2-Trocas

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TOM NARRANDO

Assim que o mais velho me olha, seus olhos se arregalam e transparecem seu desespero. Sorrio de lado de um jeito intimidador.

-Como entrou na minha casa?-Jordan pergunta.

-Sua filha é bem bobinha, mas bem gentil.-Digo me levantando e caminhando em sua direção.

-Não de mais um passo!-Ele levanta o vaso de porcelana e ameaça jogar.

Paro de caminhar, levanto as mãos em rendição e rio sarcasticamente.

-Eu só quero o que é meu. Me entregue o dinheiro e eu vou embora. Simples.-Digo cruzando os braços.

-Não tenho esse dinheiro todo.-Diz Jordan.

-Problema é seu, devia ter pensado antes de se drogar.-Digo.

-Papai?-A menina aprece na sala com café e bolo sem entender nada. -O que está acontecendo aqui?

Olho para Jordan e arqueo as sobrancelhas sorrindo ironicamente. "Eu conto ou você conta?" era o que eu passava em meu olhar.

-Leva ela!-Jordan diz e automaticamente eu franzi a testa.

-O que?-Falamos em coro.

-Natália sabe cozinhar, lavar roupa, cuida da casa como ninguém. Leva ela e eu quito a minha dívida com você.

-Pai?-Ela diz assim que o seu pai a empurra em minha direção.

Seguro a mesma antes que caia com tudo no chão e a deixo ao meu lado.

-Não está falando sério né?-Digo com raiva.-Está querendo me dar a sua filha no lugar do dinheiro que você me deve por ser um drogado filho da puta?!

-Como assim? Você não tinha parado de usar?-A grota olha para o seu pai com lágrimas nos olhos.-Você mentiu para mim? Por que você sempre mente para mim?

-Leve ela senhor Kaulitz. Será um bom negócio.-Diz Jordan e olho para a garota que chorava de soluçar.

Penso um pouco. Se eu a levar ela irá ficar falando em meu ouvido e vai irritar a todos naquela casa. Mas se eu a deixar talvez ele a bata. Posso ser a pessoa mais fria e babaca mas jamais levantaria a mão para uma mulher e nem deixaria que alguém levantasse. Vejo pelas marcas roxas em seu braço que provavelmente seu pai a agride. Uma hora ela terá que se acostumar com a nova casa.

-Fechado.-Digo.

-O que?-Ela me olha.

-Leve ela daqui então.-Diz Jordan abrindo a porta.

-Vamos.-Digo para a mesma.

-Não!-Ela reluta.

-Anda logo!-A puxo pelo braço.

A mesma não queria ir, então a peguei pelas pernas e a joguei em meu ombro.

-Me larga!-Ela se debate.

Ignoro ela. A jogo dentro do carro e tranco a porta. Dou a volta pelo mesmo e destranco rapidamente entrando e trancando novamente.

-Eu odeio vocês.-Diz ela com raiva, tristeza, mágoa e um misto de emoções.

-Todos odeiam.-Sorrio ironizando pra ela que revira os olhos.

O caminho estava em silêncio, até a loira quebrar o mesmo.

-Como conheceu meu pai? Se é que posso o chamar assim.

-Seu pai compra drogas comigo. Estava com uma dívida de 456 dólares. E pagou a mesma com você.-Digo.

-Meu Deus.-Ela murmura.

O MAFIOSO-Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora