11-A carta

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TOM NARRANDO

Ja havia passado algumas semanas desde a festa. Eu quase não saio mais do escritório, estou tentando evitar encontrar Natália pela casa. Minhas noites estão sendo baseadas em pensar na garota loira dos olhos castanhos. Ela não sai de minha cabeça nem por um segundo, o que já estava me irritando. Eu queria ter ela mas não a amava, queria ela somente para mim mas não sentia nada. Eu estou obcecado por essa menina.

-Bom dia!-Levo um susto com o Georg entrando na cozinha e se sentando na cadeira.-Que cara é essa?

-Quando você quer uma pessoa e não quer ver essa pessoa com mais ninguém, o que significa?-Pergunto.

-Que específico. Bom, pode ser amor.-Diz Georg.

-Mas e se eu conheço a pessoa a pouco tempo e conheci ela de uma forma não muito boa?

-Amor a primeira vista?-Ele diz enquanto põe suco no seu copo.

-E se eu não achar que é amor?

Amor? Nunca senti amor por ninguém além de minha mãe e meu irmão.

-Ai você está se enganando e tentando mentir para si mesmo.-Diz Georg e toma um gole do suco.

-Ah...

-Por que? Está apaixonado?-Ele brinca.

-Não. Longe disso! Era só uma curiosidade mesmo. Vou trabalhar.-Me levanto e saio sem deixar ele dizer algo a mais.

Amor? Que palhaçada! O amor é algo muito complexo pra ser sentido assim. Pode ser uma atração, uma obsessão que logo irá passar. E outra, ela é só uma menina assustada. Eu preciso arrumar algo pra fazer com ela antes que isso que eu estou sentindo piore. Acho que estou ficando doente. Eu poderia vender ela pra outra gang, daria um bom dinheiro. É isso que irei fazer.

Entro no escritório e abro o computador. Mando mensagem para a gang de Vinnie, um aliado meu. Quando ele pergunta da oferta eu travo e não consigo sugerir a mesma. Em quinze minutos de enrolação eu apenas mando "deixa pra lá, desisti."
Bato na mesa e suspiro fundo.

-Que merda, Natalia!-Digo com a mão na cabeça.

Sinto sede e me levanto indo em direção a porta. Quando eu abro vejo Bill parado prestes a bater na porta, o mesmo se assusta.

-O que foi?-Pergunto.

-Jonathan.-Ele diz e eu fecho os olhos respirando fundo.

-O que esse infeliz quer?-Pergunto novamente.

Bill apenas me entrega uma carta e eu a abro vendo o recado de Clark.

"Você sabe que eu sempre consigo o que eu quero, Kaulitz. Sua querida esposa será minha. Logo logo seu corpinho maravilhoso estará em minhas mãos. Era melhor ter me entregado ela na festa.

Ass: Seu querido amigo, J.C"

A fúria toma conta do meu corpo. Esse filho da puta não irá conseguir, não dessa vez. Ele já tirou o meu pai de mim, agora não irá tirar Natália. Nem por cima do meu cadáver.

-Chama os garotos.-Digo a Bill que permanece estático.-Agora, porra!

Bill sai correndo e eu entro no escritório novamente. Logo os três voltam e se sentam no sofá.

-Jonathan quer pegar a Natália, mas ele não irá conseguir. Providenciem senhas para as portas, elas deverão ficar trancadas o tempo inteiro. Se quiserem sair com Natália deveram ficar de olho nela o tempo todo, não a deixem sair de perto jamais. Quero seguranças rondando a casa vinte e quatro horas por dia.-Ordeno e eles prestam atenção.

-Ok!-Os três dizem.

-Todo cuidado é pouco. Sei que se apegaram a ela.-Digo tentando justificar.

-Só nós?-Bill arqueia a sobrancelha.

-Sim. Podem ir agora.-Os três se levantam e saem da sala.

Se Clark acha que eu irei dar o gostinho da vitória para ele, ele está muito enganado. E essa noite ele irá ter um "abre teu olho" e eu mesmo irei dar o aviso.

O MAFIOSO-Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora