Capítulo III • Esbarrão

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[ 10:10 A.M. ]

~ Naquele Mesmo Dia ~

• Dabi:
| Em um beco qualquer de Copacabana |

Toga: ah, graças a Deus! ― ela finalmente se destransforma, voltando a ser a mesma humana sanguinária de antes. ― não aguentava mais ficar de quatro. ― afirma exausta, alongando os seus músculos tensos.

Dabi: toma. Se veste com isso. ― lhe lanço umas vestimentas de punho praiano, apenas para não se destoar tanto dos outros dessa cidadezinha idiota. ― vou ligar 'pro Shigaraki, e dizer que conseguimos. ― sorrio, retirando a pele falsa posta sobre as minhas queimaduras que ficariam visíveis graças aquele calção florido ridículo e aquela regata idiota. ― não vai demorar para o sinal do rastreador no cartão começar a funcionar e sabermos absolutamente tudo o que aquela garota estúpida faz durante o dia.

Toga: ei! Não precisa falar assim dela, Dabi! ― repreende-me e eu apenas reviro os olhos, terminando de vestir um moletom. ― poxa... Eu achei ela uma garota tão legal.

Dabi: tsc! Você acha TODOS legais, Toga. ― pego o meu celular e logo disco o número do Shigaraki, passando a esperar que ele atendesse.

Toga: e o nome dela? Liah! Que nome lindo e fofo, Dabi! ― ela começa a rodopiar de felicidade, mas eu apenas ignorei, vendo que finalmente aquele idiota havia atendido.

📞 Shigaraki: fala. Conseguiram? ― pergunta, tranquilo como sempre.

📞 Dabi: sim. Entreguei o cartão àquela garota e ela nem desconfiou de nada. ― declaro, sincero.

📞 Shigaraki: ótimo. ― diz, satisfeito. ― vocês checaram se realmente se tratava dela, não é mesmo?

📞 Toga: sim, sim! ― ela puxa o meu braço e retira o celular de meu domínio, passando a falar diretamente com o Shigaraki. ― desde que chegamos, ficamos na espreita, logo em frente àquele hotelzinho de merda, onde ela mora e...-

Impedindo que aquela p*ta de esquina continuasse com o seu falatório, roubei o celular de sua mão, voltando a ligação com o Shigaraki.

📞 Dabi: e a vimos sair de lá. Era ela, com toda a certeza. ― afirmo, seguro do que vi.

📞 Shigaraki: 'tá, 'tá, 'tá. ― ele concorda, já convencido. ― e a individualidade? A garota demonstrou algum uso?

📞 Dabi: não, nenhum. Mesmo quando a Toga derrubou ela da bicicleta, Liah simplesmente foi ao chão, e nem fez questão de utilizar o seu dom para amortecer a queda. Achei suspeito. ― comento, realmente desconfiado.

📞 Shigaraki: é... Isso foi estranho mesmo. ― confirma. ― de qualquer forma, continuem aí, na espreita, como a Toga disse. ― ela mostra a língua para mim, debochando da minha cara. ― acompanharemos há todo momento os movimentos dessa garota pelo rastreador, e quando a brecha vir, informarei vocês, falou? ― esclarece, e eu apenas concordo, sem qualquer questionamento.

📞 Dabi: beleza. ― Shigaraki desliga, encerrando a ligação de vez.

Toga: que bom que o Shiggy deixou nós ficarmos mais tempo aqui! Isso é ótimo! Eu adorei tanto essa cidade! Se pudesse, ficaria aqui pelo resto da minha vidinha! ― desabafa, voltando aos seus rodopios exagerados.

Dabi: não se empolga não, idiota. ― deixo o meu celular no bolso de minha calça e, com um toque na nuca daquela maluca, a trouxe de volta à realidade. ― estamos aqui à trabalho, ouviu? Não por diversão, ou férias. ― deixo aquele beco, sendo acompanhado pela Toga. ― agora... vamos atrás de algum teto, próximo da pousada ridícula daquela garota.

De Repente, Você. (O Encontro)Onde histórias criam vida. Descubra agora