Capítulo 30 - Presente

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NARRADOR

Paula adentrou o cômodo a passos lentos e sem som algum, mas a loira sentiu o cheiro tão característico da sua morena e se agitou na poltrona. Vestida com um macacão de couro que marcava muito bem suas curvas bem feitas, o cinto fechado na cintura acompanhava os acessórios tão conhecidos da personagem em que escolhera para aquela noite; braceletes que davam choque; cartuchos de gás, explosivos, projéteis, pistola, veneno (esses eram apenas detalhes que compunham o cinto, não teriam importância.); e por fim os fios de escalada, segurados com a destra. Nos pés um par de botas também de couro que pegava até o começo dos joelhos, os cabelos estavam soltos e totalmente cacheados no rosto uma maquiagem que marcava bem os olhos castanhos e um batom carmim.

Paula entrou no campo de visão da loira ficando bem à sua frente. Stella correu com olhos famintos por toda a roupa extremamente detalhada. Paula estava vestida de Viúva Negra e a loira sorriu maliciosamente para aquilo, parou os olhos no decote enorme dos seios e salivou desejando tê-los imediatamente em sua boca. Paula sorriu perversa porque sabia que tinha feito a escolha certa, uma vez que a loira tinha um pôster enorme da heroína.

― Puta que pariu! ― a loira exclamou. Ter a morena vestida assim mexeu com suas estruturas, as mãos coçaram para tocar tudo o que fosse possível. ― Paula Romanoff ―falou baixo para si mesma sorrindo com a própria rouquidão na voz, o sobrenome da heroína combinava com a morena.

Paula mordeu os lábios em um claro sinal de excitação, os olhos verdes agora a intimidavam observando cada pedacinho de seu corpo que ainda estava inteiramente coberto. Com dois pequenos passos a morena se aproximou, sentando no colo da loira, uma coxa de cada lado a qual Stella pôs as mãos e apertou. A morena selou os lábios, o beijo durou por mais tempo distraindo a loira, Paula pegou as mãos uma a uma e com a corda as amarrou para trás.

― Apenas aprecie, sem tocar. ― Paula ordenou, beijou os lábios uma última vez e caminhou até o aparelho de som.

― Não faz isso, eu pensei em te comer o dia inteiro! ― a loira confessou tentando afrouxar as cordas em torno dos pulsos. Dizia a verdade desde a provocação de Paula naquela manhã seus nervos andavam desgovernados.

Paula sorriu sentindo o ventre se contrair, soltou o play e Kiss it Better soou pelo quarto e ela voltou para a loira. Parando a centímetros da poltrona ela desceu e subiu o quadril começando a acompanhar o ritmo da música.

O que você está disposto a fazer?

Ah, me diga o que está disposto a fazer?

A loira não ousou tirar os olhos da visão perfeita que era ter sua morena vestida daquela forma, tinha a impressão de que o tecido do macacão deixava o quadril da morena ainda maior, a loira se agitou ainda mais quando a morena que estava bem próxima a ela desceu os quadris mais uma vez os fazendo subir logo em seguida de forma a quase encostar-se ao rosto dela; Estava amarrada e impossibilitada de qualquer ação com as mãos, choramingou. A música ainda preenchia todo o ambiente e Paula se mexia conforme as batidas, subindo e descendo para o desespero da loira que estava agoniada. A morena sentou ainda de costas sobre o colo da loira e rebolou, as mãos foram para trás da nuca puxando o rosto de Stella para o seu pescoço, a fricção do macacão junto ao meio das pernas da loira fazia a mesma se contorcer sentindo o quão molhada já estava.

― Por favor... ― sussurrou mordendo o pescoço de Paula.

Paula nada disse, continuou rebolando de forma intensa, a loira apertou os lábios na pele da morena e subiu chupando a orelha.

― Tira tudo ― exigiu a loira.

― Quer que eu pare... a fantasia não lhe... ―Stella a mordeu mais forte arrancando um gemido da morena interrompendo sua fala.

Descobrindo-meOnde histórias criam vida. Descubra agora