- Você vivia aqui por perto? - Carol perguntou assim que S/n chegou no trailer científico com mais uma amostra de seus espermatozóides.
-- Sim. -- S/n respondeu entregando a amostra para Camila.
-- Obrigada. -- Carol replicou.
-- Isso é bem constrangedor. Sabe disso, não sabe? -- S/n perguntou e Carol riu, assentindo. -- Tipo, eu gozo em um pote e depois você coloca ali no microscópio e fica analisando ele. Ele fica bem perto da sua boca. Bizarro!
-- Bem, tudo pelo bem da ciência. -- Carol disse e S/n assentiu.
-- Acha que a mini hulk me mataria se me visse aqui? -- S/n perguntou, se lamentando em seu interior por ter sentido vontade de beijar Carol.
Agora que Carol sabia que ela era intersexual não iria querer nada com ela, pensava.
-- No mínimo apanharíamos nós duas. -- Carol disse rindo, mas logo suspirou. -- Ela é uma boa pessoa, só está zangada por ter perdido tudo.
-- Eu consigo imaginar como ela se sente. -- S/n disse em um sorriso fraco. -- Sua família está, hm, viva?
-- Minha mãe e avó sim. -- Carol respondeu e S/n assentiu. -- E a sua?
-- Sou só eu agora. -- Os olhos castanhos se ergueram do que Carol analisava e a fitaram.
-- Sinto muito. -- Carol disse, vendo S/n assentir. -- É tão difícil fazer tudo sozinha por aqui... -- Carol disse. -- O pior é que, quando estou tendo algum avanço, uma delas chega e tenho que esconder tudo.
-- Acha que, bem, que alguma delas esconderia o segredo? -- S/n perguntou e Carol assentiu.
-- Priscila. -- Carol disse e S/n quase revirou os olhos, mas deveria se comportar. -- Malu sempre fala pelos cotovelos, acabaria contando sempre que vai à cidade. Dani não consegue esconder nada de Malu. Clara é leal à ciência, sentiria a necessidade de te levar para os grandes laboratórios da grande cidade.
-- Que bom que foi justo você que me encontrou então. -- S/n disse e Carol parou o que fazia.
-- Você viveu todos esses anos por aí sem jamais ser pega. -- Carol disse a fitando minuciosamente. -- Por que se arriscou em começar a roubar nossa comida a essa altura do campeonato? E não diga que foi por fome, porque sei que esse não é toda a verdade.
S/n suspirou e sorriu-lhe fraco.
-- Um dos corpos que vocês queimaram... -- S/n disse limpando a garganta. -- Era do meu pai. -- Carol abriu a boca sem reação alguma.
-- E veio atrás de vingança? -- Carol perguntou e S/n negou.
-- Vim agradecer. -- S/n disse em um suspiro. -- Todos os dias ver vermes comendo o corpo do seu pai não é algo confortável.
Carol ainda a fitava paralisada, sem saber como se expressar.
-- Eu só perdi a coragem e comecei a roubar a comida para ver se iam embora. -- S/n disse. -- Eu me sentia uma covarde, foragida, incapaz de agradecer e vocês estando aqui me fazia lembrar disso.
-- Jamais volte a pensar coisas ruins de você, me entendeu? -- Carol disse com veemência e S/n assentiu.
-- Entendi. Vou ficar no trailer e te deixar trabalhar. Com licença. -- Disse e saiu, fazendo Carol suspirar apenada. Ela sabia que S/n havia ficado triste.
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O último pênis do mundo
FanficQuando, por algum motivo misterioso, todos os homens são infectados por um vírus fatal, só se resta mulheres no mundo. Os poucos homens que sobreviveram ficaram definhando, o que levou as mulheres a matarem cada um deles para evitar o sofrimento. Co...