Dilema. (Taekook)

Juntos Somos Mais Fortes.

—  Faça de novo.

Ele fez.

— De novo.

Ele repetiu.

— Mais uma vez.

— Quantas vezes vou ter que fazer isso?

— Até fazer certo. — Seokjin ordenou — De novo.

Jungkook revirou os olhos e arrumou as luvas de box. Socou novamente a máquina de saco de pancadas com a maior força que pode.

— Você está focando muito na força e não na técnica. — Jin falou — Não é sobre dar o soco mais forte. É sobre dar o melhor soco. Não precisa de muita força para nocautear alguém, a técnica importa muito mais.

— Você faz então, sabichão. — Jungkook brincou — Quero ver.

Ele removeu suas luvas e entregou para Seokjin. O mais velho colocou-as sem pressa e posicionou seus pés um na frente do outro. Com o rosto sério e os olhos atentos, socou num ponto específico da máquina.

NOCAUTE, a máquina anunciou.

— Exibido. — Jungkook suspirou - Não é legal brincar com você, Hyung.

— É porque não estou brincando. — sorriu fraco — Vamos terminar o treinamento de hoje e depois brincamos.

Como uma criança que não havia tido infância, era perfeitamente normal que Jungkook às vezes agisse mais novo do que realmente era. E Seokjin estava acostumado com isso, fazendo tudo que o mais novo pedia.

Jeon Jungkook virou órfão aos três anos de idade em um incêndio, sua casa pegou fogo enquanto estava na casa de um amigo brincando. Nem mesmo de lembrava do rosto dos pais. Só sabia que não tinha outros parentes e pouco dinheiro, foi enviado para o orfanato estadual de Busan. Ficou lá até seus sete anos, quando HYBE achou que seria uma boa ideia levá-lo para a base de operações e fazer parte da equipe Bangtan Sonyeondan.

No orfanato, ele treinava pontaria com dardos que construía de galhos de árvores, acabou ficando muito bom nisso. Na HYBE, o ensinaram a atirar com uma arma com apenas dez anos. Sua mira era perfeita, nunca errava um alvo sequer. Ele treinavam junto da equipe todo dia, combate corpo à corpo, primeiros socorros, aulas de matemática, química, física, biologia, inglês e outras línguas... Com apenas quinze anos foi a sua primeira missão como agente secreto.

Não é necessário que sinta dó de Jungkook. Ele ama a adrenalina e uma boa luta, amava acertar seus alvos com uma arma, amava salvar as pessoas. A melhor sensação do mundo para ele era ver o olhar de gratidão de uma pessoa após ser salva por sua equipe. Esse era seu objetivo de vida.

Não importava a pressão para sempre acertar seus tiros ou ter os socos perfeitos, ele ainda estava fazendo o que amava. E com as pessoas que amava, seus queridos irmãos de outras mães. Sua família disfuncional de agente secretos. Não podia pedir por uma vida melhor.

— Ei, Kook! — Jimin chamou — Vamos fazer um mano à mano, sem armas, só corpo, o que acha?

— Agora? — perguntou — O treino está acabando.

— Só para aquecer as coisas. — Jimin sorriu — Nunca se sabe quando vai ser preciso lutar contra alguém.

— Tudo bem, então. — ele sorriu de volta — Mas o perdedor lava as cuecas da equipe inteira.

— Você acabou de dar um tiro no próprio pé, Jeon Jungkook.

— É o que veremos, Park Jimin.