Capítulo XXI • Tour

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Levou-se um tempo há mais para os meus tios, enfim prontos, surgirem naquela recepção.

Como o meu pai já estava avisado de meu passeio com eles, não fiz questão de informá-lo novamente e apenas entrei no carro de meus tios. ― que, na realidade, era do meu pai. Mas, ele havia sido gentil e o emprestou para o irmão, somente para esse tour pela Cidade Maravilhosa.

Começamos pelo maior ponto turístico de todos, o Cristo Redentor. Depois de um bom tempo admirando aquela obra prima, fomos até os teleféricos do Pão de Açúcar e demos várias, e várias, voltas com eles. ― Zaya teve um pouco de medo no começo, mas logo se acostumou, e foram apenas risadas pelo resto do passeio. Bem diferente da minha tia, que tanto vangloriou a sua coragem, mas acabou não conseguindo nem sair do seu assento. Fiquei zoando ela até sairmos de lá, como uma ótima sobrinha faria.

Independente dos breves perrengues engraçados que passamos, foi muito divertido. E tudo só melhorou quando paramos no shopping, para extravasarmos nos lanches.

[ 16:35 P.M. ]
| Pela cidade do Rio |

Tia Helena: ai. Meu. Deus! Isso 'tá muito bom! ― eu concordo com ela, tentando morder aquele meu lanche de forma adequada. ― mas... ficaria ainda melhor com uma cerveja. Só para... molhar a garganta, sabe?

P*ta que par*u! Nunca vi uma pessoa amar tanto uma cerveja como ela. Caralh*, viu?

Tio Caio: ah, amor... ― solta um suspiro breve, ajudando a filha com o seu lanche em miniatura, muito mais saudável do que o nosso. ― você não tem mais jeito mesmo. ― admite, fazendo-me rir enquanto recuperava uns bacons que caíram no prato.

Tia Helena: achei que depois de tantos séculos casados, tinha se acostumado com o meu jeitinho peculiar, vida. ― comenta risonha, sujando na brincadeira a bochecha de meu tio com ketchup.

Tio Caio: quando eu me acostumo, amor... ― se limpa, em meio as nossas risadas. ― você vem e me surpreende de novo.

Tia Helena: eu sei. Sou surpreendente em todos os aspectos, meu bem. Por isso que se apaixonou por mim, não é? ― lança uma de suas mechas para atrás de seu ombro, de uma forma arrogante, mas engraçada.

Ai, ai...
Esse casal é tudo, véi.
TU-DO!

Após termos terminado aqueles lanches gigantescos ― e que a comunidade médica orienta a ingerir apenas uma vez em sua vida ―, pagamos a conta no caixa da área de alimentação daquele vasto shopping e seguimos por mais algumas lojas.

Meu tio e a minha prima, já exaustos daquele passeio interminável, acompanharam eu e a minha tia na "força do sono". ― pelo menos, o meu tio. Já que Zaya havia realmente dormido nos braços aconchegantes do pai.

E, sendo sincera, eu também estava daquela forma. Exausta, mas na ativa. Particularmente, odeio ficar assim, porém, quando eu relembro o porquê, um sorriso toma conta de meu rosto. O dia tinha sido incrível ao lado daquela família perfeita, e como eu queria que aquilo se repetisse pelo resto de minha vida.

Tia Helena: pronto, amor. ― sela rapidamente os lábios do marido, após pegar minha prima dorminhoca de seus braços. ― já estamos voltando para a pousada, 'tá? Lá, você terá tempo de sobra para descansar e livrar essa sua belíssima cara desse "peixe morto".

Tio Caio: descansar? Temos malas para fazer, minha vida! Esqueceu? ― ele relembra, mas sua mulher apenas relevou seu comentário, entregando-me Zaya.

Tia Helena: coloca ela na cadeirinha, Liah? Por favor? Thanks. ― acaricia meus cachos, vendo que aceitara o pedido de bom grado.

De Repente, Você. (O Encontro)Onde histórias criam vida. Descubra agora