Capítulo 7

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"Não somos amigas. E nem tem como sermos amigas"

- O amor não é óbvio

- Pensei que você tivesse tido que a princesa era gente boa - falo a Ethan depois de alguns minutos de ligação.

O mesmo disse que chegará agora pouco em casa enquanto aqui já é quase oito da noite.

- Pelo que eu via era - ele fala bebendo seu chá de sempre, meu amigo era um velho encarnado no corpo de um adolescente - Me mostra o lado do quarto dela ? - Ethan pergunta.

Reviro os olhos mas me aproximo do lado de Amélia já que a mesma não estava. Passo para cama, paro o armário mas paro quando chego a escrivaninha pois algo me chamava a atenção.
Uma foto de uma garota, que continha por volta de seus oito dez anos, ao lado de um garoto um pouco mais alto, que parecia ter a mesma idade. Eles estavam se abraçando de lado em um praia, a garotinha de cabelos claros mantinha seus olhos quase fechados por conta do sol, usando um biquíni preto com desenho de animais marinhos. Já o garoto usava uma sunga verde escuro com dinossauros e um chapéu tendo o mesmo tema. Mas o que me chamava a atenção era que a garotinha sorria com sinceridade, não um sorriso forçado como vi durante a sua piadinha na recepção da diretora.
Acho que chega a ser verdade que quando crescemos perdemos essa alma de que tudo e tranquilo e sereno.

- O que você tá fazendo ? - pergunta uma voz feminina atrás de mim.

Quando me viro encontro Amélie na porta, analisando meu rosto, enquanto eu tentava ter alguma explicação para o que eu estava fazendo.
Mas o que mais me incomodava era eu estar só de toalha e roupas íntimas na frete de Amélie.

- Depois eu te ligo - digo a Ethan e não espero o mesmo responder.

- Perguntei o que estava fazendo - ela diz num tom mais sério se aproximando do meu lado e encontrando o pequeno quadro com sua foto e do seu irmão na praia.

Ela o pega virando de costa para que eu não possa mais o vê-lo.

- Tinha um inseto ali - falo me afastando um pouco dela já que ela tinha se aproximado muito de mim.

- O único inseto insignificante que estou vendo é você - ela diz entrando na defensiva sem ao menos eu ter feito ou falado algo.

Ela se vira de costas e percebo que a mesma já está arrumada para a festa, Privé Parte Superior de cor azul com uma mini sai preta,  além da jaqueta jeans também preta com salto baixo.  Enquanto eu ainda nem sei se irei com o vestido que Ethan colocou em minha mala. Volto a parte do meu quarto e me olho no espelho com o vestido na frete.

Vejo a mais alta me olhar pelo espelho, como se fosse uma estilista de moda e se rencosta na escrivaninha.

- Você irá com este vestido ? - ela pergunta não de um jeito travesso mas sim uma pergunta para puxar assunto.

- Não, não tenho corpo para ele - vejo ela me olhar de um jeito estranho pelo espelho enquanto eu jogo o vestido na cama abrindo meu quarto roupa novamente para encontra uma roupa descente que chegue aos pés do de Amélie.

- Você ficaria linda com o vestido, tulipa - ela diz e me viro para olhá-la.

- Como você sabe ? Você nunca me viu nele - a contrário - E não me chama de tulipa -

- Porque você é bonita de qualquer maneira, Jules. Não importa o que use - ela diz olhando nos meus olhos com certa impaciência de dizer isso a mim. Como se eu já devia saber a mas tempo do que ela.

Aqueles olhos azuis difíceis de desviar me olham com certa franqueza enquanto a dona deles o deixam mais atraentes. Eles eram frios mas ao mesmo tempo podiam transmitir todos os sentimentos de Amélie, eram como gelo, você sabe que está gelado mas mesmo assim aquele gelado é bom naquele momento antes que ele derreta. Talvez Amélie fosse assim.

- Você está flertando comigo, princesa ? - a pergunto tentando distanciar meus pensamentos de seus olhos.

- Você quer que eu flerte com você ? - ela pergunta com um sorriso que faria qualquer um se derreter aos seus pés mas eu não sou uma destas pessoas.

- Você está descrevendo meu pesadelo - ela rir baixinho e morde seu lábio.

- Mentirosa. E não me distraia, você ainda irá colocar este vestido, tulipa- ela diz como se eu fosse mais uma das suas empregadas reais e rio pela mesma achar isso.

- Você até pode mandar em todo o país mas em mim não princesa - ela me olha de cima a baixo antes de falar.

- Então nenhuma de nós duas irá sair deste aposento - ela diz simples.

- O que ? -

- Nenhuma de nós duas irá sair até a mesma por este belo vestido preto em seu corpo - ela para de frente a porta me olhando com um olhar travesso.

- E sério isso ? - ela dá de ombros.

- A única coisa que falta para você ir é a roupa, e pelo que estou vendo você já achou a perfeita -

- Você pode parar com essa vossa graça, princesa ? Ou a mesma vai ficar aí parada enquanto uma festa rola em algum lugar deste castelo -

- Se você não quiser passar a noite comigo aqui dentro e melhor por este vestido - ela argumenta se encostando contra a porta enquanto olhas suas unhas.

- Você pelo menos pode se virar ? - a pergunto.

- Como sei que você colocará o vestido ? - ela implica mas vira de costa para eu por o tecido preto em mim.

Reviro os olhos enquanto retiro minha toalha
Colocando o vestido em mim.

- Satisfeita ? - pergunto a princesa.

Quando ela se vira consigo ver a mesma me secar com seus olhos azuis, descendo e subindo pelo meu corpo antes de parar para examinar meu rosto que sinto estar quente por causa da sua reação ao me ver.

- E você disse que não caia bem em você - ela diz abrindo a porta - Com sua permissão, tulipa - pego minhas coisas para encontrar Alex no corredor sentado em uma das cadeiras.

- Não me chame assim - a repreendo.

- Você não vai conseguir me impedir- ela sorrir.

A nossa versão da realeza ( Sabrina Carpenter x You)Onde histórias criam vida. Descubra agora