35-Dor

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NATÁLIA NARRANDO

-Vai me ajudar ou não?-Pergunto cruzando os braços.

-Não acho que meu irmão esteja te traindo.-Diz Bill e eu reviro os olhos.

-Bill, se você tentar defender ele mais uma vez e não responder a minha pergunta, eu vou achar mais ainda que ele está me traindo e que você é cúmplice nisso!-Digp sem paciência.

-Ta! Ta bom, eu te ajudo!-Ele se rende.

-Até que enfim.-Levanto as mãos pra cima

-Fiquei sabendo que vai ter uma festa aqui na quarta. Talvez consiga descobrir algo pelos amigos dele.-Diz Bill.

-Maravilha. Terça feira ele disse que vai se encontrar com alguém, quer dizer, ele não me disse mas eu ouvi.-Digo.

-Anda ouvindo as conversar de Tom?-Ele levanta a sobrancelha.

-A culpa não é minha se o seu irmão é um burro e arruma de se encontrar com a puta do meu lado.-Digo dando de ombros.

-Voltei.-Tom diz entrando na sala e eu me assusto.-Que foi?

-Nada não, é que o assunto chegou.-Reviro os olhos e Bill me olha com os olhos arregalados me repreendendo.

-Estavam falando de mim é?-Tom ri.

-Com certeza.-Saio andando.

-O que deu nela?-Tom pergunta e Bill deve ter feito algum sinal.

Logo ouço passos vindo atrás de mim e me viro vendo Tom que se assusta ao ver que eu o percebi.

-Eu ia te assustar.

-Você seria um péssimo serial killer, anda que nem um brutamonte.-Cruzo os braços.

-Coelhinha, bem que a gente podia ficar um tempinho juntos né?-Ele se aproxima e me puxa pela cintura.-Faz um tempo que não ficamos a sós, só nos dois...

Tom coloca uma mecha do meu cabelo de trás da minha orelha.

-Claro, você não para mais em casa. Só fica na rua fazendo sei lá o que.-Me afasto dele.

-Ei.-Ele me puxa pra perto.-Quando foi que ficamos tão frios um com o outro, não éramos assim.-Diz Tom.

-Ficamos assim a partir do momento em que você colocou as outras coisas ou os outros a cima de nós.-Me solto dele e entro no quarto.

Antes que ele entrasse eu pego minhas roupas e vou para o banheiro tomar um banho. Não contento e deixo as lágrimas escorregarem pelo meu rosto. Eu só queria voltar no tempo e ter arrumado um jeito de fugir daquela casa. Pode parece dramático por que eu nem sei de fato o que está acontecendo mas isso faz doer mais ainda, não saber se pode confiar em alguém que você ama. Eu quero ter certeza de que Tom não está me traindo mas eu sei de seu passado, sei que ele era mulherengo, isso me faz duvidar mais ainda dele, e se ele sentir falta da vida que tinha? Nossos casamento foi praticamente por benefícios. E se Tom cansou de ter uma adolescente no seu pé o tempo inteiro?

-Coelhinha, você está chorando?-Ouço a voz de Tom atrás de mim e me viro assustada.

-O que você acha?-Limpo o rosto.

-Está chorando por mim?-Pergunta ele.

-Só se for por você existir.

Tom faz uma cara de bunda e eu levanto as sobrancelhas.

O MAFIOSO-Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora