Capítulo 22 - Os esquecidos vitoriosos

2 1 0
                                    

Florsor, Arista e Adela estavam com uma missão simples: matar Alice. A garota sabia disso, naquele momento, percebeu que o foco não era Érinn, Ai ou Norami, que ainda participavam da prova. Se sentia um pouco agoniada por causa das coisas que estavam acontecendo enquanto ela dormia, enquanto ela passava por aquele teste, era perturbador saber que ela não poderia fazer nada se não fosse por Chun e Bereth. Por isso, decidiu se usar de isca: 

-Se vocês me querem, vamos lutar lá fora. - Disse Alice para suas inimigas. Graciliano estava no fundo, e uma certa excitação passou por seu corpo. Se todas aquelas mulheres briguentas saíssem dali e deixassem seus companheiros, ele poderia matar três em um único ato. - Você vem com a gente. - Alice aponta para ele. - Eu não vou ter mais empatia por você, qualquer movimento errado seu e eu te mato. - Graciliano fechou o rosto, sabia e sentia que aquilo era verdade, mas, estava mais preocupado em diminuir o numero de participantes. 

-Então vamos fazer uma aposta. - Ele disse. Todas as mulheres ficaram quietas. - Se Norami ganhar a prova, eu me retiro das Oito Vitórias. - Ele fica em silencio. 

-É uma aposta, o que você quer de mim? - Alice retruca. 

-Não é de você, é dela. - Graciliano aponta para Chun. - Ela deve se deitar comigo. 

-Maldito! - Chun grita com ele. 

-Óbvio que não vou aceitar isso, você não entende sua posição aqui?! - Claramente Alice estava nervosa, nada do que aquele maldito homem falava fazia sentido. Ele só pensava em sexo, e nem nesse momento sua libido impertinente o impedia de pensar com a cabeça de baixo. - Você claramente é o mais fraco de todos aqui, por que eu deveria me importar de fazer uma aposta com você?! 

-Bem, eu sairia da competição, mas já que você não quer, lide com as consequências que virão. - A afeição dele parecia séria, mas, nada que incomodasse nenhuma das competidoras ali presente. 

Florsor bate o pé no chão, chacoalhando todos, no mesmo momento que Graciliano termina de falar. 

-Vamos, sua garotinha esquisita. - Ela da as costas e começa a voltar para a entrada daquela caverna estranha. Adela e Arista se olham, olham para a gigante, olham para Alice, e seguem Florsor. Graciliano faz um barulho com a boca e também as segue. 

-Eu não acredito que ele teve escrúpulo de dizer algo daquela grossura! - Chun soca a parede, e o formato de seu punho fica cravado com o rachar da estrutura. 

-Ele está escondendo algo. - Bereth diz. - Sinto uma energia estranha daquele homem, sempre sentia, mas, o ignorava pois não achava pertinente causar intrigas mais do que ele ja havia causado quando estávamos com os yanomamis. Tomemos cuidado com suas ações. - Ela parte na frente. 

Chun a segue, e Alice olha para trás, para Norami e Érinn, demora para perceber Ai do outro lado do corredor. "Agora é com vocês", ela pensa, mas, naquele momento, parece deixar algo passar. Sentia que algo naquela historia estava faltando, alguma conta não estava batendo. Mas, Chun a chama, logo imaginou que seria algo de sua cabeça, se virou e a seguiu. 

Ao subir de volta, os raios de luz do sol escaldante do deserto incomodam no começo, mas logo Alice se acostuma. Chun procurou Glerub e Cedril, mas não os achou, algumas colinas de areia próximas encobriam qualquer coisa em um raio de cem metros, era quase como uma arena perfeita. Podiam ver as pegadas da elfa da floresta e do ogro, assim como pontos de sangue, mas não sabiam o que poderia ter acontecido com eles. Porém, sem aviso ou algo assim. Arista e Adela projetam aquela agua no chão, logo, suas caudas aparecem. Bereth não ousava usar seu poder como fez da ultima vez, não poderia perder Graciliano ou alguma daquelas oponentes de vista, com isso se limitou a impedir que alguém se aproximasse da entrada, criando um pequeno tornado que jogaria qualquer um que pesasse menos de noventa quilos pelos ares. A elfa é poderosa, sua concentração é a chave desse força. Florsor não se segurou muito, logo corre em direção a Chun e Alice, que ajeitam os pés naquelas poças de lama que se juntavam. Graças a Bereth, não precisavam se preocupar em afogar aqueles que estavam abaixo por causa da agua de Arista e Adela, e também poderiam focar apenas na briga e esquecerem Graciliano por um tempo. Alice só queria que Cheshire estivesse aqui, seria uma ajuda em tanto. 

Crônicas dos Mundos (Livro 2) - Domínios do LeãoOnde histórias criam vida. Descubra agora