A Melhor Amiga da Noiva - capri

• capítulo 37•

   Não é uma miragem e sim uma atualização.

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                        Carolyna
                                  Borges

Eu vou terminar com o Austin, tenho que fazer isso para ficar com a pri.

Eu estava nervosa e bastante insegura, eu nunca fui boa em términos e agora eu iria terminar um noivado sendo que falavam apenas alguns dias para me casar. Priscila percebeu meu nervosismo e segurou minha mão, de uma forma que me passou segurança. Eu sorri olhando nossas mãos juntas, me inclinei para o lado e lhe dei um selinho. Deitei minha cabeça em seu ombro e ela passou o braço por trás das minhas costas, me dando um abraço de lado, assim fomos até voltarmos a casa dos santos.

--- Está tudo bem?

Malu perguntou preocupada e eu assenti meio incerta.

--- Eu tenho que fazer isso.

Falei segura e ela assentiu. Me despedi das meninas rapidamente, teve que controlar a enorme vontade que senti em beijar Priscila. Sai dali rapidamente antes que agarrasse aquele ser que é uma perdição. Assim que entrei na casa senti que meu coração se apertar, ele estava descendo as escadas e assim que me viu, correu até mim para me abraçar.

--- Amor... eu estava preocupado.

--- Precisamos conversar.

Falei séria e ele se afastou de mim para olhar. Ele engoliu em seco ao ver minha expressão. Fomos até a parte de trás da casa de seus pais onde havia ninguém.

--- Então...

--- Eu tenho que te contar uma coisa...

Não conseguia olhar em seu olhos, mas sentia o olhar dele sobre mim.

--- Eu tô me sentindo num daqueles filmes de suspense.

Falou rindo para quebrar o silêncio que havia se instalado, mordi os lábios soltando uma risada nasal.

--- Antes fosse... ••• voltei a ficar séria e ele ficou também ••• --- Olha, eu vou ser direta, ok?

--- Claro.

--- Austin, eu... ••• virei-me de frente para ele, olhei em seus olhos e respirei fundo antes de finalmente revelar. ••• --- Não posso casar com você.

Falei baixinho e ele fez uma careta como se não tivesse escutado.

--- Você falou o quê?

--- Eu não posso casar com você.

Falei tudo de uma vez, Austin chegou um pouco para trás com os olhos um pouco arregalados, me olhava fixamente como se não estivesse acreditando no que eu disse.

  --- Mas... por quê?

Ele perguntou com a voz falhando e eu suspirei. Não séria nada fácil.

  --- Tenta me entender. Eu gosto de você, muito mesmo, na verdade eu acho que a gente daria certo se nós casássemos. ••• ele me olhou com um meio sorriso e assentiu, sequei algumas lágrimas no canto de seus olhos e olhei na quela imensidão castanha. ••• --- Mas... Eu não amo você, não dessa forma.

  --- Você ama outra pessoa.

Falou como se estivesse tentando convencer a si mesmo daquilo e eu senti uma vontade de chorar. Talvez se não existisse a Priscila nós realmente daria certo, mas ela é o amor da minha vida. Como fugir de alguém que faz você ama-la tanto que chega a doer?

  --- Eu acho que sempre soube na verdade que você ama a Priscila.

Como ele sabia disso eu não falei nada para ele?

  --- C-como? ••• perguntei confusa e ele sorriu de lado.

  --- Minha mãe sempre disse que eu sou muito observador, e bom, eu observei vocês duas desde aquele dia que conheci ela. O que vi nos olhos de vocês duas é o tipo de amor que eu sempre quis ter pra mim.

Como ele conseguia ser tão calmo assim? Eu acabei de dar um pé na bunda dele, e pior, por uma garota.

  --- Qual tipo?

Perguntei interessada e ele olhou para o céu antes de responder.

  --- Do tipo que só se sente uma vez na vida. Aquele inesquecível em que você pode ser amigo ao mesmo tempo que pode ser companheiro da pessoa. ••• ele respirou fundo e olhou para mim. ••• --- Do tipo que você pode dar a sua vida para pessoa sem se preocupar se ela fará o mesmo, do tipo que você brigaria com metade do mundo para ficar junto dela. Do tipo mais puro e verdadeiro do amor, o tipo de amor que todo mundo busca, o amor de verdade, o amor raro.

Eu tinha lágrimas nos olhos assim como ele. Sem pesar duas vezes, me joguei em seus braços e o abracei com força, ele retribuiu da mesma forma, me apertando em seus braços.

A questão é que ele é um cara legal, o tipo de cara que algum tempo atrás sério perfeito para mim, só que agora eu tenho a Priscila, eu não escolhi isso, simplesmente aconteceu... É como dizem por aí: todo grande amor surge de uma grande amizade.

  --- Então, entre nós dois está tudo bem?

  --- Sim, está tudo ótimo.

Deu-me um beijo na testa e sorriu para mim. Fechei voltamos de mãos dadas para dentro da casa dos pais dele, na hora que eu estava me preparando para subir as escadas, ele me chamou.

  --- Podemos contar para todo mundo só amanhã?

Ele perguntou e eu assenti.

Me despedi dele de novo e fui para o meu quarto, fechei a porta e deitei na cama. Eu achei que seria mais difícil, mas ainda bem que foi bem fácil. Austin é um cara legal apesar de tudo.

Meu celular vibrou no bolso do short e eu  rapidamente o peguei, sorri involuntariamente quando li o nome.

   Amor❤️

' Esteja pronta as 20:00 em ponto que eu vou te levar para 'nossa' cabana outra vez. Beijos meu amor, eu te amo!

Mordi os lábios e sorri, meu coração estava saltando dentro do peito. Priscila ainda vai me dar um ataque cardíaco se cada vez que ela disse que me ama meu coração acelerar assim. Respondi a mensagem, coloquei o celular no criado mudo e fui descansar um pouco.

Algo bem lá no fundo me dizia que não teria tempo para fazer isso mais tarde.

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Mais um capítulo entregue até o próximo.

Me desculpe qualquer erro na escrita.

Notas final.