Profundo Azul

1- A decepção.

Minutos depois senti seu toque sobre a minha pele, fiquei todo arrepiado, eu não sabia o que estava a fazer.

Eu: Chad a gente não deveria fazer isso.

Mas o seu toque em mim era tão profundo me fazia tremer e respirar profundo.

Ele começou a beijar meu pescoço e não resisti, comecei a beijar muito ele e me entreguei ao grande amor da minha vida.

Cada toque sobre o meu corpo, cada beijo, cada chupão, me fazia tremer de desejo e vontade. Era a minha primeira vez.

A maior noite da minha vida, só lembro de ter estado com Chad, e foi a melhor noite da minha vida.

Não sei quanto tempo passou, mas eu sentia tudo girando.

Escutei batendo na porta. Levantei e minha cabeça estava doendo muito. Tinha muita vontade de vomitar.

Eu: o que aconteceu?!

Todas as minhas roupas estavam no chão, não conseguia lembrar direito o que eu fiz a noite. Só lembro de ter transado com o Chad.

Abri a porta e era o meu pai e o Chad, eu não estava entendendo nada. Eles estavam de pé furiosos.

Eu: mas?!! Quem é que está tomando banho?!

Olhei na porta do banheiro semi aberta e havia um homem tomando banho e eu estava somente de boxas

Afonso: você vem comigo.

Ele me arrastou para fora daquele quarto de hotel e estava furioso.

Eu: eu posso explicar pai!!! Por favor!!

Afonso: cala a boca seu moleque sujo.

Ele me arrastava pelos corredores do hotel, havia muita gente ali.

Pessoas olhando para mim, meu pai estava furioso, o Chad não disse e nem fez nada.

Ele me atirou para dentro do carro.

E íamos em direção a casa.

Eu: eu posso explicar pai por favor!!

Afonso: nada que essa tua boca imunda falar eu vou acreditar, eu não criei um filho para ser um lixo, para ser gay, eu não criei um filho para ser florzinha.

Eu chorava e ele estava furioso.

Chegamos em casa ele me empurrou na frente da minha madrasta e da minha irmã.

Nanda: o que está acontecendo?!

Afonso: hoje o Éric está saindo dessa casa.

Eu: o que!! Pai por favor!!?

Afonso: não me chama de pai, você morreu para mim quando te tornaste nisso.

Nanda: a gente deveria conversar com calma, tentar entender as coisas.

Afonso: já está decidido, você vai para longe daqui vou mandar você para um lugar distante onde a tua vergonha não afecte está família, sente ali.- gritou ele e foi não sei onde.

A minha madrasta foi com ele.

Eu chorava apertando meu corpo e tentando entender o que realmente aconteceu e quem era o cara que dormiu comigo. Estava tão apavorado, que precisava de ajuda.

Luciana senta no outro sofá.

Eu: me ajuda por favor!! Eu preciso de ajuda.

Luciana: ajuda!! Podes calar essa boca, me deixe aproveitar esse momento. Finalmente estou conseguindo me livrar de ti.

Eu: o que?! O que estás falar?!

Luciana: eu droguei você, e te mandei para o quarto de um desconhecido.

Eu: como assim?! Você fez isso?! Como? Como você fez isso?? Porque?

Luciana: eu sempre amei o Chad, e ele vai se casar comigo, nem que tenha que matar você.

Eu: eu acabo com você.

Parti para cima dela.

Luciana gritava por socorro, meu pai e uns seguranças vieram me afastar.

Eu: foi uma armação, deves acreditar em mim por favor pai! Eu nunca quebraria a minha promessa.

Afonso: você vai subir e fazer as malas agora.

Eu estava completamente sozinho.

Subi no meu quarto e comecei arrumar as minhas coisas.

Nanda: que cheiro mais delicioso.

Eu: o que você quer?!

Nanda: eu venci, eu sempre venço.

Eu: a senhora nunca gostou de mim, sempre tentou me colocar contra o meu pai.

Nanda: eu odeio você porque seu pai ama mais a você do que a minha filha, porque eu não consegui dar para ele um filho homem e agora minha filha, vai ser a única herdeira.

Ela saiu, eu sentei na cama.

Não demorou muito o Chad abriu a porta.

Levantei para abraçar ele, mas o Chad se afasta.

Eu: acredite em mim, eu nunca faria isso com você, eu te amo.

Chad: eu acreditei em você, achei que eras especial e você não é.

Eu: Chad, eu não conheço aquele cara. Por favor!!.- disse aos prantos.

Chad: não importa mais, você me traiu com ele, você se entregou para ele mesmo depois de me dizer que me amas. As tuas palavras não valem de nada para mim.

Eu: eu te...

Afonso: vamos.- disse meu pai chegando.

Peguei a mala e desci as escadas até o carro.

Chegamos no aeroporto.

Eu: onde o senhor está me mandando?!

Afonso: um bilhete de passagem para Europa só de ida, você deixou de ser meu filho, nunca mais volte para cá, fique longe do meu sobrenome.

Eu: por favor pai!!!

Ele joga no chão um pouco de dinheiro que estava com ele,

Eu abaixei para pegar, segundos depois uns senhores me levam até o avião.

Eu chorava até não poder mais.

Continua....