O COLÉGIO EINSTEIN VOLTOU A ESTAR EM EVIDÊNCIA PELOS PIORES MOTIVOS. Dentre todas as questões sociais, estavam em causa também, as diligências do colégio em relação a saúde mental dos seus alunos. Investigações foram feitas e os casos de Bullying foram expostos. Pais ameaçaram tirar seus filhos do Colégio se medidas progressivas não fossem tomadas. A Sra. Eunice enfim percebeu que devia dar mais ouvidos as preocupações de Dominick.
Foram quatro semanas de seminários, palestras e terapias obrigatórias com todos os alunos. Como se quisessem apagar as memórias do ocorrido o mais rápido possível.
E pareciam conseguir.
Depois de vários dias nublados, o sol começara a brilhar sobre o pátio do colégio e pouco a pouco iam se vendo sorrisos entre os alunos. Todos pareciam cooperar para uma nova era, principalmente o grupinho. O semestre estava a terminar e predominava a crença de que coisas boas os aguardavam no semestre que vinha.
Dominick se preparava para seu último dia de aula do semestre quando Eduardo e Mara invadiram a sala do segundo ano.
— Vocês não deveriam estar nas vossas turmas agora? — O professor questionou.
Os dois se entreolharam.
— Eh... Bem... — Eduardo se adiantou. — Nós viemos perguntar sobre o Tobias. Soubemos que o professor foi vê-lo no hospital.
Dominick virou para Mara, sabia que aquela iniciativa partira da menina.
— Ele está a melhorar. — Respondeu. — E perguntou por você, Mara.
— Por mim?! — Ela dissimulou.
— Sim... E todos nós sabemos que você também está preocupada com ele. Deverias ir vê-lo.
— Ah... Eu não acho que seja uma boa ideia, professor.
— E por quê?
— Por que... por mais que me doa admitir, e apesar de tudo o que o Tobias passou, hoje eu sei que é melhor ficar longe. Estar com ele me fazia mais mal do que bem, Então.... Espero que ele melhore e que encontre seu caminho, mas eu não vou mais ficar perto dele.
Dominick e Eduardo se entreolharam. No fim das contas concordavam que era o certo a fazer. A garota prosseguiu:
— Agora que o pai dele foi preso por violência e abuso infantil, ele vai poder ter uma vida mais livre. Espero que isso mude a forma que ele vê o mundo.
— Também espero... — Dominick estendeu a mão sobre o ombro da menina e fez carinho. Ela retribuiu com um leve sorriso.
— E quanto a você, Eduardo? Tens alguma novidade?
— Ah... Sei lá. — O garoto ponderou. — O Eric, a Tina e o Daniel foram aceites em outro colégio. Vão começar as aulas já no próximo semestre e...
— Eu quero saber de você! — Dominick interrompeu.
Eduardo se surpreendeu. Parou por um tempo, forçou a memória para lembrar de algo interessante e sorriu levemente.
— Bom... Eu beijei a Beatriz... — Sussurrou.
— Ah... Eu não entendi.
— Eu disse que beijei a Beatriz — Gritou, e por coincidência a garota passou pela porta nesse mesmo momento.
O garoto se encabulou.
— Alguém disse o meu nome? — Ela perguntou com um olhar confuso.
— Ah... Não — Eduardo disfarçou, engoliu em seco. — Deve ter sido só impressão sua.
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Roman pour AdolescentsSempre nos perguntamos como as provocações, as risadas e os deboches podem afetar a vida de alguém vulnerável. Esses cinco meninos podem responder essa questão. Liza, Mara, Tobias, Eduardo e Rafael, são adolescentes vítimas de bullying, que planejam...