☆Capítulo 36☆

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                        Carolyna
                                  Borges

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Ficamos minutos nos olhando, horas talvez. Ela estava mesmo ali? Ela está linda, aliás.

Olhei-a de cima a baixo e engoli a seco, senti uma enorme vontade de agarrá-la, mas eu não posso me entregar outra vez. Quem ela acha que é?

   
    --- Quem merda é essa, Priscila?

Perguntei séria e pude ver ela estremecer com o meu tom de voz.

    --- E-eu... é... foram as meninas.

Ela se justificou desconcertada e eu suspirei. Claro que foram elas, Priscila  jamais faria isso, não sozinha.

   
    --- Claro que sim. Liga para uma delas e manda alguém vir me buscar aqui agora.

Exigi e ela engoliu em seco. Eu estava com raiva, apavorada, assustada e com uma coisa que poderia ser comparado com desejo... É normal sentir tantas sensações assim?

Eu só queria sumir dali logo, ficar o mais longe possível dela. Eu olhava para ela e via a imagem dela com Alexa o que me dava mais raiva ainda, misturado com um nojo dela, que eu poderia matá-la facilmente se eu conseguisse, claro.

    --- Lyda se acal...

Ela começou com um certo receio tentando me acalmar. Que ódio eu sentia dela quando ela fazia isso. Olhei para ela com os olhos vermelhos de raiva, Priscila engoliu em seco.

    --- CALA A BOCA ••• mandei e ela recusou assustada. ••• --- Cala essa maldita boca, sua nojenta! Eu não quero ouvir sua voz.

Falei ríspida e ela baixou a cabeça, sentindo o efeito das minhas palavras, por um momento me senti péssima, e uma dor incomoda no peito por estar tratando-a ela daquela forma. Mas eu estava enfurecida, só de lembrar que a gente... merda nós duas transamos e ela me faz aquilo? Não, não mesmo, isso eu não perdoo.

     --- Me desculpa.

Ela pediu baixo,  num tom de voz choroso e levantou o rosto me olhando nos olhos. Ela estava com os olhos vermelhos por estar segurando o choro, suas bochechas estavam levemente coroadas e  seu olhar estava vazio, culpado... sem vida, os meus olhos verdes preferidos. Desviei o meu olhar, não posso fraquejar.

    --- Me desculpa por você ter visto aquela cena com a Alexa, só que eu...

Ela continuou tentando se desculpar, mas eu a cortei outra vez. Soltando uma risada irônica, eu a encarei com fúria.

     --- Só que você o que, Priscila? Não teve culpa? Faça-me o favor, não seja tão ridícula assim.

Virei de costas para ela segurando as lágrimas teimosas que queriam descer. Ouvir ela soltar um suspiro pesado e eu continuei na mesma posição.

    --- Carolyna, chega! ••• ela explodiu de repente, me surpreendi, virei-me e olhei para ela surpresa. Ela estava com os punhos cerrados fortemente e soltava o ar de seus pulmões pesadamente. Engoli em seco e suspirei, poucas vezes eu a vi com raiva... e ela vira o cão com raiva ••• --- Eu não tive culpa de porra nenhuma, eu deitei na cama e nem vi quando ela entrou e me agarrou falando coisas sem sentido, logo depois você entrou no quarto e entendeu tudo errado.

   --- E você deixou ela te beijar.••• ri sarcasticamente. ••• --- Por acaso está escrito otária na minha testa? Você não presta, Priscila. Fala como se eu não soubesse como você é, eu te conheço a quase onze anos, porra!

A Melhor Amiga da Noiva - capriOnde histórias criam vida. Descubra agora