Capítulo 4 - Melodias na Escuridão

35 3 0
                                    

Do lado das sombras, Hollywood se movia sorrateiramente pelas ruas escuras, seus passos leves contrastando com os assobios desleixados que escapavam de seus lábios. Ele sabia que a discrição era essencial, mas sua natureza sarcástica não podia ser contida, nem mesmo na escuridão da noite.

De repente, uma figura encapuzada emergiu das sombras, seu rosto oculto pela escuridão.

— Bem, bem, se não é o conselheiro do "engomadinho". Que surpresa encontrá-lo aqui. — O homem de capuz debochou.

Hollywood ergueu uma sobrancelha, seu sarcasmo cortante como uma lâmina.

— Oh, que encontro emocionante. Espero que tenha trazido algo além de clichês baratos. — Ele respondeu, sua voz carregada de ironia.

O homem encapuzado sorriu de maneira maliciosa, como se apreciasse a resposta afiada de Hollywood.

— Claro, claro. Mas informações têm um preço, sabe? — Ele murmurou, tentando parecer misterioso.

Hollywood revirou os olhos, já prevendo onde aquela conversa iria parar.

— Ah, eu sempre esqueço que todo mundo aqui está em busca de uma graninha. Aqui, pegue isso e pare de enrolar. — Ele disse, entregando um maço de dinheiro ao homem.

O homem encapuzado aceitou o pagamento com um sorriso satisfeito, mas Hollywood podia ver através da fachada.

— E então, o que você tem para mim? Ou vai continuar com esse suspense barato? — Ele perguntou, impaciente.

O homem de capuz considerou por um momento antes de responder, suas palavras carregadas de sugestões sinistras.

— Ouvi dizer que o seu "engomadinho" teve uma reuniãozinha com os Torres. — Ele revelou, tentando parecer enigmático.

Hollywood bufou, sua impaciência transbordando.

— Ah, que novidade! Mas e daí? Me dê algo que valha a pena ou cale-se para sempre. — Ele retrucou, sua voz tingida de desdém.

— Soube que eles reuniram um conselho. É tudo o que sei até o momento. — Ele revelou, mantendo-se evasivo.

Hollywood lançou-lhe um olhar de desdém antes de se afastar, seu sarcasmo ecoando pelas ruas escuras da cidade. Ele sabia que teria que buscar informações mais confiáveis em outro lugar.

— Caramba, você é um péssimo espião. — Ele murmurou para si mesmo, antes de desaparecer na escuridão.

Senhor DemônioOnde histórias criam vida. Descubra agora