21: Brigue comigo!

3.1K 423 118
                                    


Enzo

— Eu faria chover sangue por ela. Então, por que ela me mando embora?

Ruan come um salgadinho sem prestar atenção em mim. Ele veio assistir o treino da tarde. Mas acho que nem isso chamo a atenção do ruivo. Ele tem um pequena cicatriz no olho que de longe quase não se nota, e uma no canto do queixo.

— Talvez ela esteja de TPM!

— Não, eu teria levado um tapa, no mínimo.

— Não sei qual o problema, então!

— Nem eu!

Puxo os cabelos irritado. Não tenho paciência para esperar. Mas sei que tenho que me segurar. O garoto entorta a cabeça para ver alguma coisa atrás de mim.

Escuto antes de me virar:
— Morena gostosa se aproximando.

Lá está ela de short curto, e uma blusa grande. Anda apressada com alguns livros, começa a conversa com o treinador. Passo perto do idiota primeiro.

— Se você falar um "A" da minha namorada de novo, eu vou arrastar a sua cara na grama! — Bato meu ombro no camisa 3, passando reto.

Vou até ela sem pensar. Pego os livros da sua mão e espero ela terminar de falar.

— …o vestuário está alagado, me pediram para avisar.

— Certo, obrigada por avisar. — O treinador sai na direção dos vestuários.

Ganho a sua atenção.

— Não tinham outra garota de recado disponível?

— Enzo, me devolve meus livros. Não vou brigar com você agora. E não tenho tempo pra isso.

— Mas eu quero que você brigue comigo! — Levanto os livros para ela não pegar. — Me xingue, me bata, mas não fique sem falar comigo.

Suas olheiras fundas me dizem que ela não tem energia, não tem vontade. Está me quebrando vê-la assim. É como vê-la sumindo bem na minha frente. Estou nervoso por não saber o que está acontecendo. Estou com medo, medo de perde-lá.

— Amor… — Coloco os livros no lado do rosto. Os meus olhos ardem e lacrimejam, algumas lágrimas escapam quando pisco.

— Por que você está chorando?

— Por que você é uma insensível e só me faz passar raiva!

— Droga, todo mundo decidiu chorar hoje? — Resmunga. Ela fica na ponta dos pés e enxuga minhas lágrimas. — Shi, não precisa chorar. Tá tudo bem, eu tô bem.

Afundo o rosto no seu pescoço lhe abraçando. Eu nunca choro por nada, nem por ninguém. Mas ela é o meu ponto fraco. Um cara de 2m chorando, aprende desde pequeno que homem não chora, e olha eu aqui.

— Você não deveria me consolar, eu deveria te consolar.

— Tudo bem. — Sussurra com a voz baixa.

( … )

Ela deixo que a seguisse até o dormitório. Para ser sincero, eu não estava nem aí para aquele treino. Sento na cama olhando em volta. Ponho os livros de lado. Aurora mexe na mochila e tira um caderno, junto do estojo. Puxo sua cintura abraçando ela.

— Enzo, eu tenho que terminar o trabalho que comecei na sala.

— Você pode subornar algum nerd pra fazer por você — minha voz está um pouco rouca.

— Tipo você?

— Aceito beijo como pagamento!

— Não, eu faço, não quero bombar nessa matéria. O professor é horrível.

— Tá bom, eu posso te ajudar?

Ela concorda. Deixamos o assunto de antes de lado. Sou bom em exatas, talvez ajude.

— Pode, e vê se não chora, bebê! — Disney acaricia meu cabelo zombando de mim. — Vou te chamar assim agora.

— Tá bom.

— Bebê, você quer mamar?

Sua risada é cortada pela minha resposta:
— Quero.

— Bebê? Você não é mais o meu neném?

Nego, rindo da sua careta. Aurora sorri de canto. Fico na expectativa olhando involuntariamente para seus peitos. Não pensei em nada do tipo antes. E sei que foi uma brincadeira. Ela percebe.

— Só não vá com muita sede ao pote! — Ela levanta a blusa, revelando seus seios pequenos e empinados dentro do sutiã.

Começo a achar que estou sonhando. Me belisco, e dói. Aurora se vira, apontando para o fecho atrás. Solto com cuidado. Ela se livra da peça. Observo sem piscar.

— Venha aqui, bebê. — Se vira de novo, segurando a blusa. Minhas mãos vão para sua cintura, puxo com pressa para mim.

Seus olhos brilham. Ela segura um como se estivesse me oferecendo. Estou com água na boca. Aproximo o rosto sem tirar os olhos dos seus. Chupo, passando a língua no bico. Apoio uma das mãos na base da sua coluna.

Disney suspira. Sugo com força, mordendo de leve. Ela morde os dedos abafando os gemidos. Isso é muita melhor do que um sonho, e ainda estamos vestidos. Levo a mão até o outro acariciando. Brincando com a ponta.

Digo contra sua pele macia:
— Como eu queria foder você com força!

Sugo, fazendo barulho, seus picos estão regidos. Aposto que sua calcinha está molhada. Pesquisei tanto sobre sexo, para não fazer errado. Não aqueles vídeos eróticos, os educacionais, que dizem para cortar as unhas e sempre limpar bem. Ninguém me interessava. Achei que morreria virgem.

Vou para o outro. Chupando devagar agora. Seus gemidos são bem baixinhos e ela acaricia meus cabelos.

— Ok, outra hora eu deixo você mamar de novo. A Teresa pode aparecer — Afasta meu rosto.

Concordo. Ela apenas abaixa a blusa e fica sem sutiã, me roubando o pouco juízo que eu não tinha. Aurora senta do outro lado com os livros entre nós. Ela faz um coque usando uma caneta.

— Você é linda — penso em voz alta.

— Está flertando comigo? — Seu sorriso é genuíno.

— Talvez! — Sigo seus movimentos. Ela abre um livro e outro. Pego um caderno vermelho e alguma coisa escrita na capa e guarda na mochila. — Que caderno é esse?

— Nada importante, comprei e não usei ainda. — Dá de ombros.

— O que está escrito na capa? — De repente fico curioso.

— Garotos… calvos, isso, garotos calvos!

— Que estranho.

Tento focar no trabalho à medida que fazemos algumas pesquisas lendo os livros que ela trouxe. Deixo ela usar meu celular para pesquisar também. O tema é "Como gerenciar uma obra?". Tem várias coisas que ela precisa incluir.

Presto atenção na sua respiração o tempo todo. Nunca conheci ninguém com asma. Ela pode ter uma crise agora, eu nem saberia o que fazer.

— Eu marquei as partes importantes. — Mostro o livro a ela.

— Você não pode riscar o livro, é da biblioteca.

— Por que não?

— Porque não, bebê!

Ri da sua expressão séria.

— Mas foi de lápis.

Ganho um selinho. Pisco confuso:
— Você não existe!

Franzi a testa.

— Existo sim!

Garotos cruéis! - Livro 01Onde histórias criam vida. Descubra agora