pretexto.

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Leonardo 💸

Eu estava de marola na laje quando bolei um, apreciando o movimento. Apoiei o celular em qualquer canto ali e inclinei o corpo pra frente.

Os cara estavam batendo boca, pra resolver quem iria averiguar e fazer a vistoria das bocas. Apoiei o cigarro no cinzeiro e soltei a respiração.

Leo : Mais tarde eu vou dar um peão por lá, aproveito e pego o proceder de como as parada tão fluindo. -Passei a mão pela barba e os cara tiraram onda.

-Qualé Leo, e o papo de odiar descer pra sul? Vivia descendo bronca nos moleque pra pegar a responsabilidade do bagulho?

Leo : Tô com outras questões ai. -Deslizei a mão pela nuca e levantei, ajustando o fuzil. Não segui papo com eles e peguei o toque da nave.

Tinha mandado mensagem pra garota, mas até então resposta nenhuma. Me amarrei pô, pra caralho. Mina inocente, da sul e fácil de ser levada no papo, ia agir no sapatinho com ela, ser o que ela gostaria que eu fosse só pra ter o que eu desejasse.

Quando ela rendeu o papo que tinha dezesseis anos eu não botei fé, nem pela aparência pô, eram as atitudes mermo, forma como ela beijava e instigava o bagulho, mas a mente ainda era frágil.

Desci pra pista e parei em um dos meus pontos de venda, conferi se estava tudo no certo e recebi uma grana, dividi o pagamento dos cria ali mermo e depois fui dar um peão.

"Acabei de chegar em casa."
"Vendo sua mensagem só agora."

Li a mensagem dela e respondi, questionando se ela podia descer pra gente dar um giro.

"Espera eu me arrumar? Quinze minutos."

"No teu tempo."

Mandei uma foto de onde estava quando ela pediu e não demorou pra ela chegar, reparei na saia jeans e a blusa branca curta, evidenciando o piercing no umbigo. O cabelo molhado batia na bunda e o pingente prata com o nome ocupava o pescoço.

Leo : Tá escondida hoje também? -Levantei e ela riu, me aproximei deixando um beijo na bochecha e ela retribuiu, colocando o cabelo por trás da orelha.

Anna : Hoje eu estou com a minha amiga Carol. -Ela respondeu rindo e eu joguei a cabeça pra trás, sem acreditar. -Da mesma forma eu não posso demorar, tenho aula amanhã cedo.

Leo : E quer fazer o que? Ficar por aqui, comer alguma coisa? -Ela deu de ombros.

Anna : Não sei, você que me convidou. -Coçou o cabelo e eu ri pelo nariz, notando a postura dela com as mãos na cintura.

Leo : Os caras estavam agitando pagode e feijoada lá na quadra, quer colar? -Ela sorriu e o olho dela brilhou.

Anna : Meus pai não quer que eu vá lá por enquanto, até ele chegar... -Lembrou de uma fita ai, pelo o que a expressão dela mostrou. -Te falei ontem sobre isso, lembra?

Leo : É parada rápida, qual o teu horário pra chegar em casa?

Anna : Dez e meia, no máximo! -Respondeu sorrindo e eu murmurei um jae. Mostrei com a cabeça onde o carro estava, e nós fomos andando na mesma direção.

Cheiro docê dela ocupou a bmw e eu subi os vidros pra ligar o ar condicionado, e ela começou a falar sobre qualquer parada.

Estacionei o carro na primeira vaga que eu vi e ela foi a primeira a descer, guardei a chave no bolso e dei a volta por trás. Ela estava parada, me aguardando e ao mesmo tempo observando com dúvida.