Dilema. (Taekook)

Visgo.

— Você tem visita.

O guarda anunciou do outro lado de sua cela. Sim, Taehyung estava preso. Afinal, ainda tinha que pagar por todos os seus crimes. Estava aguardando o dia do julgamento, que coincidentemente seria no Natal.

— Gguk? — perguntou esperançoso.

— Quase.

Seokjin apareceu do outro lado das grades. Ele tinha o uniforme da HYBE perfeitamente alinhado e seus cabelos escovados.

— Irmão. — Seokjin disse encostando a cabeça em uma das grades da cela — Irmão, é tão estranho dizer isso.

— Eu sei. — Taehyung suspirou — Loucura, não é?

— Demais. — também suspirou — Nós não nos parecemos nada.

— Acho que nenhum de nós puxou o pai.

– Ainda bem, não é?

— Pois é. — Taehyung o olhou — Acho que te devo um pedido de desculpas.

— Por que?

— Eu escondi tudo de você, sabendo que era meu irmão. — ele balançou a cabeça — Sinto muito, Seokjin.

— Está tudo bem.

— Eu sinto muito por tudo... Joohyun, as pessoas que eu matei, torturei, sequestrei... Todas as coisas ruinsbque eu fiz. Sei que nada que eu falar pode justificar o que eu fiz, e sei que mereci ser punido. Só queria ter certeza que você sabia que eu sinto muito, de verdade. Eu nunca quis nada disso.

— A pior parte... — Seokjin estalou a língua — É que eu acredito em você.

— Acredita?

– Acredito que tenha mudado. — o mais velho olhou — Mas isso não muda seu passado.

— Eu sei que não.

— Como pode? Eu e você sermos parentes daquele monstro?

— Todos temos luz e trevas dentro de nós. O que nos define é o lado o qual escolhemos agir.

— Harry Potter. — ele sorriu — E qual lado você vai agir, Taehyung?

— Eu quero fazer o bem. Quero ajudar as pessoas... Sei que isso não vai mudar o que fiz, mas espero que compense. Quero lavar o sangue que tenho nas mãos. — Taehyung olhou — Eu sou um homem ruim, sei disso. Fiz coisas ruins. Mas quero fazer o bem.

— Conte isso ao juiz. — Seokjin afirmou — Tenho certeza que ele vai considerar.

— Vou tentar.

— Boa sorte com o julgamento, Taehyung. — ele disse se afastando da cela — Você vai precisar.

— Gguk vem me visitar?

— Ele também está sendo interrogado. Sabe, por se relacionar com você. — Seokjin explicou com a cara séria — Mas não se preocupe, ele não está com problemas. Afinal, ninguém manda no coração.

— É um alívio... — Taehyung balançou a cabeça — Diga a ele que eu o amo.

— Não vou dizer. — ele sorriu de lado — Diga você mesmo no final do julgamento.

— Está colocando muita fé em mim, Seokjin.

— Alguém tem que colocar.

Seokjin finalmente saiu do local e Taehyung foi deixado com seus pensamentos novamente. Ele se perguntava se conseguiria ver Jungkook de novo, se poderia ouvir sua voz de novo, se poderia tocá-lo de novo. Era um futuro tão incerto, tão distante, que sua mente doía.