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Amores, desculpa a demora na maratona...aconteceram uns imprevistos, mas vou recompensar vocês tá bom? Deixar a meta meta menor.

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Leonardo 💸

Precisei dar um tempo em relação a Anna Laura, estava no escuro sem saber como as paradas estavam funcionando, mas botava maior fé que o pai dela estava puto pra caralho.

No dia eu fiquei como? Sem reação, né não? Mas depois eu ri kkk era o que me faltava mermo pô, no auge dos meus vinte e sete anos ficar prestes a levar esculacho do pai da garota? De fuder.

Mas iria agir no sapatinho, esperar a poeira abaixar e tentar entrar em contato com ela, levar no papo e falar o que seria necessário pra ela acreditar que o melhor somos nós dois juntos.

E em relação a Alicia, estava só observando a postura dela, já tinha me ligado que ela sabia de muita coisa. Estava receosa, com medo e quase não conversava comigo, somente o básico.

Alicia : Vou pegar o carro pra ir na Mirelly. -Murmurou, e eu parei na frente dela.

Leonardo : Porra, outra vez? -Questionei. -Deixa desse teu caô, fica em casa, me tirando pra otário? Com atitude de mulher solteira?

Alicia : Você realmente quer falar sobre isso, Leonardo? -Riu. -Porque se quiser...

Leonardo : Tá insinuando o que, Alicia? -Segurei ela pelo braço, que tentou se soltar, mas eu apertei mais firme e ela me encarou.

Alicia : Sabe que eu me sinto uma otária, por realmente ter acreditado um dia que você seria o melhor para mim? Mas a real, é que você é podre, Leonardo, podre! Tudo o que eu fiz por você, todas as dificuldades que enfrentamos juntos.

Leonardo : E eu não valorizo isso? -Indaguei, notando ela falhar o olhar. -Nada pra você é suficiente?

Alicia : Só me deixa ir... -Murmurou. -De uma vez por todas, você segue a sua vida e eu a minha, sem problemas, é só isso que eu te peço.

Leonardo : Como assim? -Segurei o rosto dela, que comprimiu os lábios. -A gente foi feito pra ficar junto, pô, que neurose é essa? Eu te amo mais que tudo nessa vida, minha loira.

Alicia : Será que ama mesmo? -Questionou, limpando o rosto. -Quem ama trai, Leonardo? Quem ama, mente? Manipula?

Leonardo : Do que você tá falando? -Neguei com a cabeça, jogando o cabelo dela pra trás.

Alicia : Aquela menina, que você se envolveu...como você tem estômago pra isso? Me explica! -Começou a gritar de uma hora pra outra e eu saquei o bagulho. -Eu fui fiel a você, durante todo esse tempo...todas as traições, mentiras.

Leonardo : Qual menina? -Segurei no braço dela com força. -Porra Alicia, você vive nessa ideia errada, de criar neurose com...

Alicia : Anna Laura! -Murmurou baixo, me interrompendo. -Sabe que por um único instante eu desejei que ela passasse com você o mesmo que eu passei? Mas então eu entendi, que o problema é você...um escroto, manipulador.

Alicia 🧚

E a minha última sentença foi quando eu disse o nome dela, porque o Leonardo mudou por completo! Eu percebi ódio no olhar dele, e consequentemente o resultado foram os diversos tapas e socos que ele deixou em mim.

Me espancou como nunca, e o meu rosto era irreconhecível! Chorei de dor, ódio, arrependimento e margura. Me sentia a mulher mais burra do mundo, por ter acreditado que consegueria ter domínio de tudo.

Leonardo : Você é minha, Alicia! Tá entendendo? -Segurou o meu rosto com força, ao ponto de marcar toda a região do maxilar. -Do meu lado, você só sai morta! -Me empurrou e deu as costas, bateu a porta do quarto e eu ouvir o barulho da tranca.

Não tinha dimensão de horário, mas os machucados doíam cada vez mais, minha barriga era constituída por fisgadas e eu me desesperei quando vi sangue na minha calça. Me desesperei e bati horrores na porta, implorando por ajuda, mas foi em vão.

(…)

Leonardo : Minha loira... -Encostou no meu braço, e eu me afastei no mesmo instante, engolindo em seco.

Alicia : Satisfeito por mais uma vez ter acabado com a minha vida? Da primeira vez eu compreendi, que não era o momento certo...mas agora você tem o sangue do seu filho em suas mãos. Eu te odeio, Leonardo! Mais que tudo nessa vida, eu JAMAIS vou te perdoar por isso. -Sai da frente dele, tentando recalcular os meus pensamentos.

Era uma gestação de três semanas, e eu não fazia a menor ideia. Há uns anos atrás eu perdi minha Maria, estava de sete meses quando tudo aconteceu, e agora todos os pensamentos e traumas retornaram para o meu coração.

Não queria olhar para ele, sentia nojo e repulsa, Verônica, uma das minhas amigas estacionou o carro para que eu pudesse entrar, e eu bati a porta.

Verônica : Você tem certeza que quer fazer isso, amiga? -Questionou e eu confirmei, mantendo minha visão fixa.

Alicia : Preciso, e agora! -Suspirei e ela deu partida.

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