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Meta baixinha pra recompensar vocês pelo o tempo que eu sumi. 💗

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Anna Laura 🩰

Anna Laura : Você sabe que eu preciso apenas ir para o bloco da frente, né? -Questionei, apoiando a minha mão na cintura e ele riu, passando a mão pela nuca.

Hugo : E o que tem pô? Companhia nunca é demais. -Semicerrei os olhos, mas acabei dando de ombros. Enfiei o meu celular no bolso e nós fomos em direção a saída da casa.

A umidade do ar evidenciava que a maresia estava alta e eu senti um pouco de ar fresco, misturado com frio subindo pelo o meu corpo, cruzei os braços na intenção de me trazer calor e aguardei para que ele me alcançasse.

Hugo : Mas teu irmão vai, pô, talvez ele não breque. -Comentou, após perguntar se eu iria para um campeonato com o Bê em Santa Catarina e eu responder que provavelmente não, devido ao meu pai.

Anna Laura : Digamos que eu ainda não estou merecendo um voto de confiança. -Murmurei, dando de braços e ele riu, passando a mão pela nuca. -Mas não estou na vibe de ir também, quero apenas aproveitar essas férias, descansar a cabeça. Você vai?

Hugo : Não sei ainda, pô! Se tudo fluir como eu planejo sim, mais pra resenha mermo, sem pressão de competição.

Anna Laura : Eu até animaria, entende? Mas com toda a certeza do mundo meu pai não vai me liberar, e com razão né. Além de tudo vou precisar repor umas matérias na escola que perdi durante o tempo que precisei ficar afastada, mas tudo bem, vai ser bom da mesma forma.

Hugo : Qualé, você dar maior de cabeça pro teu pai, não é? -Ele perguntou enfiando as mãos no bolsos e eu gargalhei, notando ele notar com a cabeça.

Anna Laura : As vezes. -Resmunguei, torcendo o nariz. -Pensei que você fosse competir, assim como o Bê.

Hugo : Tô na função de descansar a mente agora, enquanto eu estava na Austrália vivia nesses torneios tá ligada, agora tô mais pela resenha mermo.

Anna Laura : E você pensa em voltar? -Questionei, parando em frente ao portão que dava acesso aos prédios do setor em que eu morava. Cruzei os braços e ele deu de ombros.

Hugo : Talvez, depende de como eu acordar qualquer dia desses. Quando der na telha eu pego o primeiro voo e meto o pé.

Anna Laura : Nada te prende? Sua família? -Perguntei curiosa. -Apesar que o Guilherme é como você, ele não pensou duas vezes antes de ir embora daqui.

Hugo : Amo minha família mais que tudo nessa vida, mas pô, é complicado. A gente tá aqui pra viver e eu sigo a meta que tem que fazer isso enquanto é novo e tem saúde. Minha vó coloca maior pressão pra eu fazer o que eu quero, a vida é passageira.

Anna Laura : É, talvez você esteja certo, apesar que eu não consigo me visualizar tanto tempo longe dos meus pais...

Hugo : Você tá certa. -Resmungou e eu soltei a respiração, passando o meu cabelo pra trás.

Anna Laura : Até que a sua companhia não foi tão ruim assim! -Murmurei, tentando encontrar a chave dentro da minha bolsa e ele gargalhou jogando a cabeça pra trás.

Hugo : Tão ruim? Qualé garota, rendeu maior papo.

Anna Laura : E eu ia vir calada por acaso? -Apoiei o braço na cintura, e ele balançou a cabeça como. Notei ele se aproximar e automaticamente sentir algo diferente percorrer a minha nuca.

Involuntariamente passei o meu cabelo para trás e o polegar dele fixou o meu queixo, fiquei mega envergonhada, principalmente quando nossas respirações se misturaram.

Nossos lábios se tocaram por alguns segundos, e ele esperou a atitude partir de mim, e por mais complicado que fosse a situação eu me afastei.

Anna Laura : Hugo, olha... -Comecei a falar. -Eu realmente não estou no clima, não é nada com você.

Hugo : Garota, qualé, fica suave. -Falou sorrindo, ajeitando os fios do meu cabelo outra vez e eu comprimir os lábios. -Não é bagulho pra você se explicar.

Anna Laura : Desculpa... -Murmurei baixinho, e eu realmente ficava meio sem jeito, porque ele aparentava ser uma pessoa legal.

Hugo : Sobe pra tua casa, tá ficando tarde. -Evidenciou um sorriso reto e eu inclinei os meus pés para deixar um beijo na bochecha dele, que retribuiu da mesma forma.

Chamei no interfone e o segurança abriu o portão principal para mim, ele esperou que eu entrasse e eu fui direto para o meu prédio, assim que eu cheguei em casa dei de cara com a minha mãe na cozinha, bebendo água.

Victória : Que pressa é essa? -Perguntou rindo e eu puxei a bancada para sentar. Contei para ela o que havia acontecido, que sorriu e puxou a cadeira na minha frente. -Você fez certo, se era o que não queria...

Anna Laura : Eu sei, mãe! Mas é que foi tão difícil negar, entende? Tô tão confusa com tudo, estava um clima legal, até o Leonardo subir na minha mente e me fazer recordar de tudo.

Victória : Infelizmente é um processo, mas eu sinceramente acho que ele te entendeu, se for pra acontecer, no momento certo vai...depois manda uma mensagem, ao acaso mesmo, pra ele entender que não é nada sobre ele.

Dei de ombros, e após um tempo eu segui caminho para o meu quarto, tomei um banho e deitei na cama, pegando o meu celular que estava ao lado do criado.

Pensei na possibilidade de enviar uma mensagem quando vi que ele estava online no Instagram, mas havia acabado de republicar uma foto com a garota que estava lá, amiga dele e do Bê. Deixei de canto e virei para o canto, lutando para dormir.

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