Hoseok manobrou o barco de Urow e parou ao lado do segundo barco da Mão. Um cadáver mutilado esparramado no convés do barco, seu peito uma confusão sangrenta de marcas de garras. Uma trilha de manchas de sangue escorregadias levava do cadáver para uma pequena cabana.
Oh não, Urow. Não.
Hoseok saltou sobre a água, escorregou um pouco no convés molhado e endireitou-se. Namjoon pousou ao lado dele, com os pés leves como um gato. O fedor metálico salgado de sangue fresco inundou suas narinas e cobriu o interior de sua boca, e por alguns momentos, ele não podia cheirar e saborear mais nada.
Hoseok correu para a cabine. A porta estava torta nas dobradiças. Ele olhou para dentro. Vazia, exceto por um cadáver caído contra a porta da cabana.
— Aqui — Namjoon chamou.
Hoseok circulou a cabana. O corpo de uma mulher estava amassado no chão de madeira por uma polia. Ao lado dela, Urow cedeu, enrolando-se em uma bola.
Homem estúpido. Homem estúpido, estúpido.
Hoseok correu para ele, agarrou seus ombros e o puxou, jogando-o de costas. Um grosso inchaço roxo marcava seu ombro.
Cobre. Alguém envenenou Urow com cobre.
O calor o envolveu. Apenas os membros da família saberiam disso... apenas os Jungs sabiam que Urow o encontraria. Alguém havia falado com a Mão. Hoseok cerrou os dentes.
Por quê? Por que alguém faria isso?
Hoseok tocou com os dedos a massa de carne inchada. Hoseok não conseguia nem encontrar o ferimento.
— Isso não é normal — disse Namjoon.
— Provavelmente tinha lascas de cobre na ponta do arpão. Cobre é veneno para Thoas. Ele está morrendo.
— O que podemos fazer?
Nada.
— Precisamos levá-lo para sua esposa.
Hoseok agarrou as pernas de seu primo. Namjoon pegou Urow sob os braços, grunhiu com esforço e ergueu o corpo. Eles o arrastaram até o barco.
— Que diabos vocês dão para ele comer? —Namjoon rosnou.
— Sangues Azuis — ele rangeu entre os dentes.
Eles manobraram ao redor da cabana e carregaram Urow até a margem. Meio metro de água os separava de seu barco.
— Se o jogarmos no rio, ele afundará — disse ele. — Ele é muito pesado.
— Deixe-me carregá-lo. — Namjoon se ajoelhou e ele lutou com Urow sobre seus ombros.
Namjoon se esforçou. As veias incharam sob sua pele. Seu rosto ficou vermelho. Com um rosnado gutural, Namjoon levantou-se e a forma maciça de Urow equilibrou-se absurdamente em suas costas. Ele atravessou a água com um único passo enérgico. Hoseok exalou e saltou para o barco a tempo de pegar Urow enquanto Namjoon o baixava suavemente para o convés.
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O barco deslizou na água escura em uma velocidade imprudente. Namjoon agarrou-se ao corrimão de corda. Hoseok conduzia como um louco, avançando pelos estreitos riachos para longe do rio principal, penetrando mais profundamente no pântano. Eles passaram voando pelas árvores. Se batessem, ele seria jogado na água. Pelo menos teria um pouso suave.
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Série Na Borda - Livro 2 - Lua do Pântano
FanficSérie: Na Borda Livro: 02 O Edge fica entre mundos, na fronteira entre o Broken, onde as pessoas fazem compras no Wal-mart e a magia faz parte só dos contos de fadas, e o Weird, onde os nobres Sangue azuis governam, os metamorfos vagam, e a força de...