Capítulo XV • Eu Prometo

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[ 10:40 A.M. ]

~ Naquele Mesmo Dia ~

| De volta a Pousada Paradise Palace |

Pai: Liah, por favor, leve os seus tios até o quarto no último andar, sim? ― eu apenas confirmo, recebendo de suas mãos as chaves. ― ficarei aqui, ajudando Agatha com os hóspedes. Se precisarem de qualquer coisa... podem pedir à Liah. ― declara, mandando-me uma piscadela brincalhona.

Tia Helena: pode deixar comigo, Ed. ― ela diz, seguindo o meu pai nessa gozação tosca, enquanto trazia algumas das malas para dentro do elevador.

Liah: ha-ha-ha. ― eu reviro os olhos, entrando juntamente deles no elevador.

Em uma velocidade mediana, logo chegamos, com o auxílio do elevador, no último andar daqui da pousada. Ajudando-os com as malas, seguimos pacientemente pelo corredor.

De acordo com o número acoplado as chaves, logo encontrei o quarto que foi reservado especialmente para aquela família.

Tio Caio: uau! ― o escuto da sacada, em tom claramente repleto de admiração. ― essa pousada arrasa mesmo, hein? De frente ao mar? Sério? ― eu apenas sorrio, ajudando a desfazer algumas malas.

Liah: então... Gostaram do quarto? ― pergunto, embora soubesse que ambos amaram.

Tia Helena: se gostamos, Liah? Nós adoramos! ― ela retira Zaya de seu bebê-conforto, trazendo-a para os seus braços. ― bom dia, meu amor. ― sela uma das bochechas da filha e eu, ignorando as peças de roupas milimetricamente dobradas na mala, caminhei até ambas, admirada com a beleza adorável daquela bebê. ― olha só quem é, Zaya! Sua prima, Liah! Dá um oizinho, dá?

Diferente de mim, que não conseguia conter os sorrisos, Zaya se manteve séria, fiscalizando-me de cima abaixo.

Chegava a ser engraçado vê-la com aquela carinha confusa, me olhando com as suas cordiais pupilas castanho-mel, em um misto de dúvida e curiosidade. Certamente, Zaya ainda está processando tudo o que está acontecendo. Afinal, em algumas horas de sono, ela já se encontra em outro continente e em outro país.

Liah: a cara dela é ótima. ― comento, fazendo a minha tia liberar ternos risos.

Tia Helena: ela ainda precisa de um tempinho para pensar. Não é mesmo, minha linda? ― Zaya boceja e logo se inclina na direção do ombro da mãe, visivelmente sonolenta. ― ela é assim mesmo. Dorminhoca 'pra caralh*.

Embora precisasse zelar pelo silêncio, já que obviamente aquela garotinha queria tirar uma soneca, não pude me conter e as risadas pelo comentário sincero da minha tia marcaram presença. ― por si só, essa mulher já é a pura comédia.

Tio Caio: que tal mais uma soneca, hein my baby? ― pega a filha dos braços da esposa, repousando-a em seu peito. ― quer que eu a coloque para dormir mais uma vez, amor?

Tia Helena: até que eu quero, mas... Amor? ― ele a responde com um breve "hum?", ninando a filha em seus braços. ― você viu a fraldinha com a chupeta da Zaya por aí? ― pergunta ela, vasculhando as suas milhares de coisas espalhadas pelo mais novo quarto.

Tio Caio: bom... Ver, eu não vi. Mas... creio que se você organizasse as suas coisas poderíamos encontrar. ― Helena o fuzila com o olhar, fazendo-o engolir em seco de imediato. ― foi mal, amor. Só que... é a verdade. Não é mesmo, Liah?

Eu apenas dei de ombros, sem qualquer interesse em me meter nessa discussão de marido e mulher.

Tia Helena: deve ter caído lá no carro. E o ruim é que... Argh! A Zaya não dorme direito sem aquela fraldinha e sem aquela chupeta! ― ela declara, um tanto frustada. ― Liah? ― eu a olho, atenta. ― você se importaria em ir até o carro e checar se a fraldinha e a chupeta da Zaya estão lá?

De Repente, Você. (O Encontro)Onde histórias criam vida. Descubra agora