Capítulo XXX • Praça de Alimentação

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~ Naquele Mesmo Dia ~

Já cometi muitas loucuras desde que fui posta nesse plano chamado "vida", mas com toda a certeza me disfarçar com outras garotas para poder sair e se divertir antes que alguma merda pior aconteça conosco, foi a maior de todas.

Infringimos todas as regras estabelecidas durante esse período caótico e de guerra entre heróis e vilões. Todas. E para quê? Somente para termos um rolê de best friends e relaxar. ― vale a pena o risco, eu garanto.

De primeiro momento, eu rejeitei totalmente a possibilidade maluca de vestir as roupas reveladoras da Mina, colocar um dos seus bonés, de cor rosa ― rosa choque. RO-SA CHO-QUE. ―, e ainda ter metade da minha cara oculta por um óculos escuros imenso. Porém, chegou um momento que não suportei mais os pedidos gritantes e acabei sendo convencida à ir para esse rolê, que pode dar muito errado, mas também muito certo.

Eu coloquei o boné exageradamente cor-de-rosa e o óculos exageradamente grande. Não queria, mas precisei. Com ajuda das meninas, fiz uma chapinha simples em minhas mechas encaracoladas e prendi tudo em um rabo de cavalo.

Estava tão diferente que nem eu me reconheci no espelho, parecia até que havia invadido o corpo de outra garota.

Depois que Mina me obrigou a vestir um vestido preto, brilhoso e desnecessariamente curto, e a me fazer usar coturnos nesse calor de rachar ― sim, o clima mudou e agora as noites estão tão quentes quanto o dia. ―, me senti um manequim com vida própria, e que odiou as roupas que foram postas em si mesmo.

Não tive escolha e precisei aceitar aquela desgraça de look. ― sem ofensa às roupas da Ashido, mas... eu me sentia uma p*ta de esquina.

Entretanto, de um certo lado, fazia sentido eu me sentir estranha naquilo. Não era eu, e isso era bom. Estava muito bem disfarçada e diferente, nunca que os vilões iriam descobrir que aquela garota ali se tratava de Liah Dias, dona da individualidade Magia que tanto procuram.
E isso é ótimo!

Para sairmos daquele esconderijo sem sermos pegas, tivemos que incorporar a habilidade nata de espiões profissionais. Eu me recordava de como havia entrado aqui naquela noite, com o Katsuki, por isso não foi tão difícil para sairmos sem absolutamente ninguém perceber. ― bom, é isso que estamos acreditando, e espero que seja a verdade. Pois, se não for... estamos f*didas 'pra cacet*.

[ 18:49 P.M. ]
| Pelo Calçadão de Copacabana |

Hagakure: nunca imaginei que uma cidade pudesse ser tão animada assim! Gente! Estou passada! ― exclama ela, estupefata com tanto encanto que o Rio de Janeiro pode oferecer aos visitantes.

Momo: digo o mesmo, Toru. ― pressiona as mãos unidas junto ao peito, dando voltas e voltas enquanto caminhamos pelo Calçadão.

Liah: vocês são típicas turistas, sabia? Chega a ser engraçado. ― comento, ajeitando o óculos escuro sobre meu nariz, que ficava minúsculo com aquela coisa grandiosa.

Sério, todos que passavam por nós me encaravam. Claro que ninguém usa óculos escuros em pleno período noturno, nem mesmo aqui no Rio. Que vergonha, véi.

Jirou: melhor é a Liah com esse óculos, cara. 'Tá demais. ― eu reviro os olhos por baixo daquelas lentes, indignada com a falta de necessidade de comentar sobre aquilo.

Liah: me deixa, vai? ― suspiro, desistindo de me centrar naquela merda de óculos.

Fazia parte do disfarce, o que eu posso fazer?

De Repente, Você. (O Encontro)Onde histórias criam vida. Descubra agora