Capítulo 20 - Medos e incerteza

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STELLA

Não tem coisa melhor do que a satisfação de um trabalho bem feito, aquela paz plena e o bem estar que sentimos depois são maravilhosos é como se tivéssemos cumprido uma missão, era assim que eu me sentia, a convenção de Portugal poderia não ser a maior mais era alguma coisa tendo em vista o caminho árduo que percorri ao longo dos anos. Depois das pedras no caminho Lipe e eu merecíamos estar ali e trabalharíamos ainda mais nesses dias que antecipavam o evento, não faríamos feio.

Depois que desliguei o telefone o meu coração dava pulos de alegria dentro do meu peito, eu iria à convenção de games como convidada de honra e ainda teria um stand inteirinho só para mim, daria entrevista e tudo o mais, Eu, o Lipe e os nossos colaboradores trabalhamos duro para poder expor nossos games nesta convenção e agora estava acontecendo. Parece que minha morena não havia gostado muito, não sei por qual motivo recebi um selinho como felicitações e só, preparei nosso lanche e comemos em silêncio eu não ousei dizer nada sob aquele olhar sério dela. Fomos dormir, mas no dia seguinte eu resolveria isso.

― Onde você vai, ainda está cedo? ―Paula resmungou ainda sonolenta, pondo a mão sobre o rosto, por conta da claridade.

― Bom dia, linda! ―Andei até ela me sentando ao seu lado e depositando um beijo em seus cabelos. ― Vou para a empresa, falta pouco para o recesso e também tenho os preparativos para a convenção. ―acariciei seus cabelos, lhe dei mais um beijo e sorri ao ouvi-la resmungar baixinho.

― Não quero ficar sozinha, você pode me deixar em casa? ―Ela fez uma carinha triste e isso me tirou o sorriso por um instante.

― Eu não queria te acordar, mas se quiser pode ir para a empresa comigo, o que acha? ―eu sugeri, a ideia de me afastar dela e voltar para a empresa não me parecia agradável, mas eu precisava trabalhar.

― Não quero te atrapalhar. ―ela me disse.

― Você não atrapalha, mas pode ficar aqui e me espere, você pode caminhar ou fazer exercícios na academia do prédio, pode fazer o que quiser. ―minha cara deveria estar engraçada porque ela me olhava com um sorriso bobo, a verdade era que eu não queria que ela fosse eu queria ficar ali, mas eu tinha responsabilidades.

Quando o dia acabasse eu queria chegar e encontra-la, beijar sua boca e dormir agarrada a ela, eu nunca senti isso antes, essa necessidade, minha mãos tremiam em antecipação e isso me assustava um pouco. Gostaria de dizer a ela o que descobri na noite passada, que eu a amo, amo como nunca amei ninguém antes. Meu coração que fale por si só, ele dispara quando a vejo, quando a toco, quando ela me sorri, eu a amo sem nenhuma mentira.

Estávamos na segunda semana de novembro, ou seja, tínhamos que correr para encerrar o ano com tudo nos conformes, junto com a minha assessoria, secretaria e o Lipe montamos um calendário corrido que não nos permitia nem um final de semana de folga, e se tivéssemos sucesso encerramos os trabalhos daquele ano comemorando na convenção.

A caneta tinteiro já estava enraizada em minha destra, tirei alguns dias para passar com minha morena e o resultado foi acumulo de trabalho, já fazia uma hora que estava assinando papéis de admissão, contratos, licenças para vendas, produtos, até almoxarifado. Almocei em minha sala mesmo junto a Lipe que também trabalhava digitando agilmente em seu computador.

― Meus dedos estão doloridos de tanto rubricar. ―eu disse massageando minha destra.

― Continue namorando assim e terão mais. ―ele me disse irônico enquanto direcionava o olhar para a pilha de papéis em cima da minha mesa fazendo uma cara de horror.

Descobrindo-meOnde histórias criam vida. Descubra agora