Capítulo 6

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Três batidas foram o suficiente para Carol ouvir o "pode entrar" de Priscila e assim o fez, puxando a maçaneta e fechando a porta assim que entrou.

— Uau. — Priscila disse boquiaberta ao reparar em Carol —Você está linda, bem. — Carol entortou a boca.

— Você sabe que não gosto muito desse apelido, Priscila.— Ela disse, caminhando até o balcão. — Está pronta?

— Eu pensei em ficarmos por aqui hoje. — A garota disse, se aproximando de Carok e envolvendo os braços ao redor de sua cintura. — Faz tempo que não temos algum contato mais íntimo, poderíamos...

— Não! — Carol disse firmemente. — Sabe que só fazemos isso quando achamos que conseguimos descobrir o cromossomo Y.

— Mas você disse que era lésbica, não que só faria por isso. O que mudou? —A garota perguntou levemente irritada.

— Eu só... tenho pressa de descobrir logo isso. Não teremos sucessores, sabia? Precisamos do cromossomo Y e quanto mais trabalharmos nisso, melhor será nossa probabilidade de conseguir.

— Mas poderíamos ser rápidas. — Priscila disse, sorrindo sugestivamente.— Vamos lá, Carol. Estou excitada. Uma rapidinha não vai te matar. — Carol revirou os olhos. Era egoísta? Talvez, mas as únicas vezes que fazia sexo com Priscila sem ser por tentar avançar na ciência era quando estava bêbada.

— Bem, você pode se masturbar então, porque ao contrário de você, eu levo a sério nosso trabalho. — Disse com veemência, vendo o queixo da garota quase cair de incredulidade. — Te espero no trailer científico. —Terminou, caminhando até a porta novamente.

— Desse jeito não dá, Carol. — A garota gritou irritada. — Você só quer transar quando você está excitada. E eu? Eu que me masturbe, não? — Disse com indignação. — Não posso namorar alguém egoísta assim e não é só pelo sexo que estou terminando. — Avisou. — É porque vejo sua clara falta de interesse por mim. — Carol suspirou e abriu a porta, se virando para ela.

— Graças a Deus percebeu. — Carol disse, vendo o olhar magoado de Priscila. —Olha só, sinto muito. Eu gosto de você, tudo bem? Mas como uma amiga. Eu realmente não sinto atração ou algo assim.

— E quando transávamos? Eu me lembro de você excitada.

— Eu imaginava outras pessoas. — Confessou. — Não é nada pessoal ou que você não seja bonita, porque é muito, eu só... acho que te coloquei na friendzone sem perceber. — A garota assentiu mordendo o próprio lábio para evitar o choro.

— Amigas, ao menos? -- A garota perguntou e Carol sorriu gentilmente.

— Amigas. -- Concluiu. —Te espero no trailer para os experimentos.

— Em um minuto estarei. — Alice disse, vendo Carol fechar a porta e a deixar ali: Triste, sozinha e agora solteira.

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