Solitude

Reconfortar

Connor está sentado no nosso banco, ele olha as ondas. Assim que me sento ao lado dele, ele se vira para mim. O olho dele está roxo, os lábios cortados e o supercílio também.

__ Em quem eu devo bater? __ faço essa pergunta enquanto acaricio o seu rosto com a minha mão direita. Ele fecha os olhos e sorri.

__ Tudo bem, eu já resolvi isso! E em quem eu devo bater? __ eu poderia matar o Oliver e pedir a ajuda de Connor para sumir com o corpo.

__ Eu já resolvi isso. Na verdade, queria conversar com um amigo. Sinto que vou enlouquecer a qualquer momento. __ ele segura a minha mão, essa é a forma que ele fala "tudo bem, eu estou aqui" ele não é muito de demonstrar sentimentos.

__ Vou ser o seu psicólogo, mas isso vai te custar 500 dólares.

__ É justo. __ após uma longa conversa e piadas, Connor me convida para dormir na casa dele. Ótimo, vou ficar algumas horas longe daquela família.

Chegamos a casa dele. Eu já tinha dado uma carona para ele, mas nunca tinha entrado. É uma casa simples, pequena, aconchegante e retro. Connor disse que foi herança da vó materna dele. Subimos as escadas e entramos na segunda porta a direita. Na porta tem uma placa pregada escrito "Zona perigosa" isso é bem a cara dele. O quarto é como eu imaginei, bagunçado, pôsteres de banda de rocks espalhada por todas as paredes, uma guitarra desgastada no canto da parede, uma estante de livros empoeirada a direita, um banheiro a esquerda e uma cama de casal no meio.

__ Esse quarto é a sua cara. __ digo enquanto me sento na cama dele. Ele faz uma cara de "Isso foi um elogio?" e se senta ao meu lado.

__ As aulas vão começar, e você vai poder olhar para esse rostinho lindo todos os dias. Como se sente com essa notícia, Chloezinha?

__ Muito feliz! Devo soltar fogos por aí? __ ele ri para mim. Tiro meus sapatos e me deito. Ele faz o mesmo e se deita ao meu lado. Após mais algumas conversas, pegamos no sono.

8h37 da manhã, o sol entra pela janela e bate no meu rosto, Connor não está deitado ao meu lado. Olho o telefone, tem várias ligações da minha mãe, umas vinte mensagens, eu ignoro tudo. Levanto e vou ao banheiro. Lavo o meu rosto, coloco pasta de dentes na boca e enxáguo. Me olho no espelho, o canto da minha boca está inchado e o lábio está cortado. Também ignoro isso e desço as escadas. Assim que acompanho as vozes que eu presumo vir da cozinha, eu consigo chegar ao lugar com um cheiro gostoso de café recém feito. Connor está sentado à ponta da mesa, uma mulher com o mesmo tom de cabelos que o garoto, está ao lado dele, de costas para onde eu estou e na outra ponta, um homem com a cara toda quebrada está sentado com um jornal na mão direita e uma xícara na outra. Connor se levanta e vem até a minha direção.

__ Venha, sente aqui do outro lado __ ele me conduz até o outro lado da mesa e eu me sento. Agora que estou olhado para os pais dele, vejo que ele é idêntico à mãe dele, ele só herdou a altura do pai. ___ Chloe, essa é a minha mãe Lena e aquele é o meu pai Benjamin.

__ Bom dia, querida. Você é tão parecida com a sua mãe. __ ela diz enquanto coloca suco de laranja no meu copo. O homem tira os olhos do jornal e me encara.

__ Então, você que é a dona daquela BMW lá fora. Você deve ser muito rica, meus parabéns garoto. __ vejo a mandíbula de Connor se contrair. Mas eu seguro na mão dele, a mãe de Connor olha dele para minha mão e depois para mim.

__ É da minha mãe. E não, eu não sou rica. __ Ele volta a ler o jornal e o café da manhã segue tranquilo.

A mãe de Connor é um amor de pessoa! Ela me mostrou muitas fotos dele, e deixou ele com vergonha. Foi engraçado ver ele corando a cada foto que ela me mostrava. Depois de uma tarde agradável, decido que é melhor eu ir para casa. Me despeço da senhora Fletcher e Connor me acompanha até o carro. O caminho de volta foi tranquilo, apesar da chuva forte que começou do nada. Estaciono o carro e saiu correndo para não me molhar. Amelia me esperava na entrada, perto da escada, com uma cara de poucos amigos.

__ Onde você dormiu? E não venha com piadinhas. __ as marcas do quase estrangulamento está visível no pescoço dela. Assim como o soco que o marido dela me deu.

__ Eu dormi com o Connor. __ ela ri, um riso sarcástico.

__ É claro que dormiu, e transou com ele também? O que posso esperar depois, uma gravidez? Hahahaha

__ Não devo satisfação de com quem eu vou para cama. Se me der licença, vou para o meu quarto. __ coloco os pés no primeiro degrau e ela me segura pelo braço.

__ segunda-feira começa as aulas e você não vai colocar o seu pé para fora dessa casa até lá. Fui clara? __ acho que isso é uma ameaça.

__ Claro. __ solto meu braço e subo as escadas.

Que comece os jogos. Segunda é o primeiro dia de aula, e eu vou focar na minha missão. Fazer Elektra ser minha, enlouquecer a minha mãe e aproveitar a porra da minha vida.

Semana de aula vai começar. E ela promete em. Que comece os jogos.