Descobrindo-me

Capítulo 16 - Surpresa

PAULA

Quando acordei Stella já não estava lá, me sentei meio zonza e do lado da cama havia um bilhete.

Bom dia linda, dei uma saída, mas volto logo!

Fiquei deitada sorrindo e pensando na noite passada, em mais um dos melhores orgasmos da minha vida, todas às vezes com Stella era ainda melhor que a última. Era como se antes dela eu não tivesse estado com ninguém sexualmente. Com ela havia tesão, havia entrega, ela era perfeita. Os dias ao seu lado eram maravilhosos. Suspirei e me levantei saltitante, fui ao banheiro banhei-me e fiz o essencial, na cozinha preparei um café simples com torradas, chequei minhas redes sociais e continuei o café, quando Stella chegou radiante:

― Bom dia amor! ― Disse vindo em minha direção e selando nossos lábios, ela se afastou para me olhar e eu a puxei de volta beijando-a de novo. Estava com saudade dos seus lábios.

― Oi, meu amor. ― Virei para a bancada e tomei um gole do meu café.

Ela carregava muitas sacolas, deixou todas em cima da bancada à minha frente. Pegando uma cesta que também trazia. Fiquei olhando sem entender o que ela pretendia, mas logo ela interrompeu-me:

― Você não pode ficar aqui enquanto preparo as coisas, ainda é uma surpresa mocinha! ― ah então era por isso, aquilo tudo fazia parte da tal surpresa. Ela veio até mim e beijou o alto da minha cabeça. ― Vá se trocar quando voltar, nós já podemos ir.

Ainda sem entender muito que tipo de surpresa era aquela eu segui rindo da carinha dela, fingindo estar brava e fui para o closet.

STELLA

Eu me sentia diferente, mas um diferente bom, sentia alívio por a ter ouvido dizer. Estávamos apaixonadas e era maravilhoso estar assim, os sorrisos bobos, os olhares querendo sempre se encontrar. Era tudo muito bom.

Eu me sentia radiante por ser algo recíproco, me sentia feliz por não estar sozinha nisso. Eu sorria para a estrada à minha frente feito uma boba, minha destra procurou sua coxa e eu acariciei, me virei sorrindo para ela.

― Não vai mesmo me dizer aonde vamos? ― ela sorriu ao perguntar acariciando sua mão na minha.

― Continua sendo uma surpresa. ― levei sua mão aos meus lábios e beijei com carinho. ― Relaxa, falta pouco.

Enfim chegamos e eu estava com medo de não agradar, dela não gostar. Eu nunca havia feito isso, nunca tinha me esforçado para agradar ninguém, essa ideia estava na minha cabeça há dias e só tive certeza de que seria bom tentar depois de ontem. Levei em consideração tudo o que ela havia me dito sobre as coisas que gostava, não tinha como dar errado, respirei fundo e desci do carro dando a volta até o lado do carona.

NARRADOR

A loira abriu a porta com as mãos tremendo, de onde Stella parou o carro não dava para ver o que a loira pretendia, Paula saiu do carro olhando tudo em volta procurando algo, sua expressão era de desentendimento. Não sabia o que esperar. A paisagem que se encontrava a sua frente era limpa e muito bonita, a grama bem cuidada e verdinha, os muros em volta eram feitos de pedras e a estrada não tinha movimento algum. Talvez um piquenique? ―pensou―

Stella vendou os olhos da morena com muito protesto. Segurou a morena pela cintura e foi guiando-a pelo caminho de pedras.

― É maravilhoso... eu não sei o que dizer, é... ―Paula ficou boquiaberta assim que a venda foi tirada a visão a sua frente era espetacular, indescritível e esplêndida.

A surpresa estava ali bem diante dos olhos da morena, a paisagem linda, as poucas árvores por detrás do pequeno muro de pedras cinzas, tudo era lindo a vista impecável e ao fundo não muito longe delas, mas apenas alguns passos, estava o castelo de Bunratty. Um castelo histórico feito de pedras enormes e torres altas, a estrada de pedra e muro baixo que dava acesso à entrada do castelo era muito bonita, o lago por detrás do castelo deixava-o ainda mais charmoso e belo.