Capítulo XIII • Enciumada

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[ 09:00 A.M. ]
| Na recepção da Pousada Paradise Palace |

Isso não é possível. Não pode ser possível.

Eu? Liah Dias? Com ciúmes de um garoto? E de um garoto como ele?! Não, definitivamente não! Eu me nego, profundamente, a alimentar um sentimento àquele garoto, principalmente um desse tipo.
Ciúmes. Ah! Que idiotice!

Eu bem que tentei me conter. Bem que tentei ignorar aqueles dois imbecis querendo comer o c* um do outro logo na entrada dessa pousada. Bem que tentei evitar pensar em mais de sete formas de dilacerar um corpo. Porém, não consegui. Eu não suportei a distração que, por vê-los ali, tão próximos, me trazia. Eu estava tão, mais tão, concentrada neles, que não conseguia sequer distinguir qual música tocava em meus fones. ― não foi à toa que até pausei a minha playlist.

Estava f*da 'pra cacet* e eu confesso que queria colocar aquela v*dia de quinta contra a parede. O motivo? Só Deus sabe, pois eu não faço ideia. Apenas queria amedrontar ela, transforma-la em um nada, da forma mais cruel possível.

Simplesmente, f*da-se o meu feitio sempre tão passivo. Chegou a hora de colocar essa piranha no lugar dela, p*rra!

Infelizmente, quando iria sair daquela poltrona adorável e fazer daquela recepção um centro de combate corpo-a-corpo, observei a garota se despedir do Katsuki, com um selar idiota no canto de sua boca, e deixar a pousada em passos rápidos. ― espero que seja para encontrar outro idiota. Afinal, pela primeira impressão que tive dela, ela não passa de uma p*ta de quinta avenida. E como eu adoraria saber que na cabeça daquele garoto repousam dois belos chifres.

Liah: sua amiga? ― questiono aquele moleque, logo que ele se acomodou em uma poltrona, justamente ao meu lado.

Bakugou: conhecida. ― corrige, sem mais complementos. ― a pulseira que recebi para aquele luau idiota de semanas atrás foi dada por ela. ― adiciona, embora eu não tivesse qualquer interesse nesse fato. ― aliás... acho que você deveria agradecê-la por isso.

Como é?!
Agradecer aquela vagabunda?!
Mas... MAS QUAL O PROBLEMA DESSE GAROTO?!

Liah: AGRADECER AQUELA FILHA DA P*TA?! VOCÊ FICOU MALUCO?! ― esbravejo gritante, acabando por chamar a atenção da maioria dos hóspedes com essa minha forma clamorosa de expressar a minha indignação mais profunda. ― argh. ― suspiro, contendo o meu ódio ao extremo. ― por que você acha que eu teria essa falta de noção de agradecer aquela garota por ter te dado um passe fajuto para um luau fajuto como aquele? Posso saber, galã das novelas da sete?

Bakugou: às vezes, você é estranha. ― comenta, cruzando os seus braços a frente do seu peito, tornando-os ainda mais atraentes e belos de se admirar. ― e sei lá. Talvez, você devesse agradecê-la... pela mesma razão do seu pé ainda estar aí, no seu devido, e natural, lugar?

Ah, meu Deus.
Sério que ele usará o meu pé como pretexto para eu me "amigar" com aquela guria desgraçada?
Ah! Vai se f*der, p*rra! Quanta idiotice!

Liah: tsc. ― reviro os olhos e, após resguardar os meus fones em meu bolso, volto a me acomodar naquela poltrona, podendo apreciar com mais atenção aquela vista. ― você viaja demais, não é garoto? P*rra, se toca, okay? Aquilo que aconteceu foi um acidente, e eu saberia muito bem me virar se você não estivesse lá.

Bakugou: saberia mesmo? Estando com dez litros de álcool enfiados goela abaixo? ― eu apenas respiro fundo, tentando inutilmente ignorar a existência daquele loiro imbecil, e de suas falas fúteis. ― "quem cala, consente". Não é o que dizem por aí, Liah Dias.

De Repente, Você. (O Encontro)Onde histórias criam vida. Descubra agora