lado.

Victória : Eu preciso ter a sua irmã aqui comigo, eu tô sentindo no meu peito que ela não está bem, alguma coisa de muita forte, tá falando que ela não vai voltar mais. -Desabei no choro e ele me abraçou de lado.

Benício : Pensa positivo, mãe! Deus sabe de todas as coisas. -Secou os meus olhos. -Eles vão chegar com notícias boas, acalma o coração.

Victória : Você não estava com eles? -Questionei, engolindo em seco, e ele negou.

Benício : Rafael e eu demos um giro por ai, pra vê se encontrávamos qualquer parada, não sei -Deslizou a mão pela nuca, respirando fundo.

O interfone tocou e ele saiu para atender, levantei atrás na esperança de ser alguma notícia. Depois de um tempo a Thiara entrou e eu voltei a ficar com o ar preso.

Thiara : Tia... -Murmurou baixinho. -Eu não sabia que nada disso estava acontecendo e...

Benício : Você como amiga deveria ter dado qualquer toque nela, ou na gente...tu conhece esse cara?

Thiara : Não, ela comentou comigo poucas vezes, uma vez mandou mensagem sobre ir pra Angra, mas eu jamais imaginei que tudo tomaria essa proporção.

Passei a mão pela testa e decidi não escutar o assunto, fui até a sala e sentei no sofá. Apoiei o rosto em meus braços e em um lapso de segundos escutei a voz do João Pedro.

Victória : Cadê ela? -Levantei rápido, indo na direção dele e olhei para a porta, notando ela vazia.

Jp : Maitê conversou com ele, cara meteu o papo que não faz a mínima ideia de onde ela possa estar.

Victória : É óbvio que ele tá mentindo, João...não é possível, foi só esse homem entrar na vida da nossa filha que ela começou a agir desse jeito...

Jp : A gente sabe, ela mandou uns caras colarem atrás dele na intenção de descobrir alguma coisa. Vim só pra ver você, marcar trinta minutos e encontrar com eles outra vez.

Victória : E se esse homem desencadear uma guerra, João Pedro? Eu não posso imaginar por um minuto a mais, ela nas mãos desse psicopata.

Jp : Torcer pra tudo fluir certo. -Passou a mão no rosto e eu notei o cansaço na voz dele, que sentou no sofá e me puxou. -Maitê falou sobre ser mais difícil do que a gente imagina...ela acha que ele não vai dar o braço a torcer.

Victória : Mas nós também não...eu não paro um minuto enquanto ela não estiver aqui outra vez, bem e com saúde.

Jp : Prometo pra você que vou voltar com ela. -Beijou a minha cabeça, na lateral e eu confirmei

Me deram um calmante e eu dormi sem perceber, mas um sono extremamente pesado. Imaginei ver o Benício entrando no quarto e chamando o João, com o celular na mão.

Benício : Maitê ligou, parece que ele quer fugir com ela... -João saiu do meu lado e eu forcei para sentar. Forcei os meus olhos, segurando a mão dele.

Jp : Tenta ficar tranquila, vou fazer de tudo pra voltar com ela ainda hoje. -Eu só acenei com a cabeça e notei a dona Roseli ao meu lado.

Dona Roseli : Vamos pegar com Deus, vai ficar tudo bem com a menina, você vai ver. -Tentei colocar aquilo na cabeça, só pedia a Deus para a hora passar rápido, e eu ter ela ao meu lado outra vez.





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